Simpósio de Cirurgia Torácica traz debates e inovações no tratamento do câncer de pulmão

Nos dias 13 e 14 de dezembro, foi realizado o Simpósio de Cirurgia Torácica Oncológica Minimamente Invasiva. A programação completa aconteceu no hospital universitário João de Barros Barreto e contou com a participação de estudantes de graduação, residentes, professores, profissionais da saúde e interessados no tema. O objetivo do evento foi divulgar e compartilhar os avanços obtidos na cirurgia torácica, envolvendo áreas como Oncologia e Pneumologia. 

No primeiro dia do simpósio, foram apresentados estudos de caso visando a uma abordagem multidisciplinar, houve palestras ministradas para apresentar e discutir as inovações de métodos menos invasivos no tratamento do câncer de pulmão localizado e localmente avançado. Entre os convidados especiais estavam o professor Pedro Nabuco, livre-docente da disciplina Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o professor Carlos Alberto Araújo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), e o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácia, Sérgio Tadeu Pereira, que também é coordenador do grupo CirToraxBahia. 

Em conjunto com as aulas de cunho teórico, parte da programação foi voltada para a exibição de vídeos-cirurgia — tal momento foi reservado para a demonstração das técnicas mais atualizadas e menos invasivas, tornando possível maior aprendizado pelos participantes do evento. "O simpósio é excelente para atualizar as nossas condutas e compartilhar os conhecimentos que cercam não só a cirurgia torácica, mas também a Medicina como um todo", afirma Luiz Felipe Avelar, estudante de Medicina do nono semestre da Universidade Federal do Pará. "Até mesmo alunos que ainda não chegaram nesse período durante a graduação conseguem entender e já antecipar seu aprendizado, otimizando seus estudos e suas práticas na hora de um atendimento humanizado."

Evento - O Simpósio de Cirurgia Torácica Oncológica Minimamente Invasiva é um evento nacional que surgiu da parceria da empresa Medtronic e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, com apoio da coordenação da disciplina de Cirurgia Torácica da Faculdade de Medicina da UFPA e do Complexo Hospitalar da UFPA. Belém foi a primeira cidade escolhida para o ciclo de eventos sobre o tema e recebeu alguns dos melhores cirurgiões de todo o país. 

De acordo com o palestrante Ricardo Terra, que, além de professor da USP, é chefe da equipe de Cirurgia Torácica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), foram selecionadas capitais de relevância e tradição médica para o evento. "Queríamos também que os locais escolhidos tivessem ligações com universidades, pois queremos que isso se estenda pros alunos, e Belém se encaixou perfeitamente nisso, tendo a universidade e o hospital trabalhando em conjunto e com responsabilidade", explica. 

Foram cerca de 100 participantes nos dois dias de simpósio e o resultado foi muito satisfatório, segundo o Dr. Roger Normando. "Quando a gente faz um evento desse porte em um hospital universitário, um hospital tradicional direcionado ao ensino e aberto à comunidade científica, tornamos ele de grande importância para a nossa região e para o país", afirma o médico. "É muito positivo saber que tivemos esse momento de ensino e aprendizagem com grandes cirurgiões de várias partes do Brasil, profissionais muito competentes e alunos muito dispostos e atentos, todos com o objetivo final de cuidar do próximo e contribuir com a Medicina."

Sobre a Ebserh - Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh. O Complexo Hospitalar da UFPA integra a Rede Ebserh desde outubro de 2015.

Texto: Giullia Moreira - Bolsista da Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh
Foto: Divulgação e Paola Caracciolo - Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh