Quatro pesquisadoras da UFPA terão pesquisas financiadas pelo Funbio
Quatro pesquisadoras da Universidade Federal do Pará (UFPA) - Ana Luísa Fares, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGEco); Viviane Firmino e Camila Fernanda Moser, do Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZool); e Sávia Moreira da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental (PPBA) - foram contempladas com o edital do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que financia pesquisas voltadas para o estudo dos biomas brasileiros, incluindo o Amazônico. As bolsas vão beneficiar 37 pesquisas pertencentes a cursos de mestrado e doutorado de 16 estados brasileiros mais o Distrito Federal.
O Programa de Bolsas Funbio seleciona pesquisas com o foco em temáticas socioambientais que contribuam com conhecimento científico e tecnológico à preservação e conservação de áreas ambientais no país, assim como as transformações ocasionadas por mudanças climáticas. Sendo esses aspectos de análise direcionados aos sete biomas brasileiros: Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia, Marinho Costeiro, Mata Atlântica e Pampa. Nesse sentido, os projetos das pesquisadoras da UFPA, estão vinculados ao bioma Amazônico.
Desse modo, a doutoranda Ana Luísa Fares vai receber o incentivo do programa de bolsas Funbio pelo projeto de pesquisa intitulado “Resposta funcional de macrófitas aquáticas às condições de estresse hídrico causado por mudanças climáticas: evidências sobre variabilidade intraespecífica e trade-offs”. O estudo pretende entender como as macrófitas (plantas aquáticas) se comportam em seu hábitat, mas também em uma situação de estresse ocasionado por possíveis mudanças climáticas, como em casos de cheia ou de seca.
“A ciência está cada vez mais focada em entender como esses processos estão se desenvolvendo agora e como irão se desenrolar no futuro, em busca de soluções para todas as consequências que isto vai trazer para o planeta. Portanto, incentivos como o do Funbio são muito importantes para o desenvolvimento de pesquisas no âmbito do efeito das mudanças climáticas”, afirma Ana Luísa Fares.
Outra discente também financiada pelo programa de bolsas foi Viviane Firmino, responsável pela pesquisa “Efeito das mudanças climáticas e microplásticos sob fragmentadores de riachos Amazônicos e decomposição microbiana de detritos foliares”. Ela considera que o Funbio fortalece o desenvolvimento de pesquisas científicas que auxiliam na promoção de políticas de preservação e conservação do meio ambiente, em especial do bioma Amazônico.
“O incentivo às pesquisas no bioma Amazônico nos permite compreender como as alterações na temperatura média e precipitação na Amazônia, por exemplo, para o futuro, podem impactar a biodiversidade e funcionamento ecossistêmico”, declara Viviane Firmino.
Mulheres na Ciência - Além das quatro estudantes da UFPA serem mulheres, a edição de 2021 do programa de Bolsas Funbio contemplou em sua maioria projetos desenvolvidos por pesquisadoras. Das 37 bolsas que serão concedidas, 26 são destinadas a projetos elaborados por pesquisadoras, algo que exemplifica um grande avanço na área científica do país.
“É de extrema relevância o reconhecimento de mulheres na pesquisa, especialmente aquelas que estão iniciando sua carreira científica na academia. Para uma das maiores instituições de ensino e pesquisa do Norte do Brasil, tal notoriedade confirma que apesar das dificuldades, se perseverarmos, conseguiremos conquistar muito mais. Esse incentivo é uma injeção de ânimo e gás para o desenvolvimento de pesquisas numa das regiões que dispõe de uma biodiversidade excepcional”, confessa Viviane Firmino.
Texto: Leandra Souza - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Reprodução Google e Arquivo Pessoal
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