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Projeto de Extensão inicia a sistematização da cartografia social da Comunidade Quilombola do Igarapé Preto

  • Publicado: Segunda, 01 de Agosto de 2022, 16h54

CRF Cartografia Social

Equipes interdisciplinares da Comissão de Regularização Fundiária da Universidade Federal do Pará e lideranças das Comunidades Quilombola do Igarapé Preto, localizado em Oeiras do Pará, iniciaram hoje, 1º de agosto, a sistematização dos dados e imagens coletados entre 14 e 17 de julho para elaborar a cartografia social do território. Para fazer o levantamento da base cartográfica do território, que fica a 344 km de Belém pela PA-151, foram utilizadas tecnologias sociais do RTK e de drone. A comunidade está localizada na Região do Baixo Tocantins e faz fronteira com o município de Baião, sendo cortada pela Rodovia BR-422, Transcametá. 

O Projeto de Pesquisa e Extensão: Inovação Territorial para Jovens e Adultos de Igarapé Preto é uma parceria entre a CRF-UFPA, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica do Pará (Sectet) e a comunidade do Igarapé Preto, que conta com aproximadamente 380 famílias e uma população estimada em 1.520 moradores, tendo por base um núcleo familiar de quatro filhos. A ação promove o desenvolvimento humano, social e forma uma rede de empreendedores para escoar a produção agroalimentar como um modelo de negócio inovador de base comunitária, além de fortalecer as práticas culturais, turísticas e de ocupação do solo no território.

Durante os quatro dias de trabalho de campo, as equipes da CRF-UFPA e os membros da comunidade realizaram o reconhecimento de campo, coletaram os pontos de controle para realizar o voo e fizeram o aerolevantamento planialtimétrico que possibilitará a sistematização dos dados das imagens para verificar o uso e a ocupação do solo, além do registro fotográfico para consolidar a cartografia social. Segundo Daniel Mesquita, engenheiro sanitarista responsável pelo levantamento planoaltimétrico do quilombo, a parceria avança para consolidar o perfil social, dominial, fundiário, econômico, cultural, ambiental e turístico do quilombo. 

Equipe sistematiza dados do aerolevantamento“Com as imagens do RTK e do drone estamos elaborando uma ortofoto, ou seja, uma fotografia aérea corrigida geometricamente de modo que a escala territorial seja uniforme e nos permita a elaboração de um mapa de uso e da ocupação do solo do quilombo. Estes documentos serão apresentados, debatidos e aprovados, posteriormente, pela comunidade”, aponta Daniel Mesquita

O levantamento contou também com a participação de Lucas Nascimento, engenheiro civil que integra o Projeto, e Emerson de Freitas Vieira, liderança da comunidade quilombola. “Os dados estão sendo sistematizados e serão fundamentais para consolidar um perfil da cartografia social da comunidade, os  aspectos fundiário, econômico, cultural, gastronômico e turístico do quilombo.”, completa Lucas Nascimento. 

Desenvolvimento Comunitário - O levantamento planoaltimétrico do quilombo culminou também na consolidação da oficina "Pertencimento, Desenvolvimento Comunitário e Economia Solidária", ministrada pela professora Madalena Freire, do Campus Universitário do Tocantins-Cametá da UFPA. O intuito da realização foi estimular a troca de conhecimento sobre o significado de pertencimento como forma de fortalecimento dos costumes e tradições locais. Para Renato das Neves, coordenador do Projeto, a oficina, com a participação da comunidade, auxilia na consolidação de um painel de produtos e serviços que representem a identidade étnica como elemento de reafirmação e pertencimento à comunidade, além de agregar esforços e recursos para a produção, beneficiamento, crédito, comercialização, consumo e geração de emprego e renda no território. 

“Iniciamos um diagnóstico sanitário de moradias, que poderão ser modelos para hospedagem turísticas, além de compartilhar um cronograma de atividades para o segundo semestre, que envolve oficinas de capacitação com diversas temáticas, visitas técnicas e a realização de uma feira cultural sobre o empreendedorismo com a mensuração de resultado dos trabalhos do projeto no final de 2022”, antecipa Renato.

Texto: Kid Reis - Ascom CRF/UFPA
Fotos: Renato das Neves

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