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EPCA 2019 marca integração e fortalecimento da pesquisa em Comunicação na Amazônia

  • Publicado: Segunda, 25 de Novembro de 2019, 17h38

Conferência de abertura EPCA 2019

Solidariedade, mobilização, luta, empatia, comunidade, alegria, respeito e amor foram as palavras eleitas pelos participantes do III Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia (EPCA) para relacionar as práticas de comunicação popular, comunitária e alternativa com o exercício da cidadania. O evento, realizado de 20 a 22 de novembro na Universidade Federal do Pará, demonstrou uma preocupação com a agenda científica, mas também com um posicionamento político do campo da comunicação.

Essa perspectiva esteve presente em toda a programação, que teve como tema “Comunicação e resistências: ameaças à democracia, lutas por reconhecimento e políticas do cotidiano”. Durante a mesa “Resistências quilombolas e indígenas: trajetórias e lutas por reconhecimento”, o pajé aprendiz e guardião araweté Timeí Assurini criticou a postura epistemicida que desconsidera o valor dos conhecimentos dos povos tradicionais.

Mesas resistências quilombolas e indígenas EPACA 2019 Foto Gabriel Mota“Uma coisa é falar sobre, outra coisa é falar com. A gente quer falar junto. A gente não quer desmerecer o conhecimento deles também, mas a gente quer estar do lado igual como estamos aqui, conversando. Nós só queremos ser respeitados como eles são respeitados”, disse o indígena natural da região do Xingu.

A relação entre as reflexões teóricas e as demandas da realidade social também estiveram presentes nas conferências de abertura e de encerramento, proferidas, respectivamente, pelos pesquisadores Muniz Sodré (UFRJ) e Cicília Peruzzo (Universidade Anhembi-Morumbi), que discutiram questões como os desafios da democracia, as diversas formas de resistência e as lutas pela garantia de direitos por meio da comunicação.

“Sabemos que o fascismo se fortalece na morte da reflexão e da diversidade, e é por isso que o EPCA é resistência, porque aqui, nesse espaço de diálogo, celebramos as diferenças, reconhecemos nossas lutas e de nossos pares”, expôs a mensagem da comissão organizadora do evento, representada na cerimônia de abertura pelo doutorando Elias Serejo.

Solenidade EPCA 2019Valorização das pesquisas - A terceira edição do EPCA também proporcionou uma mostra do avanço na produção de conhecimento e no desenvolvimento das pesquisas em Comunicação na Amazônia. As sessões dos oito grupos de trabalho contaram com 54 apresentações. Além disso, a programação dos três dias atraiu um público superior a 200 pessoas. Para a coordenadora do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom), Manuela do Corral, a realização do evento demonstra um avanço da área.

“Os GTs, por exemplo, dialogam muito com os grupos de pesquisa e os projetos de pesquisa que os professores e os discentes fazem parte no PPGCom. E é excelente ver que não são só pesquisas da instituição, mas nós temos pautas comuns e assuntos que dialogam com outras instituições. Isso tende também a amadurecer e fortalecer esses grupos e esses projetos e aí todo mundo sai ganhando porque quem ganha é a pesquisa, é a construção do conhecimento”, frisou.

Nesse sentido de pensar em ganhos coletivos, o EPCA promoveu a I Jornada Interprogramas, em que representantes de todos os Programas de Pós-Graduação em Comunicação da região puderam avaliar as ações para fortalecer o campo e refletir sobre elas. O professor Vilso Santi, do PPGCom da Universidade Federal de Roraima (UFRR), destacou a importância estratégica desse encontro para ampliar as redes e interação entre os pesquisadores que atuam na Amazônia.

“Além da parte acadêmica, que é de praxe nos nossos eventos, também tem essa parte de poder se encontrar, poder discutir algumas estratégias mais políticas para reforçar a atuação do campo da Comunicação na Região Norte”, pontuou.

equipe EPCA 2019Sobre o EPCA - O Encontro de Pesquisa em Comunicação na Amazônia surgiu por iniciativa de discentes e é realizado com o apoio do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCom UFPA) e de discentes do Programa Comunicação, Cultura e  Linguagens  (PPGCLC da Unama); do Programa de Apoio à Realização de Eventos (PAEV), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA (Propesp); do Instituto de Letras e Comunicação; da Faculdade de Comunicação; do Grupo de Pesquisa Comunicação, Política e Amazônia (Compoa); do Grupo de Pesquisa Inovação e Convergência na Comunicação (Inovacom); da  Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa); do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad-Amazônia/Capes) e da Griffo Comunicação. Mais informações no site.

Texto e fotos: Divulgação

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