Projeto Parkinson Pai d’Égua oferece acompanhamento para pessoas com Parkinson da região de Castanhal
A doença de Parkinson afeta, principalmente, idosos e é ligada a muitos estigmas, preconceitos e desinformações, que serão desmistificados e esclarecidos por meio de projetos como o Programa Parkinson Pai d'Égua, do Grupo de Pesquisa em Fisiomecânica da Locomoção e Reabilitação Funcional (Pendulum), da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Castanhal. A ação realiza avaliações clínicas e funcionais gratuitamente, além de oferecer exercícios físicos para a melhoria dos sintomas motores, não motores, biomecânicos e de qualidade de vida daqueles diagnosticados com a doença.
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que afeta o sistema nervoso central, comprometendo os movimentos de maneira progressiva. Seus primeiros sintomas são identificados, majoritariamente, após os 55 anos de idade, com tremores, lentidão dos movimentos, rigidez muscular, perda de coordenação motora e dificuldades na fala.
Isso acontece pela degeneração de células cerebrais localizadas na área do cérebro responsável pela produção de dopamina, que, entre outras coisas, tem a função de controlar os movimentos. A doença não tem cura, mas seu tratamento pode desacelerar o avanço dos sintomas e até regredi-los.
Para trabalhar esses sintomas, o projeto desenvolve, principalmente, exercícios com o objetivo de analisar a capacidade funcional do participante, tais como caminhada nórdica, dança, reabilitação respiratória e de educação em saúde sobre a doença e o manejo do paciente para que se obtenha uma melhor qualidade de vida. Como forma de acompanhar o desenvolvimento dos participantes, periodicamente são realizadas avaliações clínicas e funcionais quanto aos sintomas motores, às funções cognitivas, à qualidade de sono, além de testes genéticos e neurológicos.
“O nosso intuito é fazer com que as pessoas com Parkinson da cidade de Castanhal e região tenham acesso gratuito a programas de tratamento e reabilitação, que são complementares à medicação usada para a doença de Parkinson. Nosso objetivo é quebrar os estigmas sociais, o preconceito e proporcionar um autoconhecimento aos nossos voluntários, bem como aos familiares e cuidadores, para que eles convivam bem com a doença”, informa a professora Elren Passos, coordenadora do projeto.
Segundo a professora, o desenvolvimento de um tratamento humanizado voltado a pessoas afetadas com o Parkinson, em que os exercícios físicos comprovados cientificamente e a ação em comunidade se somam ao tratamento medicamentoso, pode proporcionar uma redução dos sintomas da doença e uma melhor qualidade de vida aos pacientes.
Como participar - O Projeto Parkinson Pai d’Égua apresenta vagas disponíveis a pessoas afetadas pela doença de Parkinson que apresentem o laudo de um neurologista. As inscrições acontecem virtualmente, por meio de formulário, e ficam disponíveis até as vagas serem preenchidas. As inscrições também podem ser realizadas de maneira presencial, na sala de lutas do Ginásio de Esportes da UFPA, Campus Castanhal, localizado no bairro Jaderlândia, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h. A frequência é de dois encontros por semana, com sessões de 1h cada uma e avaliações trimestrais.
"Estamos com uma equipe de 30 pessoas, entre elas, professores, estudantes de Educação Física, fisioterapeutas, com o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano e mais professores de Dança e neurologistas. Todos muito bem preparados e motivados para atendermos os nossos voluntários com muito amor e dedicação para que possamos melhorar a vida dessas pessoas por meio do exercício”, ratifica a coordenadora.
Além de pessoas com Parkinson, idosos sem a doença também são convidados a participar do projeto para que se desenvolva a integração e inclusão social.
Atividades desenvolvidas - Uma das atividades oferecidas pelo Projeto Parkinson Pai d’Égua é a caminhada nórdica, que funciona por meio da realização de caminhadas com o auxílio de bastões. A caminhada nórdica é inspirada no esporte do esqui cross country, também conhecido como esqui em maratona.
Além da caminhada, o projeto também utiliza a dança como forma de tratamento. O ritmo paraense do carimbó é utilizado em atividades desenvolvidas para melhorar a qualidade de vida e reduzir os sintomas apresentados pela doença. Há, ainda, um programa de reabilitação respiratória e de educação voltado à saúde.
Serviço:
Programa Parkinson Pai d’Égua
Inscrições on-line: via formulário virtual
Inscrições presenciais: Ginásio de Esportes da UFPA, Campus Castanhal, de segunda a sexta, das 8h às 12h.
Disponível até que se esgotem as vagas.
Texto: João Freitas - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Foto: Pixabay e divulgação do projeto
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