Laboratório de Virologia da UFPA realiza pesquisa para identificar perfil epidemiológico da Covid-19 em moradores do Pará
O Laboratório de Virologia (LabVir) da Universidade Federal do Pará (UFPA) está desenvolvendo um projeto de pesquisa para identificar a frequência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 na população da Região Metropolitana de Belém (RMB) e em comunidades indígenas do estado do Pará. O objetivo do projeto é avaliar o perfil epidemiológico da Covid-19 nessas populações, além de avaliar comportamentos que podem ocasionar risco à infecção.
Aprovado em edital do Ministério da Saúde (MS)/Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI)/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2020, o projeto de pesquisa vem, desde outubro de 2020, atuando na coleta de sangue de voluntários para a detecção da presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19.
Os estudos pretendem analisar as características imunológicas, genéticas e proteômicas dos indivíduos que tiveram Covid-19 nos diferentes quadros clínicos: assintomáticos, leve, moderado e grave, para que seja possível a identificação das possíveis razões que levam os indivíduos a evoluírem de forma diferente à exposição ao vírus. No momento, a prioridade é atender às pessoas residentes nos municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides e analisá-las.
Para o coordenador do Labvir, professor Antônio Vallinoto, este trabalho de pesquisa é mais um importante serviço, oferecido pela UFPA, que pretende auxiliar a população nos cuidados à saúde, no atual cenário de crise sanitária, além de ser uma ferramenta que pode ser utilizada para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde, uma vez que disponibiliza o conhecimento da condição imunológica da população residente no estado.
“Os resultados gerados no estudo epidemiológico, ao serem divulgados, permitem aos gestores em saúde, em especial ao Ministério da Saúde, a melhor compreensão dos principais aspectos da infecção em nosso estado. Isso porque os resultados gerados são transmitidos, quase que em tempo real, ao Ministério da Saúde, por meio de relatórios parciais e seminários on-line, e os resultados obtidos nas comunidades indígenas são encaminhados aos DSEIs (Distrito Sanitário Especial Indígena) na forma de relatório”, explica o coordenador do Labvir.
A equipe que atua na pesquisa é multiprofissional e envolve biomédicos, biólogos, farmacêuticos, médicos e estatísticos, entre docentes/pesquisadores e discentes de graduação (Pibic) e de pós-graduação vinculados aos Laboratórios de Virologia, de Genética Humana e Médica, de Genética de Doenças Complexas e de Biotecnologia de Enzimas e Biotransformações. Os profissionais atuam na coleta de amostra, no atendimento e aconselhamento ao indivíduo, na análise laboratorial dos marcadores imunológicos, genéticos e proteômicos e na análise estatística dos resultados.
Como participar – Qualquer pessoa com idade a partir de 12 anos pode ser voluntária da pesquisa. Porém, para realizar o exame, é obrigatório que seja feito o agendamento com antecedência, por meio de formulário disponível aqui. No caso de menores de 18 anos, o voluntário só poderá ser atendido se estiver acompanhado de um maior responsável.
No caso de voluntários que já foram vacinados com as duas doses das vacinas oferecidas no Brasil e daqueles que tiveram algum sintoma da Covid-19 recentemente, a orientação é para que realizem o exame somente depois de 30 dias após o recebimento da segunda dose ou após o início dos sintomas. O resultado do exame pode ser retirado em 15 dias, no próprio Laboratório de Virologia.
Texto: Maissa Trajano - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Tel Guajajara
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