Programa Meninas na Engenharia inicia novo ciclo de atividades com palestra sobre violência doméstica

O Programa Meninas na Engenharia, da UFPA Campus de Tucuruí (CamTuc), que realiza ações voltadas ao incentivo da presença de mulheres no curso de Engenharia, inicia uma nova fase nas suas atividades. Para abordar e debater conteúdos de interesses femininos e da sociedade, agora o projeto terá atuação mais específicas nas faculdades e na comunidade em geral. A primeira ação do novo ciclo será a palestra para debater questões sobre a violência doméstica, no dia 31 de agosto, às 17h, na plataforma Google Meet. As inscrições podem ser feitas aqui.

A iniciativa atua incentivando alunas de escolas públicas e dos cursos de Engenharia do CamTuc por meio de palestras, rodas de conversas, seminários, visitas técnicas, minicursos e outros eventos que envolvam discussões sobre a presença feminina em cursos de engenharia e as relações de gênero no campus. Também promove encontros entre profissionais formadas na área de engenharia, refletindo seus percursos acadêmico e profissional.

"Nosso principal objetivo é criar um ambiente igualitário para os discentes, em geral, diminuindo o estereótipo quanto aos cursos de engenharia serem áreas masculinas e aumentar o incentivo de entrada, permanência e conclusão de mulheres. O programa é necessário tanto para as alunas do ensino básico, quanto para as estudantes, professoras e técnico-administrativas, pois proporciona pertencimento, protagonismo, motivação e ajuda mútua no alcance do objetivo maior, que é a quantidade e qualidade profissional das mulheres na engenharia", afirma a professora Viviane Santos, coordenadora do programa.

A ideia do programa é elevar o número de engenheiras na região, auxiliar e motivar as discentes a concluírem os seus cursos e realizar eventos para debates de assuntos como as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no CamTuc. Apesar de a natureza das atividades ser presencial, atualmente o projeto tem intensificado as ações em meios virtuais por causa da pandemia.

Apoio e empatia - Para a estudante de engenharia Gessica Zambrano, o Programa Meninas na Engenharia é importante tanto para discentes quanto para a comunidade, justamente por buscar minimizar a disparidade de gêneros, incentivar vestibulandas a ingressarem no curso do ensino superior e apoiar as graduandas a concluírem. "O Programa vai muito além da importância de cunho acadêmico. Ele agrega a sororidade apoiada na empatia e companheirismo que nós, mulheres, precisamos ter", observa Gessica Zambrano.

Atualmente o Programa Meninas na Engenharia engloba os seguintes projetos: Projeto interno Mulheres na Engenharia, que atua nas faculdades e nos programas de pós-graduações do campus, promovendo atividades que discutam sobre gênero nos cursos; Projeto interno e externo “Meninas na Computação”, que oferece às alunas de escolas públicas a oportunidade de conhecer os fundamentos sobre a área da Computação, com palestras, minicursos, tutoriais, atividades em laboratórios, além de incentivar a permanência das discentes que já estão no campus;

Projeto externo “Meninas na Engenharia Sanitária e Ambiental para as Escolas Públicas”, que trabalha a temática do empoderamento feminino com meninas de escolas públicas para ingressar na Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental (Faesa); Projeto externo “Meninas na Engenharia Civil para Escolas Públicas”, que atua na conscientização das meninas de escolas de ensino básico quanto à carreira da Eng. Civil; Projeto externo “Meninas na Engenharia: a busca pela inclusão de meninas de escolas públicas no curso de Engenharia Mecânica”, que promove a conscientização sobre o curso de Eng. Mecânica também para as meninas das escolas públicas do município.

Novo ciclo - Para iniciar este ciclo do programa, será realizada a palestra on-line "Não há como justificar o injustificável: violência doméstica e os 14 anos da Lei Maria da Penha". O evento irá ocorrer no dia 31 de agosto, às 17h, por meio da plataforma Google Meet. As inscrições podem ser feitas no link. O evento é aberto ao público e haverá entrega de certificado posteriormente. A definição da temática da palestra surgiu em alusão ao 'Agosto Lilás', que evidencia a luta contra a violência doméstica.

Segundo a professora, este assunto deve ser enfocado em virtude da necessidade de disseminar informações sobre modos de agir nos casos de violência doméstica e indicar ações preventivas contra esse tipo de agressão que cada vez mais vitimiza mulheres na sociedade.

"É notório que os índices de violência contra mulher aumentaram no período da pandemia e isso nos direcionou para a Lei Maria da Penha, que, no dia sete de agosto, completou 14 anos de vigência. Além disso, dados do Atlas da violência 2020 confirmam que uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil, por isso a urgência em oferecer conhecimentos em torno da violência doméstica, com o intuito de que haja diminuição nesses índices de violência contra a mulher", garante a professora Viviane Santos.

Serviço:

Programa Meninas na Engenharia

Palestra on-line "Não há como justificar o injustificável: violência doméstica e os 14 anos da Lei Maria da Penha"

Data: 31 de agosto

Hora: 17h

Local: plataforma Google Meet

Link para inscrição

Mais informações no Facebook e no Instagram.

Texto: Maiza Santos - Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação