Projeto fará rastreamento e controle da diabetes e hipertensão entre servidores
Os servidores da Universidade Federal do Pará passam a contar com mais uma ação de promoção à saúde, desta vez desenvolvida por professores e alunos da Faculdade de Farmácia. A iniciativa visa, inicialmente, ao rastreamento e ao controle do diabetes e da hipertensão arterial por meio dos atendimentos que serão realizados na Farmácia Universitária, de segunda a sexta, nos turnos da manhã e da tarde.
O Projeto de extensão Farmácia Universitária na Atenção Integral à Saúde dos Servidores foi lançado nesta terça-feira, dia 23, com a presença de representantes da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal (Progep) e da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), e dos dirigentes da faculdade, professores e alunos da Graduação e da Pós-Graduação de Farmácia. Neste espaço, que fica localizado no Espaço Cultural do Vadião, no Campus do Guamá, serão realizados, gratuitamente, testes de glicemia e aferição da pressão arterial, bem como orientações sobre saúde.
“A Farmácia Universitária passa a ser um espaço de acolhimento para os servidores, para conversarmos sobre doenças, principalmente diabetes e hipertensão, que são silenciosas e mais acometem o trabalhador. Esse é um projeto que visa mais do que tratar a doença, tratar a saúde do servidor, potencializar ações que contribuam para a proteção dos riscos cardiovasculares e das complicações que essas doenças levam o servidor a desenvolver”, explica o diretor da Faculdade de Farmácia, professor Marcos Valério Santos da Silva.
A equipe de trabalho do projeto é formada pelo farmacêutico responsável, Marcos Pena, e pelos professores Marcos Valério, Carolina Heitma e Lúcia Souza, além de alunos de graduação e de pós-graduação. De acordo com o diretor da faculdade, é um projeto integrado (ensino, pesquisa e extensão) e permanente, que cumpre um dos eixos de formação no ensino de graduação, que corresponde ao processo de acolhimento e ao cuidado aos pacientes.
O projeto foi viabilizado pelo edital do Labinfra, o qual permitiu a reestruturação da Farmácia Universitária para o atendimento à comunidade. “Hoje nós temos o espaço de acolhimento e o consultório farmacêutico, no qual nós vamos trabalhar todo o processo de melhoria e de adesão ao tratamento e monitoramento da farmacoterapia dos servidores. Independentemente de ser hipertenso ou diabético, o servidor poderá nos procurar para orientação sobre o uso seguro de medicamentos para outros tipos de doenças”, frisou Marcos Valério.
Atendimento ambulatorial – A segunda fase do projeto está prevista para iniciar em junho deste ano, quando será lançado o Ambulatório de Cuidado Farmacêutico. O atendimento será realizado por uma equipe multiprofissional e vai funcionar no prédio da Faculdade de Farmácia, no Campus da Saúde. Nesta unidade, ocorrerá o processo de acompanhamento e prosseguimento no tratamento do paciente que já possui um diagnóstico da doença.
Haverá, ainda, uma agenda com ações de educação e saúde, além de outras atividades, incluindo ajustes de dosagem ou posologia, e monitoramento de reação adversa de medicamento. Inicialmente, o foco do projeto será o diabetes, mas a intenção da equipe é ampliar as ações para a prevenção de outras doenças.
Para isso, o Projeto Farmácia Universitária contará com o apoio da Progep, por meio da Diretora de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV). Bárbara Troeira, diretora da DSQV, explica que a parceria com a Faculdade de Farmácia vem somar às ações já desenvolvidas por técnicos de Enfermagem e de Nutrição, formando uma rede protetiva e de promoção à saúde dos servidores da UFPA.
“Quando nós fazemos o atendimento do servidor por exames periódicos, precisamos de uma rede protetiva, não só na questão do tratamento do servidor, como também na de um acompanhamento médico. Quando se detecta algum problema, ele começa a fazer a medicação, a se tratar, mas depois, lá na frente, ele abandona, o que pode levar ao seu afastamento do trabalho. Por isso é necessário o acompanhamento do tratamento e a parceria com a Faculdade de Farmácia. Nesse sentido, é fundamental”.
Bárbara ressalta também que haverá um trabalho de sensibilização dos servidores sobre a importância do acompanhamento da saúde. “Nós não temos o conhecimento de um medicamento com a dosagem e o tempo que devem tomar, e a questão da automedicação também é algo perigoso. Vamos começar pelos diabéticos e hipertensos e depois nos estenderemos para servidores com outras doenças, detectadas nos exames periódicos. Faremos uma seleção desses servidores e conversaremos com eles, orientando-os a participarem das ações do Projeto Farmácia Univeristária”.
Texto: Ericka Pinto – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes e Ericka Pinto
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