NAEA recebe novos dirigentes empossados
Ocorreu nesta quarta-feira, 3, a cerimônia que acolheu os novos dirigentes do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA). Presidida pelo reitor em exercício Gilmar Pereira da Silva, a sessão empossou o professor Armin Mathis, novo diretor-geral, e a professora Mirleide Chaar Bahia, como diretora-adjunta. Na ocasião, os professores Durbens Martins Nascimento e Silvio José de Lima Figueiredo transferiram seus respectivos cargos. A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo Canal UFPA Oficial no Youtube.
O professor Durbens Martins agradeceu o apoio da administração superior para a implementação das ações realizadas em seu mandato de quatro anos e saudou os novos dirigentes. “Nesse período, tivemos a ousadia de apresentar um programa para impulsionar o desenvolvimento institucional e acadêmico do NAEA, de modo a contribuiu para a formação de recursos humanos na Universidade para a atuação na sociedade”.
A pesquisa com foco em problemas sociais relevantes, a extensão desses conhecimentos por meio de eventos e ações envolvendo a comunidade, a construção de uma sociedade mais justa e de um meio ambiente mais saudável também foram citadas pelo antigo diretor como metas alcançadas em sua gestão não somente nos últimos quatro anos, como também nos dois anos anteriores em que esteve à frente do NAEA, totalizando seis anos na direção do Núcleo. Nesse ínterim, o professor Durbens Nascimento também já teve como vice o professor Armin Mathis, que ora assume a direção do NAEA.
“Mantivemos o NAEA, portanto, em uma trajetória virtuosa de desenvolvimento institucional e acadêmico, que estabeleceu as bases para implementação de políticas públicas importantes”, resumiu Durbens. “Contribuímos, portanto, para projetar e fortalecer o NAEA nessa caminhada de ensino, pesquisa e extensão”. E como algumas conquistas citou: novas especializações; o fortalecimento e a consolidação do Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública; e a ascensão para a nota 6 do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, carro-chefe do NAEA.
O gestor destacou como um dos principais objetivos do NAEA o de construir estratégias para o enfrentamento de problemas socioambientais e agradeceu a parceria de docentes e discentes que colaboram com o NAEA para isso. Dentre outras ações, Durbens Nascimento citou também a reforma e a criação de salas, a modernização de equipamentos, a melhoria de laboratórios e espaços administrativos, o lançamento de um novo site, o fortalecimento da editora do NAEA e a inauguração do sistema de vigilância do prédio que abriga o Núcleo.
Novos desafios – A professora Mirleide Bahia agradeceu a confiança da comunidade que a elegeu. Como nova diretora-adjunta, ela ressaltou a grande relevância das pesquisas que vem sendo realizadas no NAEA sobre toda a Pan-Amazônia. “O nosso esforço será contínuo e coletivo para manter a excelência dos nossos programas”, comprometeu-se. “Nossa meta é consolidar ainda mais o NAEA como centro de referência em ensino e pesquisa, principalmente sobre desenvolvimento regional, tendo como foco a Amazônia, no que tange à internacionalização e outros aspectos científicos focados nas questões sociais, ambientais e econômicas da população”, sintetizou.
Na direção, o professor Armin Mathis prevê poder comemorar os 50 anos do NAEA, a serem completados em 2023, esperando que haja um cenário sociopolítico e econômico melhor que o atual. “Vislumbrar esses 50 anos significa também assumir o compromisso de manter viva a atualidade da missão do NAEA, que é gerar informações sobre a Amazônia, pensar alternativas para o desenvolvimento regional e formar recursos humanos para colocar em prática um desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente prudente. Missão esta que nos coloca diante de um desafio duplo: o de garantir o reconhecimento do NAEA dentro do mundo acadêmico e provar a pertinência da nossa existência fora do mundo acadêmico”, disse.
O novo diretor enumerou ainda os esforços que pretende empreender para, entre outras metas, alcançar a internacionalização do NAEA, que requer o aumento da sua produção científica e a ampliação da sua atuação para além da Amazônia brasileira. Apesar do pioneirismo e protagonismo do NAEA em pesquisas da área, Armin Mathis considera importante pensar a Amazônia em sua totalidade, principalmente porque os problemas socioambientais da Amazônia não param nas suas fronteiras. Em razão disso, o professor prevê ampliar alternativas e tecnologias de ensino, além de intensificar ações de extensão, mantendo o NAEA participante do cenário político e aberto ao diálogo com os movimentos sociais.
Diálogo social - O vice-reitor Gilmar Pereira da Silva agradeceu aos antigos dirigentes e parabenizou os novos gestores. Ele destacou também o papel estratégico que o NAEA desempenha no contexto regional, que retrata o esforço da Universidade em integrar ensino, pesquisa e extensão em prol da Amazônia. “Um dos grandes exemplos do NAEA é que seus pesquisadores são reconhecidos e uma amostra disso é um programa de pós-graduação de excelência que procura se aproximar e dialogar cada vez mais com a sociedade como um todo”, afirmou.
“O NAEA nasce com uma vontade determinada em pensar a política de pós-graduação regional, como desbravador da pesquisa na região, e tem se colocado, ao longo desse tempo, na trincheira em defesa da Universidade Pública, pautando estudos sobre uma região que precisa ser repensada todos os dias. A ciência tem papel estratégico no desenvolvimento e na transformação da sociedade. Ter um Núcleo como esse, que pensa a Amazônia de maneira global e interdisciplinar, é fundamental”, avaliou Gilmar Silva.
Ao final da cerimônia, ainda foi exibida uma mensagem do reitor Emmanuel Zagury Tourinho aos novos dirigentes.
Histórico - Fundado em 1973, o NAEA tem como objetivos basilares o ensino em nível de pós-graduação, visando, em particular, à identificação, à descrição, à análise, à interpretação e ao auxílio da solução dos problemas regionais amazônicos; à pesquisa em assuntos de natureza socioeconômica relacionados com a região; à intervenção na realidade amazônica, por meio de programas e projetos de extensão universitária; e à difusão de informação, por meio da elaboração, do processamento e da divulgação dos conhecimentos científicos e técnicos disponíveis sobre a região.
Para conferir a sessão de posse, acesse aqui.
Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Imagens: Reprodução da transmissão
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