XXXII Seminário de Iniciação Científica ocorre nesta semana

A Universidade Federal do Pará está realizando nesta semana as atividades do XXXII Seminário de Iniciação Científica (Seminic), que ocorre até o dia 12 de novembro, de forma on-line, com transmissão ao vivo pelo Facebook e pelo YouTube da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), por meio da Diretoria de Pesquisa (DPQ). A cerimônia de abertura ocorreu na tarde de segunda-feira, 8, com a conferência ministrada pela doutora Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tendo como tema “O Impacto da Covid-19 em nossas Vidas: Antes e Depois".

O evento tem o apoio da Fundação Amazônia de Amparo a Estudo e Pesquisa (Fapespa) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e reúne as apresentações de alunos que participaram do ciclo 2020-2021 do Programa de Iniciação Científica da UFPA - Pibic. Na ocasião, compuseram a mesa de abertura o reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Iracilda Sampaio; a diretora de Pesquisa, Germana Sales; e o representante do CNPq, Pérsio Ambrízi. 

A diretora de Pesquisa da Propesp-UFPA, Germana Sales, lembra que este é o segundo ano em que o seminário é realizado de forma on-line, em razão do cenário da Covid-19. Ela destaca que, ainda diante de um contexto de dificuldades, os alunos se esforçaram e conseguiram realizar suas pesquisas, bem como a Universidade, seu trabalho. “Em quase dois anos de pandemia, aprendemos novas formas de realizar nosso trabalho e manter o compromisso com os bolsistas, porque temos comprometimento com a Educação, acreditamos na Ciência, que somente pela Educação e pela Ciência podemos realizar transformação social”, destacou.

O Seminic visa proporcionar aos orientadores e aos seus bolsistas o reconhecimento do desenvolvimento de suas pesquisas durante o ano de 2020/2021. A programação também premia 36 bolsistas contemplados com o Prêmio Destaque de Iniciação Científica - Horacio Schneider 2021, da UFPA, os quais, por isso, apresentam seus trabalhos ao vivo durante o evento. Atualmente, a UFPA possui 1.733 bolsas de Iniciação Científica financiadas com recursos próprios ou estimulados pela Fapespa e pelo CNPq. 

“Precisamos dos nossos jovens, que essa geração possa nos representar e colaborar para o avanço científico do nosso país e que este se torne um país desenvolvido, ao invés de manter-se em desenvolvimento, e isso somente será possível através da Educação e da Ciência”, afirmou o representante do CNPq. “O futuro começa com nossos alunos que se sentem motivados a fazer pesquisa. Esse é o caminho que devemos preservar”, complementou Pérsio Ambrizi. 

Democratização do conhecimento - A pró-reitora Iracilda Sampaio disse que o CNPq é muito importante para a pesquisa, assim como entidades a exemplo da Fiocruz, representada pela conferencista que deu abertura ao evento. “Não poderíamos ter feito melhor escolha, pois a pesquisadora Margareth Dalcolmo nos deu esperança durante toda a pandemia de que, pela Ciência, é possível modificar a sociedade”. A professora Iracilda também lembrou que o Seminic é evento de múltiplos atores e que a Iniciação Científica, além de ser importante para melhorar os indicadores da Universidade, facilita o aprendizado e o acesso ao conhecimento.

O reitor Emmanuel Tourinho acrescentou que o seminário é a celebração do esforço cotidiano da Universidade para produzir conhecimento e formar novos pesquisadores e que,  em um futuro próximo, os jovens de hoje estarão na liderança da Ciência nacional, transformando a nação. “Este Seminário demonstra a nossa resistência e é uma declaração de confiança no futuro. Que ele inspire a nossa comunidade para a busca de novos patamares de excelência acadêmica e científica e novos avanços no imapcto social do nosso trabalho”, declarou.

Diante de um cenário nacional de pouco incentivo à Ciência e mesmo com a limitação nos orçamentos das Universdidades, a UFPA manteve investimentos em todos os programas voltados à pesquisa e, inclusive, criou novos programas. O Programa de Apoio à Publicação Qualificada (PAQP) foi citado pelo reitor como um dos mais bem-sucedidos, pois dá garantia de publicação das pesquisas realizadas na UFPA nas melhores revistas de circulação internacional. Nos últimos cinco anos, houve um crescimento anual de cerca de 10% tanto no número de publicações de pesquisadores da UFPA quanto no impacto dessas publicações na pesquisa internacional, na forma de citações.

“Além disso, aumentamos a nossa pós-graduação e incrementamos a produção científica sobre a Amazônia. Hoje temos mais 31 cursos de Mestrado e mais 16 cursos de Doutorado. Estamos entre as 10 Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras com maior número de programas de pós-graduação sctrito sensu. A base de todo esse sistema é a Iniciação Científica (IC), seja porque aqui formamos nossos futuros pesquisadores, seja porque as pesquisas desenvolvidas pelos alunos de IC estão integradas à produção de grupos de pesquisa da UFPA, responsáveis por parte considerável das nossas publicações”, destacou Tourinho.

“Por isso estamos expandindo nossos investimentos em bolsas Pibic, aumentamos o quantitativo de auxílios para o estágio Pibic de verão e, por meio do Edital PRODOUTOR, estimulamos jovens pesquisadores a estruturarem seus laboratórios e admitirem alunos de graduação”, continuou. O reitor citou ainda o Programa de Apoio à Manutenção de Equipamentos de Pesquisa e o Programa de Apoio Estratégico a Projetos Emergentes como essenciais, na medida em que ajudam a Universidade a contornar parcialmente a falta de editais das agências de apoio à pesquisa.

Conferência - A conferência da pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Fiocruz, veio em seguida. Ela conduz ensaios clínicos de redução do tempo de tratamento da tuberculose, de fase 3 da vacina BCG contra a Covid-19 e de fase 3 para vacinas antivirais, além de participar de grupos de pesquisa internacionais para assuntos relacionados à pneumologia. Segundo ela, ninguém pode pensar o futuro sem olhar o passado. E a pandemia da Covid-19 poderia ter sido muito diferente no Brasil caso o país tivesse aprendido com a Ciência, uma vez que, em 1919, a renomada Revista científica Science já mostrava medidas não farmacológicas como eficazes no controle da curva de contaminação por outras epidemias que marcaram a história mundial. 

Programação - A programação do Seminic continua até o dia 12 de novembro. Ao longo da semana, outras conferências abordam temas como: “As brechas do Estado e os limites do (in)suportável: como se fazem as políticas públicas na prática”; “Universidade na Amazônia: desafios e perspectivas”; “Bem-Estar Animal: a relação homem x animal em tempos de pandemia”; “A Pesquisa Científica e a Salvaguarda das Fortificações Militares na Amazônia” e, por fim, “Adaptação acadêmica em tempos da pandemia de Covid-19”.

Serviço:

XXXII Seminário de Iniciação Científica (Seminic)

Para conferir as conferências do evento e as apresentações dos bolsistas, acesse Facebook e YouTube. 

Confira a programação completa aqui.

Mais informações no site: https://seminariopibic.ufpa.br/index.php/. 

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Imagens: Reprodução da transmissão