Pró-reitoria de Extensão debate governança, desenvolvimento e controle social na ilha do Marajó

A Pró-reitoria de Extensão (Proex) da UFPA começa o ano de 2018 com o I Colóquio Mesorregional de Governança, desenvolvimento e controle social na Ilha do Marajó: construindo uma agenda de inclusão social. O evento ocorre de 29 a 31 de janeiro, no Auditório do Campus de Breves da UFPA, e contará com a decisiva participação do Campus de Breves e da Associação dos Municípios do Marajó (AMAM). Como o primeiro de um ciclo, o colóquio tem o objetivo de juntar atores sociais e políticos na construção de uma agenda voltada para um desenvolvimento com inclusão social.

Programação - No primeiro dia, o evento começará com a mesa de abertura, às 9h, seguida da mesa “Governança, desenvolvimento mesorregional e inclusão”. Após um intervalo para o almoço, a programação segue com mais palestras e discussões. No dia seguinte, o colóquio terá inicio mais cedo às 8h30, com as mesas “Direitos Humanos, segurança e proteção social” e “Arte, cultura e identidade social, vozes, cores e ritmos da Amazônia”. Na parte da tarde, serão debatidos “Trabalho, emprego e geração de renda” e “Desenvolvimento e inclusão social: a voz da sociedade civil”. O último dia contará com a apresentação de grupos de trabalhos e com a configuração e confirmação da agenda para a mesorregião. Todas as palestras e mesas programadas serão seguidas de um debate do tema apresentado.

Desenvolvimento e Inclusão social - Segundo o diretor de Programas e Projetos da Proex, professor Edval Bernardino, o colóquio visa mostrar ao público como ações de inclusão social e educação podem melhorar as mesorregiões paraenses de forma individual. “A ideia de desenvolvimento que a universidade compreende e concebe precisa contemplar a inclusão social. Então nós vamos trabalhar a ideia da governança na gestão do bem público, na perspectiva democrática, não só democrático no sentido de participar, mas no sentido de redistribuir melhor os bens públicos, alcançando os maiores grupos sociais que, tradicionalmente, ficam privados dessas conquistas, já que se privilegia o plano econômico”, explica o diretor.

Colóquios Mesorregionais - Com os colóquios, a Proex planeja mobilizar prefeituras, associações de municípios, o legislativo municipal, a sociedade civil e a comunidade acadêmica com a finalidade de criar uma agenda de desenvolvimento para melhorar a qualidade de vida nos municípios paraenses. De acordo com o diretor, as programações serão realizadas de forma especial para cada cidade: “Nós vamos pensar a região considerando as suas vocações, as suas potencialidades, no curto, médio e longo prazos. O que nós vamos mudar serão os enfoques, porque cada mesorregião tem representantes, como palestrantes e como debatedores. Então nós trabalharemos, de forma comum, alguns temas que a UFPA compreende como sendo estratégicos para o desenvolvimento do estado. Cada região vai acentuar aquilo que para ela é mais relevante.”

Nos eventos, também, será discutido governança e gestão pública, tudo na visão dos direitos humanos. O professor Edval explica a importância dessas temáticas: “Governar nessa perspectiva, envolve o diálogo com os diferentes atores da sociedade, por isso estamos construindo uma agenda para um horizonte maior, para que a sociedade perceba e comece a exigir também dos seus governantes essa forma diferente da gestão pública. O outro termo é a participação da sociedade na Gestão Pública, porque quando a sociedade participa a tendência é que o governo acerte mais”. Neste ano, os colóquios serão realizados em 6 das 12 cidades com campi da Universidade.

Metas e Eventos de 2018 - Além dos objetivos alcançados com os colóquios, as metas de 2018 incluem inovações nos projetos de extensão da UFPA. “A novidade nos editais é o aprimoramento da política de vinculação da extensão ao projeto pedagógico de curso. O nosso investimento é que a extensão seja compreendida no interior da Universidade como atividade acadêmica, dessa forma nós estamos superando aquela ideia de que a extensão é uma atividade isolada, fruto da boa vontade de um professor que quer levar algum serviço para a comunidade absorver a extensão como uma das dimensões, conforme definição constitucional, do processo de formação profissional”, aponta o diretor.

Outros eventos do primeiro semestre de 2018 serão os seminários “Universidade como diversidade: agendas e atores” e “Karl Marx e a elucidação do mundo contemporâneo”. Segundo o professor Edval, o primeiro busca “discutir a universidade na diversidade, já que nesse encontro nós vamos reunir todos os segmentos que integram a universidade: estrangeiros, indígenas, quilombolas, grupos LGBTs, de sorte a favorecer um debate que revele o verdadeiro tecido da nossa sociedade e que permita a essas pessoas apresentar suas demandas”. Enquanto o outro comemora o Bicentenário do nascimento de Karl Marx e conta com “intelectuais, partidos políticos e movimentos sociais, para que possamos debater as contribuições desse pensador para humanidade e a atualidade do seu pensamento”, conta o professor.

No resto do ano ocorrerão o “colóquio metropolitano de gestão estratégica: direitos humanos, proteção social e segurança pública”, um debate sobre a eleição para governador do Pará e os fóruns “Estadual de Extensão Universitária” e “Amazônico de Extensão Universitária”. A Proex também realizará cursos de capacitação, aperfeiçoamento e nivelamento, e ações para o desenvolvimento social de municípios com baixo IDH. Os planos para 2018 também envolvem reuniões entre administradores e coordenadores dos campi, diretores de institutos e coordenações de extensão universitária.

Texto: Alice Palmeira - Assessoria de comunicação da UFPA
Arte: Reprodução / Google