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Bettina Ferro abraça campanha que alerta sobre saúde vocal para evitar o câncer

  • Publicado: Terça, 11 de Abril de 2017, 17h16

 A voz é a principal ferramenta de expressão humana e tratar dela é cuidar da forma que a pessoa se comunica e se relaciona com o mundo. No próximo domingo, 16, ocorre o 15º Dia Mundial da Voz e a 19ª Campanha Nacional da Voz, que traz como tema "Dê voz ao que é bom". Por isso, o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), abraça a iniciativa e realiza mutirão de laringoscopia, que será realizado nesta quarta-feira, 12. O exame é usado para o diagnóstico do câncer de laringe, e o mutirão vai atender 100 pacientes que já estão na fila de espera do Bettina. O HUBFS é referência em Otorrinolaringologia no Pará e atende 100% por meio do Sistema Único de Saúde.

Segundo Gisele Koury, que atua como médica preceptora da Residência Médica de Otorrinolaringologia nos Ambulatórios de Laringe e Voz e de Foniatria no Bettina, o principal intuito da campanha é alertar que problemas de voz podem levar a questões mais graves de saúde, como o câncer, e que o diagnóstico da doença ainda é feito de forma tardia. "Em mais de 50% desses pacientes que têm câncer de laringe a primeira manifestação é a rouquidão que não melhora, e não procuram logo atendimento. Quando os casos estão no início, as chances de cura são de mais de 90%", afirma a médica.

Estatísticas - Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam, até 2014, que o público predominante do câncer na laringe no Pará eram homens com um percentual de 80 casos (1,92%), dos quais 30 deles (4,15 %) na capital. Já para as mulheres foram 10 casos no Estado, sendo todos em Belém (0,62%). No Brasil são 7.640, sendo 6.870 (7,03%) em homens e 770 (0,75%) em mulheres.

Ainda segundo a médica, o principal fator de risco da doença é o tabagismo, alcoolismo, algumas infecções como papiloma vírus e o refluxo, que são ácidos do estômago que podem queimar o esôfago e a laringe. Alguns sintomas são rouquidão, pigarro constante, voz fraca, dificuldade para engolir ou respirar, falhas ou cansaço ao falar e outros. Diante de qualquer um deles, a orientação é procurar por um otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo.

Ela explica que outro intuito incorporado na campanha, realizada pela Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) com apoio da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), é devido à voz fazer parte do universo de 70% das pessoas consideradas profissionais da voz, como professores, ambulantes, leiloeiros, cantores, atores, vendedores, advogados, telefonistas, jornalistas e outros. "É muito importante manter a voz preservada para que as pessoas possam exercer sua profissão, e há modos de cuidar: se hidratar bem, não falar muito alto, não gritar, evitar alimentos que causem azia ou má digestão, evitar ambientes com poeira, mofo ou cheiros fortes, evitar fatores fumo e álcool, ter saúde em geral boa", aconselha a médica.

Exame – O Hospital Bettina é um dos poucos hospitais públicos no Pará que hoje disponibiliza o exame de laringoscopia e atende pacientes do próprio hospital, além dos que são encaminhados pela rede do SUS para se submeter ao procedimento. Quando o paciente é do Bettina, além da laringoscopia, o hospital confirma o diagnóstico com a realização da biópsia da lesão. Caso confirmado diagnóstico de tumor, o HUBFS encaminha para o Hospital Ofir Loyola, que é o único hospital que serve de referência no Pará para tratamento de tumor maligno.

Texto e fotos: Cleide Magalhães – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA.

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