Entidades estudantis visitam a nova Casa de Estudantes da UFPA

A convite da Superintendência de Assistência e Acessibilidade Estudantil (Saest) da Universidade Federal do Pará (UFPA), diversas representações de estudantes estiveram presentes em visita, na última terça-feira, 15 de setembro de 2021, à nova Casa de Estudantes da UFPA para conhecimento e vistoria das dependências do prédio situado no Campus Guamá de Belém. 

Entre as entidades participantes, estavam o Diretório Central dos Estudantes (DCE), a Associação dos Estudantes Quilombolas (ADQ), a Associação dos Estudantes Indígenas (APYEUFPA), a Associação dos Estudantes Estrangeiros (AEE), além de técnicos da Prefeitura do campus de Belém, assistentes sociais da Saest/UFPA e o superintendente de Assistência e Acessibilidade, professor Ronaldo Araujo.

Com área total de 700,70 m², a Casa Estudantil é composta por um saguão, sala de estudos com capacidade para 56 pessoas, sala de jogos e TV, refeitório com capacidade para 40 pessoas, cozinha, despensa, lavanderia com anexo, área de serviço, salas para administração estudantil e administração externa, almoxarifado, banheiros e dormitórios adaptados a pessoas com deficiência no térreo. 

Diversidade- A visita teve o objetivo de se fazer a apresentação do prédio às entidades para que pudessem conhecer o espaço e opinar a respeito dele.  Os estudantes conheceram as diversas dependências e fizeram sugestões para o gerenciamento e funcionamento da moradia. Segundo a assistente social Helen Carvalho, coordenadora de Assistência da Saest/UFPA, será realizado um cuidadoso plano para a abertura da Casa Estudantil, o qual levará em consideração a prioridade para a convivência da diversidade e da inclusão.

Para a coordenadora geral do DCE/UFPA, Hanna Vilas, as entidades estudantis têm a tarefa de ouvir as demandas dos estudantes e levá-las até à administração. “Quando se trata de Assistência Estudantil, e levando-se em conta o cenário brasileiro de hoje, a gente percebe que a UFPA, com a garantia do serviço de moradia, ressalta o seu papel, não somente acadêmico, mas também social, em promover a permanência desses estudantes na Universidade. Lembramos que a moradia é uma luta muito antiga e que é fruto da organização dos estudantes, então esta casa vai ter uma função primordial em relação à permanência estudantil e, com certeza, vai diminuir a evasão dos estudantes que não conseguem ter um lugar para viver, o que é um direito fundamental”, afirma a coordenadora do DCE.

Acessibilidade- O ambiente físico da Casa de Estudantes foi estruturado de modo a oferecer acessibilidade a pessoas com deficiência. Para avaliar o espaço, a visita contou com a presença do técnico com deficiência visual da Coordenadoria de Acessibilidade da Saest, prof. Jordan França, o qual vistoriou as entradas das portas para o acesso a cadeirantes, a instalação de rampas e a mobilidade nos banheiros. O técnico recomendou que as placas de sinalização contem com acessibilidade completa para a orientação da circulação na casa.

Avaliação técnica– Mesmo com a estrutura da Casa Estudantil já estando pronta, a Prefeitura do campus, durante a visita, fez um levantamento a respeito das finalizações necessárias para que a moradia fique totalmente adequada para receber os novos moradores e para atender a solicitações das entidades estudantis presentes, a exemplo de colocação de armadores para atar redes pedida pelos estudantes indígenas.

Virgínia Arapasso, da Associação de Estudantes Indígenas da UFPA, considerou importante a participação das entidades na vistoria e sugeriu que sejam incluídas representações visuais dos povos indígenas na casa e na sala de jogos e no espaço de convivência. “ É necessário que a cultura nortista seja valorizada na casa, não somente a indígena, mas também a de todos”, afirmou a estudante.

Já o estudante Miguel Neri, da Associação dos Estudantes Quilombolas, considerou o momento da visita como necessário. “A casa é bastante confortável e vai trazer muitos ganhos, principalmente para os estudantes que se deslocam de outros municípios e de outros estados para estudar na UFPA de Belém e não dispõem de moradia nem de condições para pagamento de aluguel”.

Para o superintendente de Assistência e Acessibilidade Estudantil da UFPA, prof. Ronaldo Araujo, a visita representa a ampliação do diálogo com as entidades e com os estudantes que serão os moradores da casa. “Vamos fazer o possível para garantir que seja um espaço de atendimento de direito à moradia com qualidade de vida para nossos estudantes. Além da vaga na casa, cada estudante morador poderá receber um auxílio para as despesas com alimentação e vamos também desenvolver vários programas de acompanhamento da saúde emocional e atividades pedagógicas para a futura e o futuro residente desta nova Casa de Estudantes da UFPA”.

Texto e foto: Divulgação Saest UFPA