Campus Breves recebe o IV Seminário sobre a Inclusão da Pessoa com Deficiência no Marajó

Com o objetivo de discutir sobre o fortalecimento das Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência no Marajó, o Campus Universitário do Marajó-Breves, da Universidade Federal do Pará, realizou o IV Seminário sobre a Inclusão da Pessoa com Deficiência no Marajó nos  dias 28 e 29 de setembro. O evento teve como tema “Fortalecimento das Políticas Públicas no Marajó: Governança Pública, Financiamento e Controle Social” e contou com representantes de 15 municípios do Marajó.

Com uma programação diversa e dinâmica, o evento teve a participação de várias Pessoas com Deficiência (PcD) e de representantes dos poderes públicos municipal, estadual e federal para que o debate pudesse contar com as perspectivas de diferentes atores da sociedade. Para a professora Edivana Praia, presidente da Associação do Movimento pela Inclusão no Marajó, essa reunião de representantes de diferentes municípios do Marajó foi importante para a troca de experiências e para que fossem pensadas novas propostas de políticas públicas para a região.

“Saímos deste seminário esperançosos que as políticas públicas sejam pensadas respeitando as nossas singularidades, sem esquecer, sobretudo, das comunidades ribeirinhas, das águas e das florestas, pois sabemos que são enormes os desafios para que essa população tenha acesso aos seus direitos básicos. Compreendemos que, para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, se exige um conjunto de esforços dos entes federados, dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Reafirmamos que, como movimento organizado, continuaremos na luta por uma melhor qualidade de vida para a nossa população de pessoas com deficiência”, ressaltou Edivana Praia.

Por sua vez, o representante da UFPA na organização do evento e coordenador geral do Campus Breves, Ronaldo Rodrigues, ressaltou o espaço que o debate proporcionou para que diferentes vozes pudessem ser ouvidas. “O resultado do evento é um forte grito dos Marajós por melhorias no enfrentamento às barreiras urbanísticas, arquitetônicas, dos meios de transportes, da comunicação e informação, atitudinais e do acesso às tecnologias, que configuram desafios gigantescos ao direito da PcD ter acesso à educação e aos serviços de saúde, por exemplo”.

Após os debates, cada município participante, por meio dos GTs, elaborou um relatório com o levantamento das principais problemáticas em relação ao tema debatido e com a proposta de possíveis soluções. Posteriormente, esse material será encaminhado aos entes federados e aos órgãos públicos responsáveis pelas ações aptas a resolverem as demandas relatadas. A expectativa é que, a partir deste primeiro encontro, novos debates sejam propostos com mais regularidade, especialmente nos municípios marajoaras que começam a se apropriar melhor das discussões sobre o tema.

Texto e fotos: Divulgação UFPA Campus Breves