Professora da UFPA integra lista de mulheres com destaque na Ciência na América Latina
A professora Kátia Omura, da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FFTO) da UFPA, foi uma das cientistas escolhidas pela Companhia 3M em uma premiação que reconheceu 25 mulheres com destaque na Ciência na América Latina. O objetivo da premiação é incentivar a diversidade na área científica e dar destaque às profissionais da região que desenvolveram pesquisas e projetos inovadores, capazes de gerar impacto positivo na sociedade e com histórias inspiradoras.
A organização da premiação recebeu a inscrição de mais mil especialistas de áreas STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Para selecionar as vencedoras, o júri avaliou a inovação das propostas, a importância do problema resolvido, a escalabilidade e o impacto na comunidade. Os projetos inscritos precisavam já ter sido testados, com resultados comprovados nos últimos dois a cinco anos. Agora as pesquisadoras premiadas passarão a integrar uma plataforma com diversas iniciativas para promover a visibilidade e o networking.
"Fazer ciência em qualquer lugar é um desafio, mas torna-se um desafio ainda maior quando se trata de ser mulher e em um continente marcado por desigualdades. Espero que este reconhecimento inspire outras mulheres/garotas a entrarem neste mundo tão masculinizado”, aponta a professora Kátia Omura.
Ainda de acordo com a professora, o reconhecimento é importante por lembrar que a Educação é o único caminho para uma mudança social no continente latino-americano e ainda há uma série de demandas que a ciência pode e deve resolver, sobretudo na região amazônica.
Projetos premiados - A professora submeteu à premiação dois projetos desenvolvidos desde que ela está na UFPA. O primeiro deles é o Memorylife, um aplicativo para treino cognitivo de idosos com demência, especificamente Alzheimer. O outro projeto é o Sexadapt, que se trata de um aplicativo em que são mapeados motéis e pousadas, na Região Metropolitana de Belém, que são acessíveis às pessoas com deficiência.
O Memorylife possui 2 categorias de jogos, o de memória e o de lógica. Em ambos os jogos, existem elementos que remetem ao cotidiano do idoso. A ideia é verificar o quanto o uso do aplicativo pode auxiliar no retardo do avanço da demência. Atualmente, o App está disponível para Android, apesar de uma nova versão mais atualizada já estar em andamento. No App Sexadapt, é possível que o usuário avalie o quão acessível é o estabelecimento, além de ter a opção acessar um aplicativo de transporte diretamente, dando com precisão a localização do estabelecimento.
"Ambos os projetos possuem um grande impacto na vida das pessoas, pois, nos dois, o intuito é promover qualidade de vida, seja para os idosos com demência, por intermédio do treino cognitivo, seja para as pessoas com deficiência, por intermédio da acessibilidade a locais que o auxiliem a realizar a sua atividade sexual", explica a professora Kátia Omura.
Os projetos também foram premiados pelo Programa Movimento Empreendedor Revolucionário (Mover), promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia juntamente com a incubadora da UFPA, Universitec.
As cientistas escolhidas foram: Daniela Ushizima (SP), Letícia Oliveira (RJ), Christiani Andrade Amorim (CE), Silvana Pereira Rempel (RS), Kátia Omura (PA) e Luiza Frank (RS), do Brasil; Josefina Ballarre, Jorgelina Noelia Gavotti; Brasil:), da Argentina; Daniela Sáez Mahuida, María Isidora Ávila Thieme, Carolina Parra González, do Chile; Andrea Ramírez Vela, Olga Yaneth Vásquez Ochoa, Paola Andrea Barato Gómez, Johanna Marcela Flórez Castillo, da Colômbia; Marili Ángeles e Silvana Luzmila Flores Chávez, do Peru; Erika Bustos Bustos, Itzel Montserrat Lara Mayorga, Priscila Pineda Villegas, Judith Zavala Arcos e Lorena Díaz de León Martínez, do México; Dafni Mora e Milagros Cubilla, do Panamá; e Laura Alethia de la Fuente, do Uruguai.
Texto: Maiza Santos - Assessoria de Comunicação da UFPA
Imagens: Divulgação
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