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GedaiCast reúne pesquisadores de diferentes áreas em debates sobre a região amazônica

  • Publicado: Sexta, 15 de Janeiro de 2021, 18h48

GEDAICast

O Grupo de Estudo Mediações, Discursos e Sociedades Amazônicas (GEDAI) está realizando uma série de debates no formato de podcasts, o GedaiCast, para falar sobre assuntos relacionados à região amazônica e suas implicações na sociedade. Com diversos programas já disponíveis no Canal no YouTube, o projeto visa a divulgação científica, com a participação de professores que são referências em suas áreas de pesquisa. A primeira edição deste ano, "De Mairi a Belém: 405 anos", em alusão ao aniversário da capital paraense, traz informações sobre os encontros e confrontos que construíram a história da metrópole.

O GedaiCast tem o intuito de divulgar os estudos realizados na academia e marcar um lugar de enunciação nas universidades da região. O Gedai conta com professores e alunos da UFPA, da UFRA, da UNAMA e da UNIFAP. Coordenados pela professora Ivânia Neves, do Instituto de Letras e Comunicação, os projetos de pesquisa e extensão, assim como os eventos acadêmicos, estão voltados para a Amazônia, suas populações, suas cidades, seus territórios, sempre pensando na perspectiva local e global.

"Consideramos cada vez mais urgente falar destas questões com profundidade, expondo os discursos racistas e suas raízes históricas, que afetam não só a Amazônia, mas toda a América Latina. Cidades como Belém, Macapá e Manaus não podem mais silenciar a presença indígena. E as universidades, que já reforçaram o discurso racista, agora têm a obrigação de incluir estas populações, discutir e mostrar um outro possível para esta região", pontua a professora Ivânia Neves.

gedai cast 7GedaiCast - O programa começou a ser produzido em junho de 2020 e os temas tratados sempre estão relacionados a projetos desenvolvidos no grupo. A edição número um tratou do Dispositivo Colonial e a pandemia na Amazônia. No segundo semestre, foram produzidos mais seis episódios com pesquisadores de todas as regiões brasileiras, onde foi dialogado sobre gênero, estudos do discurso na contemporaneidade, práticas de governamentalidade, ditadura militar e etniCidades indígenas.

"Todas as temáticas foram tratadas de forma verticalizada e a Amazônia sempre esteve presente nas discussões. Os pesquisadores do Gedai sempre se empenharam em mostrar como estas questões atravessam a história da região, falando sobre o dispositivo colonial e mostrando que a região também sofre com o colonialismo interno, uma vez que está à mercê dos “interesses nacionais”, afirma Ivânia Neves.

O sétimo programa, que é o primeiro de 2021, nasceu dentro das discussões do projeto “EtniCidades Amazônicas: fraturas, invenções e interações" e foi ao ar no dia 12 de janeiro para problematizar a data que, de acordo com os pesquisadores, silencia a pluralidade étnica da cidade e desconsidera a presença indígena anterior ao contato com os europeus em Mairi, como era chamada esta região pelos Tupinambá. No episódio, a mediação foi feita por Márcia Kambeba, multi-artista e ativista indígena, atualmente Ouvidora do Município de Belém, que recitou o poema “Território Ancestral” e encerrou o programa cantando a composição de sua autoria “Belém indígena”.

"Neste episódio todos os participantes são da UFPA. Eles falaram sobre a memória de Mairi; dos Tupinambá; e da história bastante violenta da pluralidade étnica da cidade de Belém, de como os povos indígenas e africanos foram tratados como inferiores, numa cidade latino-americana com suas desigualdades e contradições", comenta Ivânia Neves.

Além do GedaiCast, que é voltado para a divulgação de pesquisas da pós-graduação, durante a Pandemia, o Grupo também criou o “Tambaqui Tamuatá”, mais voltado à graduação. Ambos estão disponíveis no canal do YouTube do Gedai.

Texto: Maiza Santos - Assessoria de Comunicação da UFPA
Imagens: Divulgação

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