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ULEAM e UFPA promovem fórum internacional virtual com comunidades pesqueiras artesanais

  • Publicado: Quinta, 05 de Novembro de 2020, 16h47

Foro Pesqueras Artesanales

A Universidad Laica Eloy Alfaro de Manabí (ULEAM), em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Faculdade de Etnodiversidade (Facetno) do Campus de Altamira e do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (INEAF), a Rede Latino-Americana em Defesa do Patrimônio Biocultural, o CoLaboratório de Oceanografia Social e outras instituições estão realizando, até o dia 21 de novembro, o "Foro Internacional Virtual con las Comunidades Pesqueras Artesanales: Unidas en Red para la Defensa del Patrimonio Biocultural".

Já foram realizadas três transmissões em setembro e outubro. A primeira foi uma live de abertura, em setembro, e duas conferências nos dias 23 e 24 de outubro, sobre comunidades de pescadores artesanais na Colômbia e conhecimentos locais de peixes e pesca artesanal no Equador. Serão realizadas mais sete conferências, entre os dias 16 e 21 de novembro. A programação completa pode ser conferida aqui (em espanhol).

O evento, coordenado pelo prof. dr. Fernando Pérez, da ULEAM, tem como objetivo criar um espaço virtual que proporcione encontros de povos e comunidades tradicionais de pesca, de pesquisadores e de profissionais de diversos países, sobretudo da América Latina, que compartilham de um programa de atuação e de expectativas comuns.

“O programa que se pretende é necessariamente humanista e, portanto, comprometido com a proteção e garantia de direitos humanos e da natureza e com propósitos de promoção de formas de bem-viveres. Identificados os atores que compartilham desse programa e expectativas, temos como segundo objetivo criar redes e alianças entre diversos setores das sociedades dos países participantes do evento”, conta um dos organizadores do evento, o professor Gustavo Moura, da Facetno.

Importância social - Segundo ele, o evento permite pensar as ameaças comuns e singulares a que estão submetidas estes povos e comunidades de pesca participantes, mas também suas potencialidades, alternativas e resistências. “A partir das discussões, possibilita construir possíveis ações conjuntas e em rede. Há uma mudança de escala das tomadas de decisão e de ameaças que impõem velhos e novos desafios de resistência aos povos e às comunidades tradicionais, inclusive as de pesca”.

“Neste novo contexto, embora os processos de resistência sempre terão suas expressões locais, é preciso também se organizar em nível internacional. É um dos momentos também de nós, da classe trabalhadora do mundo urbano-industrial, aprendermos com os povos: suas potencialidades, alternativas e formas de resistir e bem-viver”, explica.

“Veja que estamos debatendo questões de um grupo social que, no Brasil, tem um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) e que continua sendo pilhado pela pesca industrial e pelos megaempreendimentos econômicos instalados na zona costeira. Como podemos contribuir para melhorar as questões que se refletem neste índice e evitar a destruição de territórios tradicionais de pesca por esses megaempreendimentos, por exemplo?”, questiona o docente.

Importância acadêmica - De acordo com o professor, eventos da natureza do fórum são imprescindíveis para se situar nas discussões da temática em nível internacional e identificar possíveis parceiros não apenas das universidades, mas também de profissionais envolvidos na temática de vários setores da sociedade. “É importante também para difundir trabalhos resultantes de parcerias que temos feito em nível regional, nacional e internacional, que está além do mundo acadêmico. Essas parcerias são fundamentais para produzir conhecimento científico qualificado, inclusive em nível internacional, e também para que este conhecimento produzido seja útil aos setores da sociedade com quem as parcerias são mantidas”.

Diálogo aberto - Para Gustavo Moura, o diálogo aberto com vários setores da sociedade é imprescindível para avanços e transformações do conhecimento científico. “Um dos exemplos é o que temos feito na Oceanografia. Estamos revendo alguns dos seus pilares epistemológicos clássicos e propondo outros,  que temos chamado no Brasil de Oceanografia Socioambiental, que são novas formas de se fazer Oceanografia. Isso tem reflexos diretos na forma como esta ciência pensa os povos e as comunidades tradicionais de pesca e, consequentemente, lança subsídios para a formulação de políticas governamentais e intergovernamentais para estes povos”, comenta.

Participarão do evento representantes de movimentos sociais e de comunidades tradicionais de pesca, operadores do direito e pesquisadores de vários países, sobretudo da América Latina.

Serviço:

Foro Internacional Virtual con las Comunidades Pesqueras Artesanales: Unidas en Red para la Defensa del Patrimonio Biocultural

Data: 16 a 21 de novembro

Transmissão: página do evento no Facebook e canal no YouTube

Mais informações estão disponíveis aqui.

Evento gratuito e não há a necessidade de fazer inscrições.

Texto: Adams Mercês - Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Divulgação

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