Novo laboratório da UFPA vai intensificar pesquisas sobre a biodiversidade amazônica
A Universidade Federal do Pará agora conta com um novo espaço para a ampliação de pesquisas nas áreas de Citogenética, Biologia Celular e Epigenética, o Laboratório de Genética e Biologia Celular (Genbiocel), que passa a integrar a estrutura do Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade (Ceabio). Inaugurado no dia 18 de agosto, o espaço contará com uma equipe de pesquisadores locais, nacionais e internacionais para o aprofundamento de pesquisas sobre a biodiversidade amazônica.
“Construir um laboratório é na verdade abrir um horizonte novo de trabalho. Esta é uma frente nova de produção de conhecimento na Universidade que vai contribuir com o crescimento da Instituição e com o desenvolvimento de muitos alunos que vão passar por aqui, na pesquisa e na pós-graduação”, lembrou o reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho.
Para o reitor, o movimento de investir em novas frentes de pesquisa tem sido liderado pela nova geração de pesquisadores da Universidade e é importante que esteja acontecendo, pois as novas gerações serão responsáveis por levar a UFPA a um novo patamar de excelência em pesquisa, em um contexto de maior investimento voltado para estudos sobre a Amazônia. Esse pensamento também é partilhado pela professora Sheila Pinheiro, diretora de Mobilidade Acadêmica Internacional da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer/UFPA).
“Este laboratório aqui, neste momento, é histórico a partir de um novo caminho que se constrói e da iniciativa da professora Renata Noronha e do seu grupo, para a construção de conhecimento científico sobre a biodiversidade desse lugar(Amazônia)”, ressaltou a professora.
Genbiocel - Coordenada pela professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFPA), Renata Noronha, a equipe de trabalho do Laboratório de Genética e Biologia Celular vai contar com pesquisadores colaboradores da UFPA e de instituições dos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, além de parcerias internacionais com pesquisadores do Centro Andaluz de Biología del Desarrollo (Sevilha-Espanha), para colaborar com suas expertises nas áreas de análises citogenéticas e de biologia celular.
“A gente sabe o quão importante é iniciar algo novo, mas não iniciar sozinho, iniciar com apoio. Então é necessário acolhermos os jovens pesquisadores e dar a eles essa oportunidade de voar. E a Renata, pra mim, é um exemplo desta nova geração de jovens cientistas e tem uma grande capacidade de articulação para esse intercâmbio com pesquisadores”, pontuou a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, Iracilda Sampaio.
O laboratório foi inaugurado em um momento estratégico e importante também para que se iniciem e consolidem os estudos na área Epigenética, que tem um grande potencial de inovação para o desenvolvimento das pesquisas sobre a biodiversidade da Amazônia.
“Vamos desenvolver pesquisas básicas e aplicadas, realizando testes celulares e avançando para os estudos genéticos e epigenéticos, de animais e vegetais. Vale ressaltar que esses estudos são fundamentais para conhecer a biodiversidade amazônica e desenvolver biomarcadores ambientais. Em destaque, uma das linhas a ser desenvolvida é a dos testes celulares com os óleos da Amazônia, os quais têm potencial de colocar produtos no mercado, nas mais diversas áreas biotecnológicas, como cosméticos, fármacos, inseticidas etc.”, detalhou a coordenadora do Genbiocel, Renata Noronha.
Pesquisadores estrangeiros com vasta experiência na área da Epigenética, os professores Ozren Bogadanovic e María Castillo serão importantes para o início desta caminhada e, presentes desde a inauguração do laboratório, já se mostraram ansiosos para contribuir com a ciência que será produzida no Genbiocel.
“Nós estamos há poucos dias aqui, mas já estamos fascinados pela diversidade da pesquisa científica que é produzida aqui, na UFPA, onde vejo um grande potencial para podermos colaborar em pesquisas. Estamos felizes por contribuir com o conhecimento, a tecnologia e as pesquisas sobre genética na Amazônia”, comentou Ozren Bogadanovic.
Além dos professores-pesquisadores, 14 discentes de graduação e pós-graduação também vão participar das atividades de ciência básica e aplicada do laboratório, tendo como foco os seus respectivos desenvolvimentos acadêmicos dentro do tripé ensino, pesquisa e extensão.
Texto: Maissa Trajano – Ascom UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes – Ascom UFPA
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