Projeto da UFPA promove ações de formação continuada sobre ensino, aprendizagem e avaliação em Matemática em escolas de Belém

Está em ação o Projeto “Bora lá: Educação Matemática para professores e alunos dos anos iniciais”, desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática e Cultura Amazônica (Gemaz) e pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Didática da Matemática (Gedim) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semec) e com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), o projeto tem levado oficinas, palestras e outras atividades de formação continuada às escolas municipais. Em novembro, o projeto alcançou quatro escolas, duas da região continental e duas da região insular, e aproximadamente 50 professores.

Em novembro, foram realizadas oficinas nas escolas Amália Paumgartten, no Guamá; e Rotary, na Condor, sobre integração do ensino, aprendizagem e avaliação por meio de jogos e materiais manipuláveis. Além de visitas às escolas Lauro Chaves e Remígio Fernandez, em Mosqueiro, nas quais foram abordadas ações e aproximações da Matemática com os alimentos, os jogos e a literatura.

“As atividades foram muito bem recebidas, com bastante expectativa sobre os temas, pois sabemos que o contexto da Matemática é uma coisa, mas trabalhar de forma concreta é outra. Ficamos encantados”, ressaltou Cristiane Silva, diretora da Escola Lauro Chaves. 

Para as comunidades escolares que já receberam o projeto, as ações realizadas e o desenvolvimento desse tipo de parceria são fundamentais e resultam em  bons frutos para a comunidade. “É muito importante essa relação que a Universidade tem com as escolas para formação dos professores e qualidade do ensino. Com toda certeza, vem somar e estamos de braços abertos para novas oportunidades”, destacou Karen Santiago, coordenadora pedagógica da Escola Amália Paumgartten.

Sobre o projeto- O “Bora lá” é um projeto de extensão realizado por meio da articulação de diversas unidades do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI). A proposta formativa é feita por meio de um portfólio de atividades à disposição da comunidade escolar, sendo escolhidas de forma colaborativa pelos professores e pesquisadores. 

“Quando formadores vêm e compartilham, conseguimos ser menos inseguros para ousar nas práticas para ensino e aprendizagem. Saímos da repetição”, lembrou o professor Arnaldo Azevedo Filho, da Escola Lauro Chaves.

A realização das atividades nas escolas municipais oportuniza que a Universidade se integre mais a esses espaços, gerando experiências formativas tanto para os professores quanto para os pós-graduandos em nível de mestrado e doutorado. “Essa relação da universidade com a escola básica advém de pesquisas desenvolvidas, mas também do contexto formativo dos professores, por meio de transposição didática do que se pesquisa e, principalmente, do contato com o chão da escola, ou seja, com as práticas e experiências dos professores que vivenciam a escola”, explica a professora Isabel Lucena, coordenadora do projeto.

Entre as metas das atividades do projeto, estão a melhoria dos processos de ensino, aprendizagem e avaliação em Matemática e a formação de professores e pesquisadores sensíveis às ações extensionistas e atentos à importância da formação continuada. “Essa troca é fundamental para qualificação de mestres e doutores que atuarão no ensino superior e formarão novos professores”, complementa.

Para 2024, as ações devem ser expandidas para além de escolas em Belém, também idas aos municípios de Abaetetuba e Bragança visando alcançar o mínimo de 100 professores. 

Texto e fotos: Divulgação