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Centro de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança da UFPA é referência no acompanhamento clínico de pessoas que apresentam Transtorno do Espectro Autista

  • Publicado: Quinta, 08 de Abril de 2021, 16h07

Autismo Casmuc Portal

Por meio de ações de extensão, programas e/ou projetos de pesquisa, a Universidade Federal do Pará realiza ações que buscam incluir ou garantir a pessoas que apresentam Transtorno do Espectro Autista (TEA) um pouco mais de #respeito, para usar o tema da Campanha Mundial de Conscientização sobre o Autismo da Organização das Nações Unidas (ONU), que, neste mês de abril, pede “Respeito para todo o espectro”.

Entre algumas dessas ações, está o atendimento realizado pelo Centro de Atenção à Saúde da Mulher e Crianças (Casmuc), da Faculdade de Medicina (FAMed) da UFPA, o qual consiste em consultas ambulatoriais para a avaliação de crianças com alterações no neurodesenvolvimento, mediante a aplicação de Protocolos Clínicos da instituição e dos critérios clínicos para o diagnóstico do TEA. 

“Com o encaminhamento do paciente à equipe multiprofissional necessária para sua reabilitação, emissão de laudos para assegurar os direitos estabelecidos pelas leis do país, prescrição de medicações para o adequado controle sintomático do TEA, quando necessário, buscamos assegurar maior qualidade de vida destas pessoas e de suas famílias”, explica a professora Carla Leonor Melo Vinagre Machado, coordenadora e pediatra do Ambulatório de Autismo do Casmuc, responsável pelos atendimentos.

O trabalho do Casmuc no atendimento do TEA teve origem no Serviço Caminhar, que começou no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), e depois prosseguiu nos Ambulatórios de Ensino do Casmuc, a partir de 2015, sob supervisão das professoras Amira Figueiras e Isabel Cristina Neves de Souza,  atual vice-coordenadora do Casmuc e coordenadora e médica do Ambulatório de Desenvolvimento Infantil.

As crianças com suspeita de TEA devem ser referenciadas por profissional de saúde mediante preenchimento de Guia de referência e contrarreferência do Sistema Único de Saúde (SUS) ou até por demanda espontânea, passando por triagem do Serviço Social ou da Enfermagem. Atualmente a marcação de consultas de avaliação está sendo feita pelo telefone 32018884, em virtude da Pandemia. Então, passam por triagem no Ambulatório de Desenvolvimento e são encaminhados ao Ambulatório de Autismo, caso se confirme a suspeita de TEA.  

Segundo a professora Isabel, para observar características do TEA ainda na primeira infância, é necessário estar atento ao desenvolvimento das habilidades sociais, como autoisolamento, baixa capacidade de comunicação ou compartilhamento de ideias/sentimentos, associado, ou não, a comprometimento da linguagem e a habilidades sensoriais e motoras, entre outros. Portanto as avaliações são realizadas por equipes multiprofissionais, que envolvem psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo etc.

De acordo com as necessidades identificadas, quando em atendimento, os pacientes passam a receber estimulação global, até 3 ou 4 anos, ou concentrada em metas a serem alcançadas por meio de terapias como a Análise Comportamental Aplicada (ABA), complementada com outras terapias, conforme a necessidade da criança.  A redução de agressividade ou hiperatividade e o aumento na concentração, muitas vezes, são necessários para se garantir efetivamente as terapias, o que, geralmente, só se consegue com medicação, mas isso nem sempre é bem aceito pela família. 

O acompanhamento da criança observa as suas respostas ao que foi inicialmente estabelecido, por exemplo,  fixar o olhar. Se alcançado, novas metas serão sequencialmente indicadas até que se atinja o desenvolvimento de acordo com a idade. A faixa etária para esse atendimento é de até 12 anos de idade. 

O Ambulatório de Autismo do Casmuc/UFPA possui cerca de 700 a 800 crianças cadastradas. Antes do agravamento da pandemia da Covid-19, a triagem semanal para o TEA era de 5 a 6 crianças, sendo 24 novos casos por mês, com uma média anual em torno de 250 atendimentos realizados. Atualmente, o atendimento está suspenso em razão do bandeiramento vermelho da UFPA, que, no contexto da comunidade universitária, corresponde ao lockdown.  

Conforme muda o cenário da pandemia na Região Metropolitana e Belém, o Casmuc também altera as condições de atendimento. Em bandeiramentos mais brandos, realiza o atendimento semanal presencial de quatro crianças por vez, a fim de evitar aglomerações. As expectativas são de, brevemente, poder retomar os serviços e prosseguir com os atendimentos por meio da telemedicina e dos teleatendimentos. 

Para mais informações sobre o Casmuc, ligue: (91) 3201-8884.

Nas próximas matérias desta série, confira informações sobre projetos de pesquisa e de extensão da UFPA que disponibilizam serviços de atendimentos a pacientes com TEA. 

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Arte: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

 

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