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Fevereiro laranja conscientiza sobre a importância do diagnóstico da Leucemia e da doação de medula óssea

  • Publicado: Quinta, 25 de Fevereiro de 2021, 17h15

Fevereiro Laranja portal

Quem já viu cenas da novela Laços de Família (Globo, Vale a pena Ver de Novo) já deve ter se emocionado com o drama vivido pela personagem Camila (Carolina Dieckmann) ao lutar contra a doença Leucemia, um câncer que ocorre na formação das células sanguíneas, dificultando a capacidade do organismo em combater infecções. Mas você sabia que o mês de fevereiro é considerado como de conscientização a respeito dessa enfermidade em todo o Brasil? A doutora. Ana Luisa Langanke Pedroso Meireles, que trabalha na Agência Transfusional do Hospital Universitário João de Barros Barreto, explica a doença e a importância de dar destaque ao “fevereiro laranja”. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer - INCA / Ministério da Saúde, a estimativa para o ano de 2020 das taxas brutas de incidência de Leucemia na Região Norte do Brasil foi de 4,45 e 3,55 casos a cada 100 mil habitantes, para o sexo masculino e feminino, respectivamente. 

Ana Luisa Meireles define a Leucemia como uma doença maligna, adquirida, que compromete a fábrica do sangue, conhecida como medula óssea. “É um tipo de câncer que se caracteriza pela substituição das células normais do sangue por células doentes, que inibem o crescimento e o bom funcionamento medular. A maioria dos casos não tem causa conhecida e pode acometer tanto adultos quanto crianças”.

Segundo a especialista, a campanha do “fevereiro laranja” visa conscientizar a população sobre a doença e a seriedade de se fazer seu diagnóstico o mais precocemente possível. “Também reflete a importância de se tornar um doador voluntário de medula óssea, visto que o Transplante de Medula Óssea é conhecido, internacionalmente, como uma das terapias curativas para muitos casos de Leucemia”, destaca.

O site da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) também explica que, na Leucemia, as células sanguíneas doentes (câncer) se formam e atrapalham a produção das células sanguíneas saudáveis da medula óssea, diminuindo seu número normal. Desse modo, podem se desenvolver quatro tipos principais de Leucemia: Leucemia mieloide aguda (LMA); Leucemia mieloide crônica (LMC) Leucemia linfoide aguda (LLA) Leucemia linfoide crônica (LLC). Para todos os tipos, o essencial para atuar na busca de ajuda para o diagnóstico e tratamento é saber como funciona a medula óssea no nosso organismo.

A medula óssea é um tecido esponjoso que ocupa o centro dos ossos, onde ocorre o desenvolvimento de células maduras que circulam no sangue. Já o sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. Ele é produzido na medula óssea e é formado por uma parte líquida (plasma) e uma parte celular (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas). A Leucemia, portanto, é um tipo de câncer que tem início nas células-tronco da medula óssea, as quais, quando comprometidas, precisam ser transplantadas.

“A maioria dos casos não está relacionado a fatores de risco identificados, não havendo forma de prevenção conhecida. Porém a população deve estar atenta a sinais e sintomas de insuficiência medular, caracterizados pelo aparecimento no sangue de alterações como anemia, plaquetopenia (queda na contagem das plaquetas) e leucopenia (queda na contagem dos glóbulos brancos) sem causa conhecida. Isso é facilmente identificado em um exame de sangue simples, conhecido como hemograma”, continua Ana Luisa.

Ana Luisa Meireles é médica hematologista e hemoterapeuta, atua no atendimento a pacientes portadores de doenças hematológicas e onco-hematológicas em instituições públicas e privadas. Atualmente, também é responsável técnica pelo Centro de Processamento Celular da Fundação Hemopa, único laboratório público especializado em Terapia Celular no estado do Pará.

Como ser um doador – Para ser um doador de medula óssea e ajudar a salvar vidas que sofrem com a Leucemia, basta comparecer a uma das unidades da Fundação Hemopa e portar documento oficial de identidade original com foto. A pessoa deve ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde e não ter nenhuma doença infecciosa ou incapacitante. Para mais informações, ligue (91) 3110-6500/ 0800-2808118 ou acesse o site do Hemopa, ou, ainda, contate pelo e-mail: captaçãEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Para aumentar as chances de localização de um doador compatível, é imprescindível também manter o cadastro atualizado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea - Redome, ligado ao INCA, que é um banco de dados financiado pelo Ministério da Saúde, com informações de possíveis doadores para quem precisa de transplante de medula óssea. Se quiser saber mais, acesse o site ou entre em contato pelo telefone (21) 25055-5656.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Mkt Ascom

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