Editora da UFPA ganha programação especial na livraria Travessia

Os poemas de Max Martins ganharam um novo tom. Com a interpretação dos atores Zê Charone, Adriano Barroso, Monalisa da Paz, Kesynho Houston, Luis Girard, Elias Hage e Pauli Banhos, dos grupos teatrais Palha, Gruta e Cuíra, as palavras do poeta paraense encontraram uma plateia atenta na noite da última quinta-feira, 14.  

A atividade, intitulada “Max Martins: Encontro Poético”, integrou a programação especial da livraria Travessia, montada para celebrar a chegada dos títulos da Editora da Universidade Federal do Pará (ed.ufpa/UFPA) às prateleiras do espaço.

“Somos todos amantes do trabalho do Max de modo que, quando recebemos o convite, ficamos todos apaixonados. Juntos, os atores escolheram cada um dos poemas que seria declamado e os ensaios foram uma grande diversão”, disse o jornalista e escritor paraense Edyr Augusto, que intermediou a programação da noite. “Esta aproximação do teatro com a palavra é essencial e a gente vê que funciona. Cada um de nós tem sua leitura própria e, quando vem um ator, com sua eloquência, dizendo um poema, uma poesia, isso faz o nosso coração vibrar e você passa, muitas vezes, a ter uma nova visão daquela mesma leitura”, analisou.

Coleção - O projeto de reedição da obra de Max Martins foi iniciado pela Editora da UFPA em 2015, com a publicação de três volumes: O Estranho, Colmando a Lacuna e Caminho de Marahu. Em 2016, vieram H'Era, O Risco Subscrito, A Fala entre Parêntesis (com Age de Carvalho) e Para ter Onde Ir. Em 2018, outros três volumes foram publicados: Anti-Retrato, 60/35 e Marahu Poemas. Por fim, em dezembro de 2021, foi lançado Say it (over and over again), que encerrou os trabalhos de reedição da poesia completa do poeta, planejada em onze volumes, com organização e projeto gráfico de Age de Carvalho.

“O Max traz consigo não só a valorização de uma poesia contemporânea muito pujante, mas também uma valorização através da sua relação com o espaço. É perceptível que essa relação poética que ele tem com Mosqueiro, com Marahu, na sua poesia de palavra cortante, é muito viva até hoje”, avaliou o historiador Michel Pinho, presente no evento.

A coleção de Max Martins foi reeditada em edição de luxo, com capa dura revestida em linho, sobrecapa com fotos de Bela Borsodi, fina impressão e prefaciadores de alcance nacional. As publicações da coleção marcam o retorno ao cenário literário daquele que é considerado por muitos o maior poeta paraense, ampliando o alcance de sua poesia e colocando o estado em uma posição de destaque na literatura nacional.

Programação – A semana começou com um encontro sobre a obra Há horas, da poeta Rosângela Darwich, que contou com apresentação de Paulo Vieira.  Na quarta-feira, a programação foi com as professoras Germana Sales e Lucilena Gonzaga sobre José Saramago: romancista e ensaísta. A programação seguiu na sexta-feira, 15, com uma conversa com o poeta e professor da UFPA João de Jesus Paes Loureiro e o professor Rafael Bessa sobre a obra Encantarias da Palavra. E finaliza no sábado, 16, com um encontro sobre a obra de Vicente Salles: A Cultura Popular na Amazônia Pelo Olhar de Vicente Salles, com os professores Paulo Maués e Maria Regina Maneschy.

“A Travessia foi um espaço pensado para combater a solidão e, esta semana, eu volto para casa me sentindo menos só todos os dias, graças às presenças de todos vocês e aos afetos cultivados aqui. Esta é uma parceria que veio para ficar”, destacou o professor e livreiro da Travessia, Pedro Gama.

Texto: Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA, com informações Ed.UFPA.