Exposição que celebra o bicentenário da independência do Brasil já está aberta ao público
Na noite da última quarta-feira, 18 de maio, ocorreu a abertura da Exposição “Sentinela do Norte: A Independência do Brasil no Grão-Pará”, que integra as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. A exposição é uma realização da Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Cátedra João Lúcio de Azevedo, Camões, I.P., e do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), com o apoio da Embaixada de Portugal no Brasil e do Vice-Consulado de Portugal em Belém. A mostra ficará aberta ao público, com entrada franca, na sede do IHGP, por três anos.
A cerimônia de abertura começou com a execução dos Hinos do Brasil e de Portugal, interpretados pelo pianista Rômulo Queiroz, professor da Escola de Música da UFPA, e por Adnaldo Souza, cantor convidado. Na mesa de abertura, estiveram presentes o reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, a presidente do Instituto Histórico Geográfico do Pará, Anaíza Vergolino e Silva; a vice-cônsul de Portugal em Belém, Maria Fernanda Pinheiro; a professora Jussara Derenji, diretora do Museu da UFPA, na ocasião representando o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; e os curadores da exposição, a professora Maria de Nazaré Sarges, coordenadora da Cátedra João Lúcio de Azevedo, Camões, I.P., e o professor Aldrin Figueiredo, da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação em História da UFPA. Também prestigiaram a abertura o vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, outros dirigentes e membros da comunidade da UFPA, sócios do IHGP e convidados.
O professor Aldrin Figueiredo explicou brevemente o conceito da exposição de celebrar a memória da independência do Brasil a partir da história do Grão Pará, relacionando o 7 de setembro (data da independência) com o 15 de agosto, data que marca, no Pará, a adesão do estado à independência do país. O curador também explicou que a exposição foi organizada em quatro núcleos, a partir do acervo do IHGP. “Na primeira sala, remontamos o gabinete do Barão do Guajará, espaço onde foi escrita a obra ‘Motins Políticos’, importante registro histórico da dinâmica das lutas políticas no estado”, conta.
Os outros núcleos da exposição trazem também: A Independência do Brasil no Grão-Pará, abordando as guerras napoleônicas e a invasão portuguesa em Caiena a partir do Pará, a adesão do Pará às Cortes Constitucionais de Portugal e o processo de adesão do Pará à Independência do Brasil; A História Ensinada, que borda a independência a partir da história ensinada e festejada em grupos escolares no Pará; e Efemérides da Nação, que vai tratar das comemorações pela independência em distintos períodos, discutindo a construção de memórias e releituras de um evento seminal para a história do Brasil no Pará.
Muitas histórias e significados - A professora Nazaré Sarges, também curadora, agradeceu à reitoria da UFPA e ao IHGP pelo apoio e parceria nos eventos da Cátedra João Lúcio de Azevedo. Também agradeceu às pessoas que cederam acervos pessoais e trabalharam na equipe de pesquisa e logística para a viabilização da exposição, além de outras pessoas que deram suporte ao evento. “A exposição vem a público oportunamente no dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, que tem como tema ‘O Poder dos Museus’. Esse momento nos impulsiona a pensar a importância das instituições de memória. ‘Sentinelas do Norte’ nos leva a refletir sobre os lugares de memória e as memórias dos lugares”, destaca Nazaré Sarges.
Jussara Derenji, representando o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, também considerou a cerimônia significativa para ressaltar a importância dos museus na vida em sociedade, sobretudo após dois anos de pandemia, em que é possível retomar as visitas presenciais a esses espaços. Maria Fernanda Pinheiro, vice-cônsul de Portugal em Belém, agradeceu o convite e felicitou a iniciativa. Comentou como a pandemia evidenciou a importância da cultura na vida de todos e que a exposição mostrará recortes de como o Norte participou do processo de independência do Brasil.
A presidente do IHGP, Anaíza Vergolino, também fez muitos agradecimentos à UFPA, à Cátedra João Lúcio de Azevedo, à equipe da exposição e aos voluntários que colaboraram ao longo de todo o processo de montagem. Em especial, destacou que “a exposição tem muita importância para o IHGP porque nos permitiu disponibilizar ao público parte do acervo do instituto que nunca foi exposta. Vocês verão um acervo guardado e preservado pelo IHGP, mas nunca apresentado ao público em 123 anos da instituição”.
A independência hoje - O reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, por sua vez, celebrou a abertura da exposição como mais uma realização da Universidade, com instituições parceiras, para valorização da história brasileira e promoção da cultura lusófona. Apontou que a exposição poderá levar crianças, jovens e adultos a indagar sobre o sentido que a independência tem para o Brasil ao celebrarmos seu bicentenário: “O bicentenário da Independência é um convite à reflexão sobre o que significa ser uma nação independente. A história do Pará, por seu turno, é ilustrativa das lutas e aspirações que ainda aguardam por uma resposta. Olhando para o nosso passado e para o nosso presente, podemos refletir sobre o futuro que desejamos como nação independente, como sociedade de cidadãs e cidadãos”, refletiu o reitor.
Após os discursos, ainda foram executados os Hinos da Independência e do Pará e, em seguida, todos se dirigiram para a visitação da exposição, com a apresentação dos espaços expositivos pelo professor Aldrin Figueiredo. Confira alguns registros:
A visitação à exposição já está aberta ao público, de terça a sexta-feira, das 9h às 16h, no IHGP, com entrada franca.
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Texto: Assessoria de Comunicação Institucional
Fotos: Alexandre de Moraes - Ascom UFPA
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