Projeto de extensão conscientiza população sobre câncer de boca no contexto da pandemia
Em meio ao cenário da pandemia de Covid-19, o Projeto de extensão "Prevenção ao Câncer de Boca: de Ponto a Ponto, de Vila em Vila na Amazônia", da Universidade Federal do Pará, coordenado pelas professoras Liliane Nascimento e Flavia Sirotheau, reinventou-se para continuar a realizar atividades com o propósito de compartilhar os saberes sobre a prevenção e o tratamento do câncer de boca, com base nos princípios da educação popular em saúde, em espaços coletivos de vivência da sociedade.
A ideia do projeto surgiu da necessidade e das especificidades da região amazônica, na qual o sol é bastante influente no câncer de lábio inferior, por exemplo. Até então, não existia um projeto que trabalhasse com o foco estratégico do enfrentamento ao câncer de boca em grupos de vulnerabilidade baseado na busca ativa. O projeto atua compartilhando a informação em saúde onde as pessoas vivem e trabalham, então, inicialmente há circulação de bolsistas da UFPA dentro das principais linhas de ônibus da Região Metropolitana de Belém, em feiras ao ar livre e também em praias e em áreas ribeirinhas na região do Salgado Paraense, no interior do estado, além de atuar em outros espaços coletivos, como praças, comunidades religiosas e quilombolas.
O projeto objetiva levar o conhecimento para fora dos muros da Universidade, contudo, na nossa atuação, trabalhamos muito com o conceito da Educação Popular em Saúde, no qual há o empoderamento do indivíduo sobre sua saúde e fatores de risco, com base na construção coletiva dos saberes por intermédio das vivências e experiências individuais e coletivas. De forma geral, trabalhamos a literacia em saúde, em ordem de conscientizar a população para entender a gravidade do câncer e das formas de prevenção e detecção precoce (como o autoexame de boca), que leve a pessoa a investigar com um profissional de saúde.
Com a chegada da pandemia de Covid-19, o projeto passou por algumas adaptações, haja vista que quaisquer tipos de aglomeração foram desaconselhados. As redes sociais tornaram-se grandes aliadas nesse processo, uma vez que foi possível continuar a compartilhar informações sobre câncer bucal por meio de mecanismos que a internet proporciona, como "Virais" e conteúdos tanto audiovisuais quanto de postagens, que estão em alta para públicos específicos.
Com a melhora das condições epidemiológicas e seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, o projeto inovou novamente e criou uma forma de poder continuar os avanços extensionistas: Foi proposta a criação de material em formato A4 com informações sobre os fatores de risco e principais sinais com o diferencial inovador de anexar um "QR CODE" que redireciona para o link de um conteúdo audiovisual lúdico em que os membros do projeto ensinam como realizar o autoexame intraoral e a palpação ganglionar. Esse material foi fixado em comércios, padarias, elevadores de prédios e academias próximas da residência dos membros do projeto.
O projeto conta com uma rede de apoiadores entre bolsistas e voluntários da graduação e pós-graduação vinculados ao Laboratório de Monitoramento e Avaliação em Saúde (MASA-UFPA). Em momento oportuno, conforme as regras do bandeiramento pela UFPA e pelo estado do Pará, as atividades práticas presenciais do projeto serão restabelecidas e os princípios da extensão universitária continuarão a se fazer presentes na comunidade atingida.
Para conhecer mais sobre o projeto, acesse a rede social Instagram
Texto: Renan Pinheiro - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Foto: Divulgação
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