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Propesp debate como revistas e congressos falsos podem enganar pesquisadores

  • Publicado: Terça, 11 de Abril de 2017, 19h51

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) da UFPA realizou nesta terça, 11, a palestra “Revistas, livros e congressos predatórios e seus prejuízos à pesquisa e à pós-graduação”. Com o objetivo de prevenir e apontar modos como revistas e congressos falsos podem enganar pesquisadores, o professor doutor Ronaldo Oliveira - coordenador de Ensino e pós-graduação da Universidade Federal da Bahia - debateu o assunto. O encontro foi realizado no Auditório Benedito Nunes, no Campus Guamá da UFPA.  

O palestrante iniciou o bate papo abordando a necessidade de publicar artigos e como isso facilita as estratégias de periódicos falsos. A partir daí, o professor Ronaldo exemplificou como e porque as “revistas predatórias” tentam enganar pesquisadores para publicar seus estudos a custo de uma taxa de publicação. Ele ressaltou que também existem supostos congressos e editoras que enviam e-mails na tentativa de iludir estudiosos, desde graduandos a doutores. Em seguida, apontou as consequências de acreditar nestas revistas “Elas tentam, de uma forma dupla, atingir credibilidade, atraindo você como pesquisador ou pesquisadora, e tiram um dinheirinho, que, devido à quantidade, é um dinheiro bom”, conta o professor.

Além disso, o professor Ronaldo deu conselhos para perceber a mentira e abriu espaço para perguntas do público. “O mais importante é entender que o processo de publicação de um artigo de qualidade, em revistas de qualidade, de impacto, não é um processo simples. Não é um processo trivial, rápido. Todas as promessas de rapidez, de atalhos, para você publicar seu artigo mais facilmente tem ser questionadas. Porque a pesquisa exige rigor. A publicação de um artigo é um trabalho rigoroso, com muito critério. Então, o grande conselho eu diria é: entender que o processo de publicação de um artigo não é simples e não há atalhos”, aconselha.

Importância - “Nós estamos temos uma pressão tão grande por publicar os nossos dados e divulgar nossos achados, que essa busca incessante pela publicação pode nos levar a cair numa revista de baixa credibilidade”, relata o coordenador. Por isso, para ele, a grande importância da palestra é fazer o público entender as ameaças e os prejuízos que as falsas revistas trazem à pesquisa e à pós-graduação.

Objetivo - O professor Ronaldo, que já fez outras palestras na UFPA (leia mais aqui), afirma que o objetivo da palestra é expor ao público essas estratégias predatórias, e que isso foi alcançado. “É conscientizar as pessoas que existem estratégias predatórias por aí afora. Armadilhas que podem levar nossos pesquisadores e nossos estudantes a cair e acabar cedendo a esses assédios. Eu acho que é essa a questão: conscientizar o pessoal. E eu acho que a gente atinge falando sobre isso.”

   Público-alvo - O evento, aberto ao público, contou com a presença de doutores, mestrandos e graduandos de diversas universidades do Pará. David Williams, aluno de Direito da Universidade da Amazônia (UNAMA), diz que aprendeu muito com a palestra: ”Eu achei a palestra muito interessante, muito enriquecedora. Apesar de estar começando agora o curso de direito, já é muito importante saber dessas atividades predatórias que algumas ‘pseudo revistas’ realizam. Eu, que estou começando agora na vida acadêmica, quando for produzir um artigo ou algo parecido, já posso ficar bem atento para não cair nessas ‘malhas finas’”.

Propesp - Para a professora Iracilda Sampaio, diretora da Propesp, é dever da Pró-Reitoria de Pesquisa conscientizar seus alunos sobre os perigos de periódicos falsos. “Nós precisamos informar nossos alunos e professores que participam de programas de pós-graduação, porque a publicação científica é uma referência na qualidade dos programas. Então, como é uma situação que você pode, acidentalmente, cair nessa armadilha - como ele falou na palestra -, a nossa ideia é informar o máximo possível. Informar para que as pessoas não cometam esse deslize de publicar em revistas que não são importantes.”
Texto: Alice Palmeira - Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes

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