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Projeto com participação de pesquisadores da UFPA divulga base de dados sobre a Amazônia Legal

  • Publicado: Segunda, 13 de Fevereiro de 2023, 14h40

Banco de Dados Amazônia Legal

O Projeto Trajetórias, vinculado ao Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do CNPq, divulgou uma base de dados que reúne 36 indicadores ambientais, socioeconômicos e epidemiológicos de 772 municípios de nove estados da Amazônia Legal brasileira. O intuito da pesquisa que gerou o banco de dados é desvendar as especificidades da região amazônica, de modo que as relações entre essas dimensões possam ser exploradas em relação às políticas implementadas, seja no passado, seja no presente. 

A base de dados, publicada na revista científica do grupo Nature, por meio do Centro de Biodiversidades e Serviços Ecossistêmicos, reúne elementos coletados em uma área de 5 milhões de km². Esses dados oferecem um debate mais amplo entre a relação dos sistemas agrários amazônicos e seus impactos nas mudanças ambientais e epidemiológicas, expandindo, ainda mais, as possibilidades de compreensão, de forma mais integrada e consistente, dos cenários que afetam o bioma amazônico e seus habitantes. Além disso, os dados podem ser usados ​​para avaliar as mudanças ambientais na Amazônia Legal brasileira durante as duas primeiras décadas do século XXI e sua associação com doenças transmitidas por vetores, pobreza e economia rural. 

"É um conjunto de informações que vai ajudar qualquer pesquisador e qualquer gestor público, visto que os dados estão disponíveis para um período de tempo relativamente longo. A ideia básica das três trajetórias econômicas - Rural, Epidemiológicas e Biodiversidade - é ver de que forma a dinâmica econômica desses municípios (amazônicos) impacta ou tem impactado, nessas décadas todas, sobre o padrão de doenças epidemiológicas e que tipos de doenças são desenvolvidos em regiões que têm uma associação entre o padrão epidemiológico e o padrão da atividade econômica e também na perda de biodiversidade. A ideia é convergir análises desses três padrões e ver que tipo de relação existe entre eles", conta Danilo Fernandes, representante da UFPA no Projeto Trajetórias, com Ricardo Bruno Nascimentos dos Santos, ambos do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFPA.

Para colaborar com o projeto, os professores da UFPA acrescentaram dados sobre os índices de pobreza multidimensional, utilizados para incluir componentes mais próprios da Amazônia, possibilitando avaliar o nível de bem-estar das populações ribeirinhas e de demais populações que vivem na região. Entre os temas disponíveis para consulta na base Trajetórias, estão perda de habitat, uso e cobertura da terra, mobilidade humana, anomalias climáticas, carga de doenças transmitidas por vetores e índices de pobreza multidimensional para populações rurais e urbanas para cada um dos municípios da Amazônia Legal brasileira, entre outros. 

Os indicadores e os índices estão pontuados em quatro marcos temporais: os censos demográficos de 2000 e 2010 e os censos agropecuários realizados em 2006 e 2017. Além dos dados do censo do IBGE, a base de dados conta com informações derivadas de imagens de satélite de fontes nacionais e internacionais e do Sistema Nacional de Notificação de Doenças. Acesse o banco de dados gratuitamente.

Projeto Trajetórias - Criado em 2019, o objetivo do Projeto Trajetórias é sintetizar o conhecimento sobre os serviços ecossistêmicos e suas relações com o sistema econômico e a saúde humana na Amazônia. O projeto desenvolve novos protocolos de classificação e avaliação dos ecossistemas e de serviços ambientais específicos relacionados às doenças, cujos determinantes mais importantes são ambientais. Seu objetivo é fornecer uma estrutura para o debate conjunto das dimensões econômica, ambiental e de saúde, buscando dar maior visibilidade aos modos de vida das populações locais, suas estruturas e sistemas de produção.

O projeto conta com cientistas e pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), da Universidade do Acre (UFAC), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e das Universidades Princeton e Arizona, de Chicago

Texto: Isabelly Risuenho - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Foto: Arquivo Ascom/UFPA

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