Festas marcam comemorações juninas no Hospital Barros Barreto
Neste período junino, o Grupo de Trabalho de Humanização da Unidade João de Barros Barreto (UJBB) incentivou e ajudou a desenvolver diversas atividades voltadas às crianças da Pediatria do hospital. A iniciativa comemorou, também, os 10 anos do Serviço de Atendimento Especializado (SAE),com a participação de usuários e profissionais que formam o grupo Bem Viver do Barros. A programação aconteceu na Brinquedoteca e na Pediatria do hospital e envolveu a participação de quadrilhas, escolha de misses, brincadeiras, comidas típicas, distribuição de brinquedos e outros, entreos dias 9 e 27 de junho.
O Programa Classe Hospitalar realizou festa junina com as crianças da Pediatria, com apresentação de grupo de carimbó e distribuição de mingau de milho. O Projeto Tenda do Bom Samaritano, realizado por acadêmicos da Universidade da Amazônia (Unama), promoveu manhã alegre com as crianças da Pediatria, que participaram de brincadeiras, receberam brindes e lanches.
Segundo Helen Lobato, acadêmica do curso de Nutrição da Unama, a ação deu-se por meio do Projeto independente Tenda do Bom Samaritano, formado por acadêmicos da instituição. "O projeto existe desde 2017 e esta foi nossa primeira ação. Nosso objetivo foi oferecer um pouco de alegria para essas crianças que estão enfermas, trouxemos, então, brincadeiras e brinquedos para tirá-las da rotina do hospital. Ficamos muito felizes como fomos recebidos e ao ver a alegria dos pequenos e de seus responsáveis", disse a estudante.
Na última segunda-feira, 26 de junho, houve festa junina da equipe de Cuidados do Barros, da Clínica Médica, com os pacientes. Nesta terça-feira, 27, o Serviço de Atendimento Especializado realizou a Festa Junina do SAE, com performance musical, dinâmicas de motivação junina e lanche com comidas da época.
A coordenadora do SAE, a infectologista Andréa Paes, afirmou que a festa foi ímpar, já que o serviço comemorou uma década de existência e atendimento aos 400 pacientes com HIV/Aids. "Com tantas dificuldades que assolam o país, mesmo assim, conseguimos continuar o atendimento, sem prejuízo aos nossos pacientes e também trazê-los para confraternizar."
Para o usuário do SAE Edward Brito, 54 anos, um dos fundadores do grupo Bem Viver do Barros, a programação foi importante porque reuniu vários pacientes e profissionais. "Há 10 anos, quando fundamos esse grupo, formado hoje por 50 pacientes de HIV/Aids e profissionais do Barros, não pensávamos que chegaríamos a uma década de existência. Agora conseguimos reunir bom número de pessoas para comemoramos, juntos, a festa junina, porque os participantes frequentam o grupo de acordo com sua agenda médica. É muito difícil lidar com a questão da Aids, porque ainda existe muito preconceito em relação à doença e, se estivermos em grupo, fica melhor discutir e encarar o problema", disse o usuário.
Ainda segundo a infectologista Adriana Paes, o SAE conta com equipe multiprofissional e, hoje, entre 60% e 80% dos pacientes estão bem, sem dificuldades nem doenças oportunistas, e não internam há bom tempo. "Menos de 10% não são aderentes ao tratamento correto, são assolados por alguma doença oportunista e acabam internando. Em geral, nossos pacientes retornam ao hospital entre três e quatro meses para acompanhamento", esclareceu a coordenadora do SAE do Barros, que pertence ao Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Texto: Cleide Magalhães – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh
Fotos: Cleide Magalhães e Divulgação
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