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Projeto de extensão articula intervenção turística e cultural no Centro Histórico de Belém

  • Publicado: Terça, 27 de Junho de 2017, 15h00

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A segunda reportagem do UFPA em Série-Turismo fala sobre o Projeto de Extensão “Viabilidade Turística no Centro Histórico de Belém: intervenções turístico-culturais integradas ao Projeto Circular”, que é resultado de  uma grande parceria, iniciada em 2016. A professora Goretti Tavares, da Faculdade de Geografia (Facgeo), atualmente coordenadora do Roteiros Geo-Turísticos; o professor Sílvio Figueiredo, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA); e a coordenadora do Projeto Circular, Makiko Akao, convidaram a Faculdade de Turismo (Factur) para integrar o Projeto de Extensão Circular, e todos, juntos, criaram o Projeto Viabilidade Turistica.

DSC 0377O projeto, coordenado pela professora Diana Alberto, nasceu com a proposta de articular uma nova e fundamentada intervenção turística e cultural nos bairros do Centro Histórico de Belém – (Campina, Cidade Velha e outros). “Em agosto de 2016, iniciamos a apresentação do Projeto Viabilidade Turística aos moradores e aos demais interessados no tema. A proposta de Makiko era englobar os bairros e seus habitantes. Realizamos uma apresentação por meio de oficinas, que ocorreram entre os meses de setembro e novembro do ano passado”, conta Diana Alberto.

Na época, as oficinas realizadas foram Economia solidária – por parte do professor Valcir Santos (Faculdade de Economia/UFPA); Patrimônio – ministrada por Goretti Tavares (Facgeo); Turismo - dada pela própria professora Diana Alberto (Factur); e, por fim, Projetos Turísticos, ministrada pelo professor Silvio Figueiredo (Naea/UFPA). Todas foram ofertadas durante o processo de apresentação do projeto.

texto 2 oficina de projetos turSegundo Diana, tanto na Campina quanto na Cidade Velha, houve engajamento entre moradores dos bairros e a presença de alunos de Turismo de Belém, além de pessoas ligadas a instituições importantes, como a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e faculdades particulares, entre outros.

Os desafios do projeto e da extensão – “Em 2017, apresentamos os resultados preliminares das oficinas e instituímos a continuidade do projeto com pesquisa de campo, que fizemos no mês de abril deste ano, nos bairros Campina e Cidade Velha”, explica a professora

Centro Historico 3   Foto Alexandre Moraes“Temos o objetivo de lançar a proposta de como o turismo pode preservar as áreas e fazer com que as pessoas conheçam seus bairros. Muitos não conhecem seus bairros, igrejas ou histórias. Além disso, temos o desafio de responder: como vamos fazer o turismo com a violência, sem transporte de qualidade, sem luz? Por isso estamos, agora, terminando a tabulação dos dados, e vamos montar a proposta do plano de intervenção turístico cultural, também identificando esses pontos”, revela Diana.

A coordenadora conta que, com quase um ano de atividades e com o amadurecer do projeto, as portas podem se abrir para quem trabalha com cultura e turismo. “Aqui, na Faculdade de Turismo, promovemos visitas ao Campus da UFPA, ao Estádio Olímpico Mangueirão, e outros projetos nessa área. A extensão é um desafio, pois, no último um ano e meio, mesmo com os cortes, conseguimos manter o projeto para além dos muros da Universidade. Por meio do Viabilidade turística, abrimos um diálogo com as pessoas e vamos fazer um balanço a partir de agosto.”

08.12.2010 Arquitetura do Ver o Peso   Foto Alexandre Moraes (85)Diana conta que o centro histórico possui um valor que a maioria das pessoas identifica por conta do patrimônio material, como as igrejas, os prédios históricos; veem somente, a princípio, o lado material e a parte arquitetônica desses espaços. “Apesar do descaso, que, infelizmente, percebemos no centro histórico da cidade, as pessoas lembram mais dessa parte concreta. Eu já vejo como um espaço de conhecimento. O Ver-o-Peso possui muitos saberes, por exemplo, e está no centro histórico”, observa Diana.

A busca pela valorização dos saberes – Ela conta que, durante a pesquisa de campo, o grupo notou que há muitas famílias tradicionais que vendem, por exemplo, materiais para embarcações, e isso, segundo ela, é um patrimônio imaterial, um conhecimento. “Esse conhecimento ultrapassa a concretude desses espaços, e tanto a materialidade quanto a imaterialidade são importantes. Meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) foi sobre o trabalho das erveiras do Ver-o-Peso, do saber dessas mulheres quanto à tradição das ervas. Quando penso no patrimônio, gosto de trabalhar o lado imaterial e valorizar os saberes que o espaço possui também, e isso, da mesma forma, é pensar no turismo”, completa a professora.

Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes e Divulgação/Projeto

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