Fórum dos Coordenadores e das Coordenadoras dos Campi da UFPA se reúne no Campus Universitário do Tocantins/Cametá
De 29 de novembro a 2 de dezembro, o Fórum dos Coordenadores e das Coordenadoras dos Campi da UFPA se reuniu no auditório do Campus Universitário do Tocantins/Cametá. Dirigentes dos Campi e das Coordenadorias de Planejamento, Gestão e Avaliação discutiram com diversos órgãos da Administração Superior desafios e propostas de melhorias de processos institucionais.
A mesa de abertura do fórum, na tarde do dia 29 de novembro, contou com a participação do reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho; do vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva; da presidenta do Fórum dos Coordenadores e das Coordenadoras dos Campi e coordenadora do Campus Universitário de Capanema, Rosa Helena Oliveira; e da coordenadora do Campus Universitário do Tocantins/Cametá, Lucilena Gonzaga.
Coordenadora do campus anfitrião desta 37ª edição do fórum, a professora Lucilena Gonzaga saudou os participantes e celebrou a ciência, a universidade e os múltiplos saberes na mesorregião do Baixo Tocantins. Ela destacou o quanto a universidade transformou a sua vida e a dos que, muitas vezes, tiveram ou têm acesso hoje não apenas à graduação como à pós-graduação. “Não podemos mensurar essa região sem a UFPA. No que diz respeito ao ensino, estamos colhendo frutos com o ensino de graduação e com uma educação básica fortalecida, com professores que por aqui passaram e voltam agora para a pós-graduação”, exemplificou.
A presidenta do Fórum dos Coordenadores e das Coordenadoras dos Campi, Rosa Helena Oliveira, lembrou que o Campus do Tocantins/Cametá foi o primeiro campus da Universidade onde ministrou disciplinas. “O Campus cresceu bastante, tanto que, participando do Colóquio Mesorregional, fui testemunha da ampliação da pesquisa e da modificação da região. Aqui há acúmulo de conhecimento e experiência para subsidiar a luta contra a Hidrovia Araguaia-Tocantins. Abrimos este fórum como mais uma oportunidade de conhecer a realidade dos municípios e de fortalecer a UFPA por meio dos campi”, pontuou a professora Rosa Helena.
O vice-reitor, Gilmar Pereira da Silva, falou da satisfação de participar de mais uma edição do fórum, com representação de todos os campi. “Os campi são paixão e transformação. É transformar vidas a cada dia, com grande sensibilidade para a inclusão social, com determinação e luta para que tenhamos jovens negros, indígenas, quilombolas e ribeirinhos na universidade”.
Para o reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho, “todos temos sido bem-sucedidos em fortalecer a presença da universidade na Amazônia, impactar a vida das pessoas, promover conquistas sociais e cidadania. Estamos colhendo os frutos do esforço realizado para continuar avançando quando enfrentávamos toda sorte de adversidade. Vivemos um novo momento, agora, temos um reconhecimento e visibilidade muito maiores e devemos discutir os novos passos no cumprimento de nossa missão”, enfatizou o reitor.
Emmanuel Tourinho citou avanços na pós-graduação, incluindo a expansão da oferta de cursos nos campi; avanços na graduação, com programas voltados à qualificação do ensino; o trabalho na extensão, que é referência nacional; e o alcance de enormes saltos na internacionalização. “Temos o desafio de consolidar e fortalecer essas conquistas robustas”, reforçou. Ainda defendeu um projeto de universidade que, além da excelência, busca, como vocação, a inclusão social. “Estamos desenvolvendo um modelo de universidade que contribui com o desenvolvimento e empoderamento das comunidades locais e movimentos sociais”.
Painel – Após a mesa de abertura, o reitor Emmanuel Tourinho também ministrou um painel com o tema “Universidades Amazônicas no Século XXI”. Apresentou o sistema federal de educação superior e das universidades públicas, que representam mais de 90% das pesquisas brasileiras, com a maior parte dos programas de pós-graduação e as melhores avaliações. “Não há o que discutir sobre a qualidade e liderança das universidades públicas na educação superior e na ciência no Brasil, um país em que o melhor elevador social é a educação e onde quem tem a melhor educação superior são as universidades públicas. Por isso são fundamentais para qualquer projeto de cidadania”, destacou.
Apesar da qualidade e da eficiência reconhecidas, o reitor apontou que as universidades poderiam fazer ainda mais, não fossem as limitações externas (orçamento insuficiente e burocracia) e internas (cultura acadêmica resistente a mudanças). “Precisamos fazer o melhor aproveitamento possível dos recursos que recebemos da sociedade”, opinou apresentando dados nacionais sobre as taxas de vagas ociosas e taxas de sucesso nas universidades públicas brasileiras.
“Nossas universidades precisam inovar no ensino para se tornarem mais atrativas e eficientes na formação. Quem entra, por vezes, não se sente motivado. A universidade necessária hoje não é a mesma que havia na década de 1980. O mundo mudou, convivemos com transformações em todas as esferas da vida cotidiana (econômica, política, tecnológica e produtiva) e a formação precisa acompanhar essas transformações”, defendeu Emmanuel Tourinho.
Como proposição, refletiu sobre as universidades como “hubs de conhecimento”, que possibilitem aos estudantes o trânsito por diferentes áreas de conhecimento, preparando-os para interpretar, interrogar e integrar conhecimentos e saberes, não apenas acumulá-los. “Precisamos promover a interdisciplinaridade e a autonomia do discente. Para o reitor “A universidade do futuro vai ser uma universidade diferente da universidade em que nos formamos”, concluiu.
Discussões – Ao longo da programação do fórum, os participantes puderam dialogar sobre diferentes áreas da gestão universitária, como comunicação institucional, programas e políticas de qualificação da graduação, processos administrativos e de gestão de pessoas, manutenções prediais, extensão universitária, assistência estudantil, tecnologia da informação, processos seletivos, habilitações, expansão e interiorização da pós-graduação, internacionalização, acolhimento e integração.
Texto: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes - Ascom/UFPA
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