UFPA realiza acolhimento de estudantes estrangeiros

A Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer) realizou o acolhimento institucional dos estudantes estrangeiros ingressantes na Universidade Federal do Pará (UFPA) neste ano de 2020. Cerca de 30 novos alunos de cursos de graduação e de pós-graduação foram recebidos em programação sediada no Centro de Internacionalização da UFPA, na sexta-feira, 6 de março. Este ano, ingressam na Instituição estudantes de países africanos, como Moçambique, Congo, Guiné-Equatorial e Benin, bem como estudantes de países latino-americanos, a exemplo do Peru, da Bolívia, da Colômbia, de Honduras e do Haiti.

Para acolher os novos calouros, estiveram presentes na abertura do evento o reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho; a pró-reitora de Relações Internacionais em exercício, Maria Amélia Enriquez; o pró-reitor de Ensino de Graduação (Proeg), Edmar Tavares; o representante da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), Carlos Maciel; a representante da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), Germana Sales, além do diretor da Casa de Estudos Brasil-África, professor Dionísio Lázaro Baró; do presidente da Associação de Estudantes Estrangeiros da UFPA (AEE), Israel Housson; e de servidores do Centro de Internacionalização.

A professora Maria Amélia Enriquez começou saudando os estudantes pela coragem em deixar seus países de origem para se lançarem na Amazônia. “Neste campus, vocês terão uma oportunidade de formação que vai muito além da científica e específica da área que vocês escolheram. Vocês terão possibilidade de interagir com diferentes áreas de conhecimento, culturas, posições, visões e vivenciar a riqueza que é estar na Amazônia, pois cada vez mais estudos científicos mostram que a nossa região é fundamental para o mundo não apenas pelos serviços ecossistêmicos, como também pela biodiversidade natural e pelas suas populações tradicionais, oportunidades que nenhuma outra universidade brasileira pode oferecer”.

UFPA multicultural - O reitor da UFPA apresentou a Instituição aos estudantes, ressaltando tanto as suas dimensões e qualidade quanto a preocupação em se fazer multicultural. Segundo ele, a UFPA é uma das universidades federais brasileiras que mais recebe estudantes estrangeiros e, com a abertura do PSE-Migre - o processo seletivo especial que, a partir de 2020, facilitará o ingresso de imigrantes, refugiados e apátridas - serão mais de 300 vagas anuais ofertadas a esse público, por meio de diversos editais e parcerias de cooperação internacional.

“Por que celebramos quando recebemos estudantes estrangeiros? Uma das razões é que nos gratifica dar oportunidades de formação a esses jovens, mas principalmente queremos enriquecer o ambiente cultural da Universidade, queremos criar condições futuras de interações com muitas outras instituições de outros lugares do mundo, queremos que o nosso aluno daqui do estado tenha a oportunidade de interagir com um universo de interlocutores que represente uma riqueza cultural maior. Isso impacta na formação de todos”, afirmou Emmanuel Tourinho. “Sabemos também que a formação para o mundo de hoje precisa preparar os estudantes para compreender as questões globais. Por isso também queremos aprender com vocês”, completou.

Tourinho disse que, neste momento em que todas as universidades brasileiras vivem um cenário de muitas dificuldades, a UFPA se mantém intensa e vibrante. “Espero, portanto, que se sintam acolhidos aqui, que tenham uma boa experiência de vida, que certamente será muito enriquecedora e marcante para vocês. Contem sempre com o nosso apoio para que a estada de vocês aqui seja muito positiva. Sejam muito bem-vindos e obrigado por estarem na Universidade Federal do Pará”, saudou.

Troca de experiências - A programação seguiu com a apresentação da Associação dos Estudantes Estrangeiros da UFPA, pelo presidente Israel Houson; da Casa de Estudos Brasil-África, pelo diretor Dionísio Baró; bem como da equipe da Prointer. Os estudantes receberam ainda orientações sobre documentação, participação em editais e dicas turísticas. À tarde, houve apresentação de palestras com técnicos e professores da UFPA, além da troca de experiências.  

A estudante moçambicana Sónia André está há um mês cursando o pós-doutorado em Educação na UFPA e participou da acolhida institucional. Ela já tem familiaridade com o Brasil por ter estudado também na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mas tem grande expectativa quanto à troca de experiências que possa ser possibilitada por estar na Região Amazônica. “Eu trabalho com ritos de iniciação, ritos de passagem, e acredito que o Pará tenha muito a me oferecer pela questão da presença da comunidade indígena. Então, que venha, que flua, pois tudo serve para o nosso crescimento como pessoas e para a nossa formação como profissionais”.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes e Jéssica Souza