Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza é referência em audiologia no Pará

A audição é um dos sentidos humanos mais importantes para desenvolver as interações sociais. Em razão da dificuldade natural de as crianças relatarem o que estão sentindo, o diagnóstico precoce da surdez e o tratamento oferecido via SUS pelo Hospital Bettina podem reduzir a progressão da deficiência auditiva ou o agravamento da surdez dos usuários. O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA/EBSERH) é referência paraense na análise e no tratamento de distúrbios da audição e, em alusão ao Dia Nacional da Pessoa Surda (26/09), informa à população os cuidados e os tratamentos disponíveis à saúde auditiva no hospital.  

A surdez, do ponto de vista clínico, é o termo que indica um paciente com perda profunda da audição, ou seja, aquele que não escuta nada. Já o deficiente auditivo sinaliza que, por algum motivo, alguém sofreu redução auditiva e escuta parcialmente. 

“Um adulto, quando tem perda da audição, consegue relatar essa ocorrência. A questão maior são as crianças com deficiência auditiva. Nelas, a expectativa é que, caso não seja tratada a tempo, não se cumpram os níveis de desenvolvimento da audição e da fala. Então, a criança pode começar a não se sensibilizar com o som e a não buscar de onde vêm os estímulos sonoros”, alerta o otorrinolaringologista do HU Bettina Ferro Diego Costa.  

Além de avaliação diagnóstica e exames auditivos para o público infantil e adulto, o Hospital Universitário, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece o tratamento por meio de órteses e próteses auriculares via SUS. Ressalta-se que a órtese é o dispositivo externo que amplifica os sons captados. Já a prótese é referente ao implante coclear, dispositivo interno de alta complexidade tecnológica que reabilita a audição dos pacientes com deficiência auditiva profunda. 

Após a intervenção de um desses dois tratamentos, os usuários do HU Bettina Ferro podem ainda dispor da Terapia de Reabilitação Auditiva. Esse serviço ajuda nas orientações aos pacientes que colocam os dispositivos auriculares, permitindo maior efetividade e qualidade dos tratamentos. Também é oferecido o treino das habilidades auditivas a esses usuários, que é realizado por meio de exercícios específicos, com a orientação de um fonoaudiólogo do Hospital Universitário. O serviço possui equipe multiprofissional integrada por psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo e otorrinolaringologista. Em casos cirúrgicos, a equipe do HU Bettina Ferro é composta por anestesista, cardiologista e geneticista.  

Alerta - A fonoaudióloga do HU Bettina Ferro, Cintia Yamaguchi, faz o alerta aos pais: “A queixa de boa parte dos pais é que o filho escuta os vídeos e as músicas muito alto. E, às vezes, quando a gente analisa e examina a audição da criança, não há perda auditiva. O que acontece é o incentivo ao mau hábito de uso do volume em alta intensidade dessas mídias digitais. Isso é razão de alerta, pois as crianças estão utilizando essas tecnologias cada vez mais cedo e de forma prolongada”. 

Em caráter preventivo, Cintia Yamaguchi reforça aos pais que é necessário, então, maior cuidado com os filhos que utilizam as mídias digitais. Sendo importante tanto reduzir o tempo de tela quanto regular melhor a intensidade de volume desses aparelhos utilizados, que não devem ultrapassar os 50% da potência. Segundo a fonoaudióloga, essas são medidas que podem auxiliar a preservação da saúde auditiva e o desenvolvimento da fala da criança. 

Texto: Victor Hudson – Jornalista CHU-UFPA/EBSERH, com informações da Unidade de Otorrinolaringologia (UNIOT) do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS-UFPA/EBSERH). 
Imagem: Reprodução Google