Especialistas dão dicas em relação aos cuidados com as compras durante a Black Friday
Nesta sexta, dia 27 de novembro, acontecerá, em todo o mundo, a esperada Black Friday. Realizada anualmente na última sexta-feira de novembro, a data chega a movimentar bilhões de reais no Brasil. Mesmo em 2020, um ano atípico, com uma grave crise econômica e sanitária, há expectativas de que a data movimente quase quatro bilhões de reais, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mas, para o consumidor, a data exige cuidado financeirom, com a segurança de dados.
“Em um contexto da crise decorrente da pandemia do novo coronavírus e, principalmente, de muito desemprego pelo país, entendo que a Black Friday deve servir de alento ao setor varejista, inclusive na esfera da informalidade, já que deve gerar uma movimentação positiva na economia local”, pondera o professor André Cutrim, da Faculdade de Ciências Econômicas (Facecon) da UFPA.
De acordo com ele, ainda que as expectativas para a Black Friday sejam altas, é necessário pesquisar e planejar-se financeiramente antes de fazer qualquer compra. “Mesmo que seja tentador, o momento atual exige prudência nos gastos. O consumidor deve, prioritariamente, pesquisar e estabelecer um planejamento financeiro para qualquer tipo de compra na Black Friday. Depois, se possível, estender por um prazo maior o número de parcelas para pagamento de qualquer nova dívida”.
“Além disso, antes de iniciar qualquer novo ‘endividamento’, o consumidor deve quitar o seu débito mais antigo, ou tentar renegociar, pois tanto o crédito quanto o endividamento são fatores alimentadores da especulação, uma porta de entrada para um prolongamento desta crise. Por fim, não menos importante, as festividades de Natal estão próximas e o 13º salário deve injetar dinheiro na economia também, ou seja, é preciso ter muito equilíbrio financeiro e comprar só o que for necessário”, completa.
Cuidados ao comprar - Com maiores riscos ao sair de casa durante a pandemia, as compras on-line têm sido a opção mais viável para uma considerável parte da população. Entretanto algumas medidas devem ser tomadas para evitar golpes cibernéticos, comuns durante essa época do ano.
A primeira delas, segundo o professor Antônio Abelém, da Faculdade de Computação da UFPA, é não entrar em sites de compra por meio de e-mails ou de mensagens de celular. “A recomendação, se a promoção for interessante, é procurar diretamente o site do varejista e confirmar. Muitas vezes, essas mensagens encaminham endereços falsos, que imitam os sites originais, mas roubam os dados dos usuários”.
“Procure se informar sobre as empresas e lojas em que as compras serão feitas. Se deseja fazer compras de lojas pouco conhecidas, o recomendado é procurar se informar sobre a loja. Ao entrar na fase de compra e pagamento, verifique se existe um cadeado no endereço da página. O cadeado indica que as informações, que serão trocadas no site, estarão criptografadas, o que garante segurança de que os dados do usuário não vão estar trafegando desprotegidos pela internet”, completa o professor.
O professor também recomenda desconfiar de promoções muito vantajosas, com preços muito baixos para itens muito caros. “Normalmente as promoções desse tipo até têm descontos, mas para itens muito específicos, não para itens mais caros e populares”.
Histórico - A Black Friday se popularizou inicialmente nos Estados Unidos, na década de 70. A data, que é sempre no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças, marca o início do período de compras natalinas e de fim de ano. No Brasil, a data começou a ser comemorada em 2010.
Texto: Rafael Miyake - Assessoria de Comunicação da UFPA
Art: Reprodução Pixabay
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