Ministério da Saúde, OPAS e Anvisa visitam Ambulatório de Tratamento de Tuberculose do Barros Barreto
O Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), com mais duas instituições hospitalares do País, integra, a partir deste mês, o Projeto de Farmacovigilância Ativa no Tratamento da Tuberculose Multirresistente (TBMR) do Ministério da Saúde (MS), realizado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O hospital recebeu, nesta quinta-feira, 23, técnicos das três instituições, com o objetivo de apresentar o projeto e visitar as instalações do ambulatório de TBMR do HUJBB. A próxima reunião está agendada para o final de julho deste ano, desta vez com o coordenador geral da pesquisa.
A instituição hospitalar é referência terciária no atendimento da Tuberculose Multirresistente no Pará e, atualmente, trata 60 pacientes acometidos pela doença, cujo tratamento dura em média 18 meses. Segundo Thieme Arakawa, integrante da equipe do Projeto de Farmacovigilância do MS, o Barros Barreto foi escolhido, com o Instituto Clemente Ferreira (SP) e o Hospital Sanatório Partenon (RS), por "apresentar uma equipe comprometida, uma estrutura adequada ao andamento do estudo e as possibilidades de acompanhar o paciente durante todo o período do tratamento da TBMR."
Método de farmacovigilância ativa - O estudo visa implementar um método de farmacovigilância ativa no hospital, por meio do qual a equipe acompanha o paciente e notifica, a cada consulta, as reações adversas dos que são assistidos. Os dados coletados serão sistematizados pelo sistema de notificações VigiMed da Anvisa e serão utilizados para mensurar a evolução do paciente em tratamento.
"Em média, 5% das admissões hospitalares se devem a reações adversas graves pelo uso de medicamentos e menos de 10% das reações são notificadas. Por isso é importante que tenhamos o maior número possível de notificações", afirmou a gerente de Farmacologia da Anvisa, Amanda Soares Silva, que apresentou o Sistema VigiMed à equipe do Ambulatório de TBMR do HUJBB, que passará a utilizá-lo para notificar reações adversas.
Os visitantes foram recepcionados pelo superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, o médico e sociólogo Paulo Roberto Amorim, e pelo coordenador do Ambulatório de Tuberculose Resistente do HUJBB, o pneumologista Carlos Alberio. O superintendente demonstrou apoio à equipe do ambulatório na implantação do projeto e disse que "o estudo, além de permitir a coleta de dados para nossas pesquisas, visa minimizar os efeitos da tuberculose."
TBMR – A Tuberculose Multirresistente acomete pacientes que não reagem positivamente ao tratamento convencional da tuberculose, tornando necessário o uso de medicamentos mais potentes. O Ambulatório de TBMR do HUJBB é vinculado ao Programa de Combate à Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). No Pará, além do Barros Barreto, a Tuberculose Multirresistente é acompanhada na Unidade de Referência Especializada (URES) Dr. Ismael Araújo, no município de Santarém.
Sobre a Ebserh - Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no País, incluindo as não filiadas à Ebserh. O Complexo Hospitalar da UFPA integra a Rede Ebserh desde outubro de 2015.
Texto: Paola Caracciolo – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh
Fotos: Paola Caracciolo, Edna Nunes e Divulgação
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