Guia virtual TurCametá fomenta o turismo no nordeste paraense

A quarta reportagem deste UFPA em Série – Turismo fala sobre o Projeto de Extensão Guia Virtual TurCametá, que tem a função de fomentar o turismo na região do município de Cametá, localizado no Nordeste paraense. De acordo com o coordenador do projeto, professor Diovanni Moraes de Araújo, a referida região está precisando de impulsos não só na parte tecnológica como também na parte política, econômica e social. Leia a seguir.

O início – Diovanni Moraes é professor efetivo do Campus Cametá e leciona as disciplinas de informática e computação, do curso de Sistemas de Informação do referido Campus. Ela conta que a ideia de criar o projeto surgiu depois de alguns debates que aconteceram em 2015, com o corpo docente da Faculdade de Computação. “Buscávamos soluções que agregassem valor econômico para a região. E um dos pontos tocados foi o turismo. Dele foi desenvolvida a ideia, com a colaboração do professor Alan Barbosa Costa, subcoordenador deste projeto”, lembra Diovanni.

O projeto foi primeiramente submetido ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), porém, sem sucesso. Novamente os professores tentaram submetê-lo por meio do Programa Institucional de Bolsa de Extensão (Pibex), entretanto, também não foram aprovados. “Agora enviamos para o NavegaSaberes da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFPA). Conseguimos uma bolsa nesse programa. O resultado preliminar já saiu e o projeto foi bem avaliado”, revela o professor.

Centro Histórico de Cametá – A cidade de Cametá possui um comércio bastante ativo e com uma grande história por trás. Há também museus, praças, uma fauna e uma flora muito rica e, segundo Diovanni, esses são pontos poucos explorados. “A ideia é que a tecnologia alavanque esse mercado e abra os olhos de políticos e comerciantes para que possam investir no turismo. O potencial ainda deve ser explorado.”

No Campus da UFPA local existe um projeto do curso de Geografia que visa levantar esses pontos de importância na região, e o Guia Virtual TurCametá possui interesse em participar, em comunhão com eles, para aproveitar os dados já levantados, e sistematizar da melhor forma para a visualização e desenvolvimento de um app para celular e web.

“Com a aprovação do Navega Saberes, que eu acredito que ocorra, vamos ter dois bolsistas e, do jeito que está estruturado o projeto, com as informações e bancos de dados que já foram desenvolvidos, acredito que até o final do ano tenhamos um protótipo funcional já funcionando para a cidade de Cametá”, explica Diovanni.

Pretensões – O projeto pretende desenvolver duas plataformas: um site web, onde as informações turísticas estarão disponíveis para qualquer um (fotos, registros históricos e etc.); e a outra parte, onde o projeto realmente se destina, é desenvolver um App mobile inicialmente para android, e em outra fase para iOS. Este App terá a função de guiar o turista de forma automática pelos melhores e mais relevantes pontos da cidade de Cametá.

“Lá estará explicando a história da cidade, explicando os pontos, pontos que fazem sentido tanto para a economia e sociedade. Esse guia vai propor independência e dar ao turista a possibilidade de saber onde ele está exatamente e o que procurar na cidade. Quando falamos de pontos turísticos não são apenas os de relevância, pretendemos mapear pontos como os melhores bares, lanchonetes e outros lugares.”

O grupo pretende que o aplicativo seja uma base bem consolidada nos moldes do Ministério do Turismo que preconiza uma série de regras para mapear esses dados e eles mapeiam qualquer localidade. “Pretendemos pegar esses moldes e levantar esses dados que faltam em relação à base do projeto de geografia de Cametá, e fazer algo mais robusto com foco em Cametá. Fazendo nesses modelos, poderemos no futuro fazer um intercâmbio de comunicação, troca de informações com a base em Brasília.”, completa Diovanni.

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Texto: Andre Gomes – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes