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Campanha Julho Verde alerta sobre a importância do diagnóstico precoce para a cura de casos de câncer de cabeça e pescoço

  • Publicado: Terça, 27 de Julho de 2021, 15h46

Julho Verde

Nesta terça-feira,  27 de julho, é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço e, por esta razão, o mês de julho é marcado pela campanha de prevenção dos tumores de cabeça e pescoço, o Julho Verde. A campanha, que este ano traz como tema “O câncer tá na cara, mas às vezes você não vê”, visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce e eficaz do câncer de cabeça e pescoço, uma vez que que um terço dos casos diagnosticados podem ser evitados.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), só no Brasil, a cada ano são contabilizados cerca de 43 mil casos novos e 10 mil mortes em decorrência da patologia. Nos homens, os mais comuns são os câncer de boca e laringe, sendo o segundo mais frequente atrás somente do câncer de próstata. Já nas mulheres, a predominância é do câncer da tireoide, sendo o quinto mais comum entre elas. E, do total de casos diagnosticados, cerca de 76% dos tumores de cabeça e pescoço são descobertos em estágios muito avançados da doença, o que dificulta o tratamento e aumenta a mortalidade. Por este motivo, se torna cada vez mais importante alertar a população sobre a importância de se buscar um diagnóstico precoce.

“O autocuidado e a atenção aos primeiros sinais são fundamentais para o diagnóstico precoce, possibilitando um aumento substancial de cura dos pacientes que desenvolvem a doença, evitando, assim, tratamentos mais agressivos, que possam  deixar sequelas graves e reduzir a qualidade de vida dos pacientes. As lesões detectadas em estágios iniciais têm um prognóstico e sobrevida melhor, enquanto que nos estágios avançados, a sobrevida pode cair para índices menores que 50% em 5 anos”, comenta Michelle Abreu, cirurgiã-dentista doutora em Oncologia pela UFPA. 

Ainda segundo a pesquisadora de câncer de cabeça e pescoço, só aqui no Estado do Pará, dois terços dos casos são diagnosticados em uma fase tardia, problema que se mostra ainda mais potencializado devido às peculiaridades territoriais da região. “A região Amazônica é diferente das demais devido ao grande número de rios que são utilizados como as principais vias de transporte, dificultando muitas vezes o acesso aos serviços de saúde por parte da população local ribeirinha”, explica.

Diagnóstico e prevenção - Os tipos mais comuns da doença são o câncer de pele, de tireóide, de boca e de garganta, caracterizados por tumores que podem atingir a boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago cervical, tireoide e seios paranasais.

Em seus estágios iniciais, a doença costuma apresentar-se assintomática. No entanto, a presença de nódulo persistente no pescoço, dor e dificuldade na deglutição, o aparecimento manchas vermelhas ou esbranquiçadas na boca, a presença de feridas na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias, alterações na voz e rouquidão prolongada, e o emagrecimento sem motivo são alguns dos sintomas mais comuns, que devem ser investigados quando identificados pelos pacientes. 

“É importante que o público em geral tenha conhecimento desses tumores que podem passar despercebidos com poucos sintomas, como o caso da tireóide que pode ser indolente e causar sintomas apenas em casos avançados. Todos os tumores tratados precocemente têm muito mais chance de cura e com poucos efeitos colaterais. Os tumores de pele, por exemplo,  podem ser prevenidos com o uso de bloqueador solar. Evitar o tabagismo e  etilismo, boa higiene bucal pode evitar os tumores de boca e garganta. Já os tumores da tireoide não podem ser prevenidos porque dependem exclusivamente de herança genética, por isso o diagnóstico precoce é fundamental e pode ser feito por meio de uma ultrassonografia anual”, explica Alberto Kato, médico cirurgião e doutorando da UFPA.

Outras medidas de prevenção são: manter a higiene bucal em dia; realizar check up odontológico e médico; deixar de fumar; usar preservativo para evitar a ocorrência do vírus HPV, que está intimamente relacionado com o câncer de orofaringe; tomar a vacina contra a HPV, disponível para meninas, entre 9 a 14 anos, e meninos, de 11 a 14 anos; e manter uma alimentação saudável rica em antioxidantes, como folhas verdes, frutas e vegetais frescos, açafrão, chá verde. 

Texto: Bruna Ribeiro - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Arte: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

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