Propesp realiza I Workshop de Programas Profissionais da UFPA
Com o objetivo de discutir políticas institucionais para os programas de pós-graduação (PPG) que ofertam cursos de Mestrado e Doutorado Profissionais na UFPA, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) realizou o I Workshop de Programas Profissionais da Universidade. O encontro ocorreu no dia 13 de junho de 2023, no Auditório Arlindo Pinto, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), e reuniu as coordenações dos PPGs.
Na abertura do evento, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Iracilda Sampaio, a diretora de Programas Estratégicos da Propesp, professora Luiza Meller, e o diretor de Pós-Graduação da Propesp, professor Marcelo Vallinoto, deram as boas-vindas às(aos) participantes e explicaram que a proposta do workshop é realizar um primeiro encontro com foco nas especificidades dos Programas Profissionais.
“A UFPA é a sexta universidade brasileira em número de programas de pós-graduação. Avançamos muito, na última década, na expansão da oferta de mestrados e doutorados e temos alcançado resultados institucionais extraordinários nas avaliações da Capes. Além de criar novos cursos, precisamos também investir na consolidação e melhoria dos cursos já existentes”, avaliou a pró-reitora Iracilda Sampaio.
Convidado para a abertura do evento, o professor Carlos Maciel, diretor de Programas e Projetos da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), falou sobre o alinhamento dos Programas Profissionais com a extensão universitária, por serem espaços de produção de pesquisas aplicadas voltadas diretamente à resolução de problemas reais em diferentes áreas de conhecimento. Compartilhou a discussão sobre a curricularização da extensão na graduação e antecipou que, em breve, esses desafios se estenderão também à pós-graduação.
Como possibilidade de maior diálogo entre a Propesp e a Proex, sugeriu a maior participação dos PPGs profissionais, com a apresentação dos resultados e impactos das pesquisas, nos Colóquios Mesorregionais de Governança, promovidos pela Proex, de forma itinerante, que reúnem vários setores sociais, além da Academia, para debater problemas emergentes e imediatos das diversas localidades onde a Universidade está presente.
Avaliação da pós-graduação - O professor Marcelo Vallinoto fez uma apresentação sobre o cenário nacional da pós-graduação e onde a UFPA se insere nesse contexto. Também mostrou o histórico do desempenho dos PPGs da UFPA nas Avaliações Quadrienais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), assim como comparativos dos resultados das avaliações dos PPGs em geral da UFPA (incluindo PPGs Acadêmicos e Profissionais) e dos resultados especificamente dos PPGs Profissionais.
Com um olhar mais minucioso sobre as avaliações das três grandes dimensões da Quadrienal (Programa, Formação e Impacto Social), foi possível discutir a necessidade de um olhar mais cuidadoso para a produção docente e discente, para a escolha dos trabalhos de destaque e para o bom preenchimento do sistema. “Percebemos que, muitas vezes, os programas desenvolvem muitas ações, mas nem sempre o relatório é preenchido adequadamente”, observou Marcelo Vallinoto.
Palestra – Na sequência da programação, o professor Mário Vasconcellos Sobrinho proferiu uma palestra detalhando o processo de avaliação dos cursos de Pós-Graduação Profissionais. O docente é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM), do Núcleo de Meio Ambiente (Numa) da UFPA, e atualmente é coordenador-adjunto dos Programas Profissionais da Câmara I da Área Interdisciplinar da Capes. Com atuação como docente e gestor na Pós-Graduação Profissional, Mário Sobrinho compartilhou sua experiência na participação na avaliação de cursos profissionais nas Quadrienais da Capes.
O pesquisador considera que os Programas Profissionais foram criados para o avanço da pesquisa aplicada, centrada na sociedade e no mundo do trabalho, além da formação de recursos humanos qualificados. “Com o novo modelo de avaliação multidimensional da pós-graduação brasileira, as Quadrienais buscam avaliar a qualidade e a atualidade dos PPGs, a formação de recursos humanos e os impactos da pesquisa gerada”, explicou Mário Sobrinho.
No item “Programa” da ficha de avaliação, o professor destacou os pontos que diferenciam os programas mais bem avaliados, como a identidade dos programas, o perfil do corpo docente em interação com setores do mercado de trabalho, o planejamento estratégico dos programas, os processos de autoavaliação e acompanhamento de egressos e o financiamento das pesquisas. Já no item “Formação”, ressaltou que é importante que os programas visibilizem a qualidade da produção intelectual de discentes e egressos, a avaliação dos egressos quanto à formação recebida, a qualidade da pesquisa e da produção intelectual dos docentes e o envolvimento do corpo docente em atividades de ensino, pesquisa e extensão, de maneira alinhada ao escopo do programa.
No terceiro item, “Impacto Social”, segundo o professor, devem ser destacados o caráter inovador da produção intelectual do programa, a apresentação dos produtos gerados pelas pesquisas e dos impactos da apropriação desses produtos pelas comunidades envolvidas. Para que esse impacto seja evidente, Mário Sobrinho destacou que os problemas de pesquisa devem ser gestados na própria sociedade, com base em diagnósticos realizados em situações reais. O professor ainda mostrou a importância da qualidade dos produtos técnicos e tecnológicos com os resultados das pesquisas para o impacto dos Programas Profissionais.
Durante a tarde, os participantes puderam interagir e trocar experiências sobre práticas já desenvolvidas em seus PPGs e os desafios para implementar ações inovadoras na estrutura curricular dos cursos e na formação discente.
Ao final do encontro, a professora Luiza Meller apresentou os resultados de um breve questionário aplicado no início do workshop para identificar pontos em comum entre os PPGs. Agradeceu a participação de todos e ressaltou, como balanço do encontro, a necessidade de cada programa dominar o Documento de Área que dispõe sobre os critérios de avaliação da área a que o PPG pertence, assim como a importância da elaboração de um relatório consistente que dê a ver o programa da melhor forma possível. Indicou ainda que, com base nas discussões deste workshop, serão planejados novos encontros, com oficinas direcionadas à qualificação dos relatórios de avaliação.
A professora Iracilda Sampaio reiterou que a Propesp está aberta ao diálogo com os programas para auxiliar em necessidades específicas que visem melhorar a qualidade da pesquisa e da formação oferecidas pelos PPGs da UFPA. Sugeriu também que os programas organizem eventos com a participação da Propesp para que essas discussões mais amplas da pós-graduação também alcancem as(os) discentes, docentes e técnicas(os) dos PPGs.
Pós-Graduação na UFPA – A UFPA, hoje, possui 102 programas de pós-graduação, que ofertam 96 cursos de mestrado e 48 cursos de doutorado. No que se refere apenas a PPGs Profissionais, a UFPA conta com 31 PPGs que ofertam 32 cursos.
Texto: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes - Ascom/UFPA
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