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Projeto DoTS promove estudos, documentação e divulgação de espécies de anfíbios ameaçadas de extinção no Brasil

  • Publicado: Sexta, 30 de Abril de 2021, 15h29

DOTS

Com o objetivo de estudar, documentar e divulgar as espécies de anfíbios ameaçadas de extinção no Brasil, com o uso do fotojornalismo em prol da ciência e da conservação, o Projeto Documenting Threatened Species (DoTS) tem avançado suas pesquisas pelo país. Fundado há dois anos pelo professor Pedro Peloso, do Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL/UFPA), o projeto já realizou oito expedições em todos os biomas brasileiros, que, nesta primeira fase, resultaram no encontro de 14 das 42 espécies ameaçadas. Para conhecer o material produzido pelo DoTS, acesse a página do projeto.

As expedições do projeto realizadas pelo Brasil foram feitas em parceria com pesquisadores que atuam na conservação de diferentes espécies para que fosse possível encontrá-las e documentá-las em seu ambiente natural. “O DoTS nos proporciona a oportunidade de conhecer lugares incríveis, que eu só conhecia de vídeos e fotografias, como a Ilha de Alcatrazes, em São Paulo, por exemplo. Além disso, nos faz poder ver em campo espécies de anfíbios raras e pouco conhecidas, que também só conhecia dos livros. Registrar espécies em perigo crítico de extinção é um grande prazer, mas é também uma enorme responsabilidade”, revela Pedro Peloso.

DOTS01Segundo o pesquisador, as pesquisas e os levantamentos feitos pelo DoTS trazem, como principal resultado, um melhor entendimento da particularidade de cada tipo e de cada região, além de terem grande importância para a documentação e divulgação das espécies como uma forma de reforçar a necessidade de preservação de seus habitats. “Algumas espécies habitam áreas mais remotas ou unidades de conservação, estando melhor protegidas do que outras. Por outro lado, existem alguns exemplos de espécies sob risco altíssimo de extinção, mas não estão em áreas formalmente protegidas”, exemplifica.

As expedições são executadas conforme a espécie procurada pelos pesquisadores, tendo sempre como foco encontrar a variedade em seu ambiente natural para realizar uma documentação audiovisual detalhada de ambos. “Nós só cuidamos daquilo que conhecemos! E a grande verdade é que conhecemos muito pouco sobre a nossa biodiversidade. Sabemos que o Brasil está entre os países com a maior diversidade de espécies do planeta, mas não temos uma real dimensão do que isso significa. Somos o país com a maior pluralidade de anfíbios em todo o mundo - arredondando um pouco, uma em cada oito espécies de anfíbio do mundo ocorre aqui. São mais de 1000 formas diferentes. Ainda assim, a maioria de nós nem sabe que existem tantas espécies assim. Os sapos ainda sofrem com diversos estereótipos e mitos prejudiciais à sua imagem, dos quais muitas pessoas têm nojo ou medo. O que queremos é mostrar que são animais lindos, que ainda temos muito o que conhecer, mas existem formas belíssimas e únicas, do ponto de vista biológico, que estão sofrendo sérias ameaças”, explica.

DOTS02A título de curiosidade, por exemplo, o professor aponta que poucas pessoas têm conhecimento sobre a existência de salamandras no Brasil. Mas o anfíbio, que possui características semelhantes às de um lagarto, como corpo alongado e uma cauda, pode ser encontrado por aqui. São, pelo menos, cinco espécies diferentes, todas localizadas na Amazônia, sendo que uma delas está ameaçada de extinção e ocorre nas redondezas de Belém.

Além do suporte da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará (Proex/UFPA), o DoTS também conta com a participação do Instituto Boitatá e da Universidade do Alabama (UA), financiamento de dois zoológicos norte-americanos, o Fresno Chaffee Zoo e o Columbus Zoo and Aquarium, e suporte financeiro do CNPq (por meio de bolsa de Produtividade em Pesquisa ao professor Peloso). Para saber mais sobre o trabalho do Projeto Documenting Threatened Species (DoTS), acesse aqui.

Texto: Adams Mercês - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Divulgação DoTS

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