UFPA e Movimento de Emaús celebram convênio de cooperação
O Movimento República de Emaús é o mais novo parceiro da Universidade Federal do Pará para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para a promoção do direito à cidadania. A assinatura do Termo de Cooperação foi realizada nesta terça-feira, dia 5, no auditório do Instituto de Ciências da Educação (ICED), no Campus Belém. O objetivo é compartilhar as experiências vividas pelas periferias de Belém e o conhecimento acadêmico-científico.
Atualmente, o Movimento República de Emaús atende a 300 crianças e adolescentes em vários projetos, entre eles, os que oferecem atividades profissionalizantes. De acordo com o padre Bruno Sechi, fundador do Movimento, a atuação ocorre de três grande eixos. “O primeiro, na garantia dos direitos, dando oportunidade a crianças e jovens de acesso à cultura, ao esporte, à educação e à profissionalização. O segundo eixo consiste na defesa desses direitos, sempre que estão sendo lesados, principalmente por conta da violência institucionalizada, por meio do Centro de Defesa do Emaús. E o terceiro eixo é o do controle social, com a participação em conselhos, fóruns, para que possamos exercer essa voz, que é de atenção e monitoramento daquilo que são políticas públicas na sua efetivação”, disse.
Entre muitas ações a serem desenvolvidas no âmbito da cooperação agora formalizada, a Universidade publicará um edital de apoio a projetos de extensão, que visem à garantia dos direitos de crianças e adolescentes do bairro Benguí. O anúncio foi feito pelo reitor Emmanuel Tourinho. “Inicialmente, vamos disponibilizar recursos para apoiar quatro programas de extensão, com bolsas de Iniciação à Extensão, equipamentos básicos e um valor para despesas de custeio. Estamos estendendo a atuação da UFPA na comunidade, em particular a uma comunidade de periferia, que enfrenta a exclsuão e a desigualdade, visando promover a inclusão de crianças e jovens. A parceria com o Movimento de Emaús, que tem uma história de luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes, nos honra muito e abre perspectivas muito positivas de trabalho e de cumprimento de nossa função social.”
Para a coordenadora geral do Emaús, Geogina Cordeiro, o convênio com a UFPA vai permitir uma troca importante de vivência do meio acadêmico com o dia a dia da comunidade. “Essa parceria vai dar oportunidade para que alunos e professores possam fazer das instalações do Movimento de Emaús um espaço de intervenção, seja no âmbito da pesquisa, com os materiais que nós temos à disposição, seja no âmbito da intervenção direta, com jovens e crianças, por meio de cursos e atividades socioculturais e esportivas. A Universidade, com esse leque de cursos que tem, terá um espaço grande para poder nos ajudar e, ao mesmo tempo, sendo participante nesse processo de garantia dos direitos.”
Seminário - A celebração de convênio fez parte da programação do Seminário de Formação, intitulado “Por uma solidariedade que transforma”, promovido pelo Movimento de Emaús. A mesa de debate, cujo tema foi “Crianças e Adolescentes: O Papel da Sociedade Civil e a Parceria do Estado”, foi formada pelo reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho; pela Coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA-Emaús), Celina Bentes Hamoi; e pelo padre Bruno Sechi.
O evento teve a presença de representantes da Administração Superior da UFPA e do Emaús, bem como de professores, técnicos e alunos. A programação encerrou-se com a apresentação musical do Projeto Musicalizando Direitos, formada por crianças e jovens do Movimento de Emaús.
Texto: Ericka Pinto – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Alexandre de Moraes
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