Projeto de Extensão desenvolvido na UFPA é premiado durante o Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte
Importantes espaços para a compartilhamento de conhecimento entre pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e campos acadêmicos que possuem em comum o interesse no desenvolvimento da Educação Física, das Ciências do Esporte e Estudos do Lazer, o Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte (Conbrace) e o Congresso Internacional de Ciências do Esporte (Conice) contemplaram 37 trabalhos com o Prêmio CBCE de Literatura Científica e Artes Visuais. Entre os premiados, está o Projeto Educação, práticas corporais e direitos humanos: possibilidades para o trato da política pública de esporte e lazer, de autoria das pesquisadoras da UFPA Joselene Mota, Yara Torres e Maria Eduarda da Silva, o qual foi contemplado na categoria Políticas Públicas - Pôster – Relato de Experiência.
Criado com o objetivo de democratizar as práticas corporais de professores e alunos de Educação Física nas redes públicas da Região Metropolitana de Belém, o Projeto Educação, práticas corporais e direitos humanos: possibilidades para o trato da política pública de esporte e lazer tem trabalhado para intensificar a troca entre universidade e sociedade, por meio da realização de atividades de extensão capazes de atuar na garantia dos direitos humanos da população da região.
“É importante pensar a extensão como política pública que reflete no cumprimento da função social da universidade, como lugar privilegiado para elaborar e compartilhar conhecimentos. Então o projeto nasceu do reconhecimento de a universidade cumprir sua função social, que é democratizar e popularizar as práticas corporais, a priori, nas escolas, mas hoje já conseguimos atuar em espaços não escolares. Ele é um guarda-chuva que abrange ações que trazem o debate do combate às opressões como o racismo, a violência de gênero, o capacitismo etc.”, explica a professora do Instituto de Educação da UFPA (ICED) Joselene Mota.
Com atuação em diversas frentes para alcançar o público pretendido, o projeto conta com parcerias que se dão de acordo com as diferentes práticas propostas: o Projeto Academia e Futebol tem parceria com a Secretaria Nacional de Futebol e Direitos em ações que promovem um ambiente futebolístico antirrascista e sem as desigualdades de gênero; os Projetos de Ensino, que auxiliam na Implementação da Lei 11.645/08, que determina o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, a parceria é com o Programa Residência Pedagógica; já os Projetos Movimente-se e Ritmos têm parceria da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (Progep/UFPA) para a abordagem de temas importantes ligados ao desenvolvimento e à formação humana com servidores da UFPA.
Reconhecimento - Estar entre os trabalhos contemplados com o Prêmio CBCE de Literatura Científica e Artes Visuais, mediante uma comunidade inteira de pesquisadores e estudantes dedicados ao desenvolvimento da Educação Física e das Ciências do Esporte e Estudos do Lazer, trouxe às autoras do projeto o sentimento mútuo de satisfação pelo dever cumprido e felicidade pelo reconhecimento recebido. “Fiquei muito emocionada ao receber o prêmio junto às outras autoras, porque senti como um sinal de que estamos no caminho certo na luta tanto pelos direitos humanos quanto pelas políticas públicas de acesso ao esporte e lazer”, comenta Yara Torres.
Segundo Maria Eduarda da Silva, voluntária, que também integra o projeto, para além da confiança que a equipe já tinha quanto à pertinência do trabalho desenvolvido e aos bons resultados alcançados, o reconhecimento do projeto também lhes possibilitou a afirmação de estarem no caminho certo.
“O reconhecimento traz tantas afirmações, como a de que estamos no caminho certo e do potencial de um projeto tão importante quanto este. Ele possibilitou a ampliação dos horizontes da atuação profissional e me permitiu enxergar o professor de Educação Física com outro olhar: crítico, humano e de luta. Mas não somente isso, o projeto também me proporcionou desenvolver profissionalmente o que acredito ser o certo - a existência de políticas públicas, no que diz respeito à garantia dos nossos direitos e, em especial, ao acesso ao esporte e ao lazer”, completou Maria Eduarda da Silva.
Texto: Maissa Trajano - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Arquivo do projeto
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