Bosques da UFPA recebem crianças e adolescente do Emaús para imersão na Universidade
Crianças e adolescentes atendidos pelo Movimento República de Emaús, em Belém, participaram de um momento de integração da comunidade com a Universidade nesta sexta-feira, 26 de novembro. Cerca de 30 pessoas visitaram os Bosques da UFPA, realizaram atividades de educação física e lazer, além de ações de responsabilidade ambiental, como coleta de resíduos, produção de mudas e oficina de compostagem.
A iniciativa foi dos Bosques, por meio do Projeto ITEC Cidadão, em parceria com o Instituto de Ciências da Educação (ICED), intermediado pela Faculdade de Educação Física, e com o Instituto de Geologia (IG), representado pela Faculdade de Oceanografia. Cerca de 30 participantes foram acolhidos pelas professoras Gina Calzavara, coordenadora dos Bosques da UFPA, pela professora Mônica Rezende, diretora da Faculdade de Educação Física, e pela professora Sury Monteiro, da Oceanografia.
A ideia era proporcionar às crianças e aos jovens um momento de imersão na cidade universitária. Os visitantes foram divididos em grupos de dez e passaram por rodízio na hora de realizar as atividades. Na aula de Educação Física, houve sessões de alongamentos e atividades que mesclaram exercícios e interação com o meio ambiente. “Assim eles podem conhecer o que a Universidade tem a oferecer, além do ensino institucional, ganhar conscientização ambiental e saber que a Universidade também é deles”, afirma a professora Mônica Rezende, que também coordena o Projeto Caminhada, Corrida e Ciclismo dentro da UFPA.
Já a professora Sury Monteiro disse que as atividades da Oceanografia tiveram como objetivo mostrar como as atividades realizadas na Universidade podem influenciar os rios e, desde aí, os oceanos. “Por isso mostramos a importância dos ambientes naturais e antropizados com foco, sobretudo, na questão da poluição dos resíduos sólidos, uma vez que os plásticos e isopores são os principais materiais encontrados acumulados nas margens dos rios. Assim, trabalhamos a temática da poluição dos rios e mares a partir de ferramentas lúdicas e a observação do próprio ambiente impactado, o que certamente pode despertar a sensibilidade dos participantes, que voltam para casa com o questionamento sobre quais ações individuais e coletivas podemos tomar no sentido de fazer a nossa parte”, explicou.
Os grupos puderam, inclusive, participar da limpeza dos rios retirando todo tipo de resíduos encontrados nas margens do canal Tucunduba, entre eles, sapatos, restos de produtos de beleza e de higiene, garrafas PET, recipientes e embalagens de alimentos, tampinhas de garrafa, detritos de sacolas plásticas, canudinhos e até bolas de pingue-pongue.
Como voluntários, participaram quatro bolsistas dos Bosques, quatro alunos da Oceanoografia e uma aluna das Ciências Ambientais, que são bolsistas do Projeto OCA Ambiental, o qual trabalha com a observação dos impactos ambientais e do Projeto Vozes da Amazônia um podcast de difusão acerca de temas ambientais, bem como dez estudantes da Graduação em Educação Física.
A vontade de incluir o Emaús em atividades de extensão realizadas nos Bosques já existia há algum tempo, conforme informa a coordenadora Gina Calzavara. A ideia da parceria com o ICED veio de uma conversa com a professora Ana Tancredi, mas a pandemia atrasou a tomada de ações nesse sentido. Com o bandeiramento verde, a realização do evento tornou-se possível, com todos os protocolos de biossegurança sendo respeitados.
A UFPA disponibilizou desde o transporte para a vinda dos visitantes ao campus, e os voluntários mobilizaram-se para a oferta do lanche. “A Universidade tem uma missão a ser cumprida: gerar. difundir e aplicar o conhecimento, se relacionar com a sociedade e buscar soluções para os problemas da sociedade e incentivar um efeito multiplicador”, observa Gina.
O atual desafio dos Bosques é administrar o excesso de mudas por meio da parceria já estabelecida com uma cooperativa de catadores do Tenoné a fim de dar vazão a esse material botânico excedente. A comunidade da cooperativa será a próxima visita dirigida a participar da oficina de Compostagem ofertada pelos Bosques.
Entre as espécies de destaque disponíveis nos Bosques da UFPA, estão o Pau Mulato, o Bambu, os açaizeiros e os buritizeiros. Além de doações por meio das parcerias, as mudas excedentes serão destinadas à ornamentação da orla da UFPA e da trilha para o igarapé Sapocajuba, localizada no Setor Saúde do Campus Guamá. O Sapocajuba é um igarapé urbano, de 900 metros lineares. O acesso ao igarapé está sendo revitalizado pelo Projeto ITEC Cidadão.
Texto: Jéssica Souza - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes
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