Seminário discute melhorias no Processo Seletivo Especial 2017
Com o objetivo de aperfeiçoar as ações que possibilitam o ingresso e a permanência de candidatos indígenas e quilombolas na Universidade Federal do Pará (UFPA), a Administração Superior promoveu nesta segunda-feira, dia 7 de agosto, um amplo debate com a comunidade acadêmica e representantes da sociedade civil organizada. O Seminário Processo Seletivo Especial 2017, realizado no auditório do Instituto de Ciências da Educação (ICED), no Campus Guamá, abriu espaço para avaliar e discutir as Políticas de Ações Afirmativas propostas pela Universidade nos últimos anos.
Durante a abertura do seminário, o reitor Emmanuel Tourinho destacou algumas mudanças ocorridas nos processos seletivos que possibilitaram o aumento no ingresso de candidatos oriundos de populações tradicionais, indígenas e quilombolas, como a oferta de uma segunda opção de curso no vestibular. “Com essa medida simples no PSE, nós aumentamos em 33% o ingresso de alunos quilombolas e em 52% o ingresso de alunos indígenas. Nesse seminário, queremos discutir novas medidas, com observações que nos ajudem a tornar esse edital de seleção mais apto a cumprir a sua função, que é promover o ingresso desses candidatos na Universidade”, enfatizou.
O reitor anunciou, ainda, uma nova medida no edital de Mobilidade Acadêmica Interna (Mobin). O atual processo seletivo não levava em consideração as diferenças, tornando mais difícil para os candidatos indígenas e quilombolas obter a mudança de curso por meio da Mobin. “Mesmo dando uma segunda opção de curso no vestibular, isso não garante que esse aluno se identificará e terá motivação para permanecer no curso inicialmente escolhido. Por isso, esses candidatos terão prioridade para mudar de curso e o restante das vagas será ofertado pelo processo seletivo da Mobilidade Acadêmica”, afirmou.
Mas as políticas de inclusão da UFPA não se limitam ao ingresso desses candidatos. Embora enfrente dificuldades financeiras, relacionadas ao momento de crise econômica no país, a Instituição deu início ao Programa de Auxílio Moradia exclusivo para alunos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, com a oferta de 250 auxílios em 2017. “Sabemos que não é suficiente, porém, é uma maneira de começarmos a trabalhar no sentido de melhorar as condições de permanência desses alunos na nossa universidade”, frisou Emmanuel Tourinho.
Nova assessoria – Na abertura do Seminário também foi apresentada a equipe da Assessoria de Diversidade, criada com o objetivo de dar suporte às políticas de inclusão social na UFPA. De acordo com a coordenadora da equipe, professora Zélia Amador, além das discussões sobre o ingresso de estudantes indígenas e quilombolas, a Assessoria também tem como foco o combate ao racismo dentro da Universidade. “Com a chegada desses estudantes, ficou mais acirrada essa questão do racismo e nós precisamos encarar essa realidade, discutindo e propondo ações em conjunto com a Administração superior”.
Texto: Ericka Pinto – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre Moraes
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