Projeto Lixo Zero realiza ações da disciplina Educação Ambiental Aplicada à Oceanografia
Como parte da disciplina "Educação Ambiental Aplicada à Oceanografia", coordenada pela professora Sury Monteiro, a Faculdade de Oceanografia da UFPA promove o Projeto Lixo Zero: do Rio ao Oceano. Integrando as atividades do projeto, os alunos do curso realizaram, no período de 29 de junho a 1º de julho, ações de educação ambiental nas praias do município de Salinópolis, no nordeste do Pará.
O projeto desenvolvido na UFPA tem como público-alvo as crianças e os jovens e visa promover neles a conscientização ambiental. A escolha desse público se deu pela disposição dos jovens de assimilar novas ideias, assim absorvendo melhor os ideais propostos, pondo em prática tudo que lhe foi passado e ainda influenciando seu ciclo de familiares a promover essas ações.
Em ações como a de Educação Ambiental em Salinas, os discentes de Oceanografia apresentam oficinas, jogos e exposições que pretendem sensibilizar e conscientizar moradores, e turistas que visitam a região, sobre questões ambientais. Foram três dias de atividades nas praias da Corvina, Maçarico, Cuiarana e Atalaia. A programação mostrou os impactos do descarte inadequado do lixo gerado na zona costeira.
Para a coordenadora, professora Sury Monteiro, a realização de ações educativas pelo projeto promove um despertar da comunidade sobre o descarte inadequado dos resíduos. "Os discentes apresentam as problemáticas geradas pelo descarte inadequado dos resíduos sólidos e, como solução, mostram uma forma rentável para a reutilização desses resíduos. O público se surpreende como o 'lixo' pode ser transformado em um novo produto e esta transformação pode ser feita em casa” explica.
O projeto - O Projeto Lixo Zero: do Rio ao Oceano levanta três bandeiras, três pilares que são a base para toda sua iniciativa. O primeiro pilar é o das pequenas ações, repassar ao público que ao fechar a torneira enquanto escova os dentes, ou não jogar lixo na rua, por menores que sejam, não são ações banais, a cada pequeno gesto o mundo todo é afetado.
O segundo pilar é o da reutilização, “é possível reutilizar tudo, desde a coisa mais ínfima como uma pequena lata de alumínio, até coisas com grandes proporções, como uma centena de garrafas pets que são jogadas fora todos os dias nos grandes centros.”
O terceiro e último é o pilar da rentabilidade. “É possível fazer com que o ‘lixo’ seja reutilizado e ainda traga algum retorno econômico, esse é o foco principal do projeto.”
Ações educacionais - Dentre as atividades desenvolvidas estão jogos infantis, como o "Mergulho Consciente" sobre práticas do cotidiano que contribuem para a degradação do meio ambiente; exposições como a "Calha-Pet", que utiliza garrafas pet para a fabricação de calhas residenciais de baixo custo e "Sabão Ecológico", feito a partir da reutilização de óleo de cozinha, evitando o despejo inadequado, dentre outras.
Para Bruna Melo, estudante de Oceanografia, o projeto é importante, pois, “em ações como a de Salinas, propõem aos moradores da região, soluções criativas e empreendedoras na utilização dos resíduos produzidos e também pelas ações de sensibilização aos turistas quanto ao descarte inadequado do lixo, estimulando, assim, o uso consciente das praias.”
Além dessas atividades, foram realizadas coletas de micro lixo, coordenadas pelo professor Eduardo Martinelli Filho, e de macro lixo, pela professora Sury Monteiro. Durante as atividades do Projeto foram coletados mais de 20 quilos de lixo em apenas 8 pontos distribuídos ao longo de 1 km na praia do Maçarico. Os resultados das análises serão utilizados na produção de trabalhos acadêmicos que serão, brevemente, publicados em eventos científicos da área.
Texto e fotos: Divulgação
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