História, Geografia e arquitetura se encontram no projeto “Roteiros Geo-turísticos”

No mês em que se comemora o Dia do Turista, o UFPA em Série apresenta seis reportagens especiais sobre os projetos de extensão e pesquisas desenvolvidos na Universidade Federal do Pará, os quais têm como foco o Turismo. A reportagem que abre esta série fala do Roteiros Geo-Turísticos, um projeto de extensão do Grupo de Pesquisa de Geografia do Turismo, pertencente à Faculdade de Geografia da UFPA. A iniciativa tem o objetivo de levar à rua a história, geografia, arquitetura, entre outros elementos, para que os moradores conheçam melhor a própria cidade. Apesar do carro-chefe ser a geografia, diversas áreas do conhecimento estão envolvidas neste projeto. Leia a seguir.

O projeto de extensão Roteiros Geo-Turísticos está ativo desde 2011 e é coordenado pela professora doutora Maria Goretti da Costa Tavares. Em média, sete monitores acompanham as visitas. Vivian Albuquerque, Daniela Pantoja, Mayla Farias, Magaly Caldas e Luana Oliveira, todas do curso de Geografia, são monitoras do projeto. “As caminhadas são abertas a todos, crianças, idosos e turistas. Mas 95% do nosso público são moradores de Belém. Dentre os membros do projeto estão estudantes do ensino médio, da graduação em geografia e de outras áreas”, conta Vivian.

O projeto – O Roteiros Geo-Turísticos busca implementar ações voltadas às práticas de turismo histórico, cultural e patrimonial que permitam resgatar a memória socioespacial de Belém, por meio de caminhadas no Centro Histórico da cidade. Desta forma, o projeto contribui para o reconhecimento e valorização das práticas turísticas alternativas que insiram o patrimônio cultural, patrimonial, no que se refere aos profissionais que elaboram as políticas de turismo local, estadual e nacional. Além disso, o projeto busca a inclusão social, a partir de propostas geradores de trabalho e renda a serem desenvolvidas pelos moradores dos bairros Cidade Velha, Campina e Reduto.

O grupo tem uma equipe de professores colaboradores da UFPA: Saint-Clair Trindade Jr, Márcio Douglas Amaral, Hugo Rogério Serra, Álvaro Negrão, Aldrin Figueiredo, Agenor Sarraf e Elna Trindade. “É feita uma pesquisa, levantamos os pontos que podem ser abordados durante os trajetos, por exemplo: artes, literatura, arquitetura e outros elementos”, explica Vivian Albuquerque.

As visitas  - O evento, que costuma ocorrer quinzenalmente, não possui limite de pessoas por programação. Por este motivo não são feitas visitas a museus. O percurso tem, em média, de três hora e meia a quatro horas de duração e é voltado, principalmente, ao público acadêmico. De acordo com a coordenação,  os visitantes costumam ser bem variados e de diversas áreas - estudantes, médicos, donas de casa -, que buscam relaxar e se divertir por meio dos passeios.

Antes de cada roteiro, o grupo planeja e faz uma espécie de reconhecimento dos lugares que serão visitados para que a transitabilidade seja verificada. “São realizados trajetos a pé, que são planejados antes dos roteiros. Os pontos que serão visitados e como as visitas serão realizadas são definidos por meio de reuniões. Depois desse processo, é feita uma compilação dos textos dos professores consultores - para montarmos textos-guias - que vai nortear o projeto. É realizado um roteiro-teste, para vermos a viabilidade da acessibilidade dos pontos pesquisados. Também é realizado um trabalho de gabinete. Depois de tudo testado, aí vamos para a rua”, explica Magaly Caldas.

Data marcada - A coordenação aproveita para convidar a todos para o próximo roteiro, que já tem data marcada. Será no próximo domingo, dia 2 de julho, às 8h30 da manhã, partindo do Mercado de São Brás e seguirá pela estrada de Nazaré. Não perca essa oportunidade de conhecer de perto o roteiro e também a cidade de Belém.

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Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Divulgação / Projeto