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Projeto de extensão da Faculdade de Artes Visuais realiza encontro com a ceramista Li Divino

  • Publicado: Terça, 26 de Setembro de 2017, 15h10

O Projeto de Extensão Valorização do Patrimônio Artístico e Cultural Afro-Amazônico, da Faculdade de Artes Visuais (FAV/UFPA), com apoio dos projetos “Ngomba d'Aruanda, apoio aos projetos de mídia étnica de povos tradicionais de matriz africana” e “Eu vou navegar na Casa da Mãe das Águas (Ilê Axé Iyabá Omi)”, irá realizar no dia 26 de setembro, um Relato de Artista com Li Divino, artista plástica que produz acessórios em cerâmica.

Segundo o professor Arthur Leandro, membro da organização do evento, sua importância consiste na transmissão de conhecimentos de história da arte e da cultura africana, afro-brasileira e afro-amazônica, apoiada em ações de extensão da FAV. Tais ações contribuem para o reconhecimento e valorização da diversidade cultural além de combater o preconceito e o racismo.

“Em 2008 o colegiado do curso de Artes Visuais criou a disciplina Poéticas Visuais Afro-Brasileiras, entretanto, o debate em torno do novo PPP do curso perdura até os dias de hoje e a disciplina nunca foi ofertada para a licenciatura em Belém, ela faz parte das disciplinas ofertadas pelo PARFOR de Artes Visuais, mas não faz parte, ainda, do curso regular na capital”, completa o professor.

O evento tem também os objetivos de preservar e democratizar o acesso à história de resistência cultural, política e social negra e dos povos tradicionais de terreiros de matriz africana da zona metropolitana de Belém; contribuir para o emprego de aspectos da cultura brasileira de origem africana como ferramenta pedagógica de apreensão e entendimento da realidade social brasileira; e contribuir com a formação de professores de arte para a educação para as relações étnicas e raciais no Brasil.

Direcionado a professores e estudantes de artes, profissionais e estudantes da educação, de ciências humanas, artistas e todos os interessados no assunto, os encontros são realizados no hall de entrada do prédio anexo da FAV, sempre nas terças-feiras, a partir de 16:30h. As inscrições são feitas na hora/local do evento e dá direito a certificado emitido pela coordenação do colegiado de artes visuais e a coordenação do projeto.

A artista

Eliana Pinheiro do Amor Divino, conhecida como Li Divino, é Ceramista e oficineira, que reside em Ananindeua/PA e trabalha em sua empresa Li Divino - Acessórios em Cerâmica. Ela tem por matéria prima o barro, que depois de limpo, converter-se em argila, a partir daí são moldadas as peças para se transformar, depois da queima, em acessórios feitos em cerâmica, como brincos, pulseiras e colares. Com influência da cultura indígena e afro-brasileira, de diferentes formas geométricas, em sua moldagem vai sendo formado o visual da marca, priorizando a pintura com visual bem colorido. Algumas peças guardam seu estado natural, outras utilizam o estrato da semente de nogueira, por exemplo.

O que começou como curiosidade, acabou se transformando em um empreendimento rentável. Primeiramente a família e amigos da artista foram obtendo as peças, depois com a divulgação nas redes sociais e a participação em eventos como Ocupação Solar da Beira, Feirinha Mufpa, V Encontro Nacional de Comunidades Quilombolas, Sarau Multicultural do Mercado, Feira da Beira - Curro Velho, Seminários e Eventos nas universidades UFPA, UEPA, ESTÁCIO e FAP, entre outros, o negócio acabou agradando e outras pessoas passaram a adquirir as peças. Em a parceria com a Casa do Fauno e com exclusividade, surgiu sua primeira Exposição Individual intitulada PONTO RISCADO, em abril de 2017.

Convidados

Além da artista Li Divino também serão realizados outros Relato de Artista com os convidados Zélia Amador de Deus, atriz e diretora de teatro, fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA) e propositora do sistema de cotas, recentemente implantado na UFPA, onde é professora; Mãe Jucilene, Mãe de Santo, autoridade máxima do Terreiro da Caboca Herondina, em Águas Negras em Icoaraci; Mãe Nalva de Oxum, autoridade máxima do Ilê Axé Iya Omi, na Terra-Firme e coordenadora do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA); e o grupo Vozes de Fulô.

O Projeto​

​O Projeto de Extensão Valorização do Patrimônio Artístico e Cultural Afro-Amazônico propõe a imersão em territórios de resistência negra na Amazônia, quilombos e terreiros, assim como em organizações sociais do movimento negro, em busca de produção e difusão de registros audiovisuais de relatos da memória e da história da resistência cultural e artística negra na Amazônia, evidenciando as lutas por direitos culturais e a luta por igualdade racial nas artes e na cultura.

​Representa u​ma articulação entre sociedade e universidade para a produção de conhecimento e para a produção de experimentações poéticas e de material pedagógico para o ensino de manifestações artístico-culturais afro-brasileiras, em especial as manifestações artísticas negras na Amazônia brasileira.

Promove ações de transmissão de conhecimento sobre a História da África e História étnico-racial, cultural e social no Brasil e na diáspora africana, especialmente sobre a história da arte africana e afro-brasileira e amazônica, enfocando as relações de poder, o desenvolvimento e as transformações histórico-culturais da população negra no Brasil e na diáspora amazônica.

Tem como meta a produção de programas com entrevistas e trocas de experiências de artistas e agentes de culturas negras amazônicas, contribuindo com a construção de referencial sobre o patrimônio cultural e a produção poética negra na Amazônia; e com a circulação de informações que valorizem a imagem das tradições e dos territórios de resistência negra no Pará e na Amazônia.

Encontros programados

Está programado para o dia 10 de outubro o relato de experiência com os integrantes do grupo "Vozes de Fulô”. No dia 17 de outubro será realizado o relato de experiência da artista, professora e pesquisadora Zélia Amador de Deus. Em 24 de outubro acontecerá o relato de experiência de artistas da culinária “Alimento tradicional de matriz africana”, com Mãe Nalva de Oxum, membro da coordenação nacional do FONSANPOTMA, e Mãe Jucilene de Oyá, “Baiana de Acarajé” filiada à Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos e Similares (ABAM). 

Serviço

Relato de Artista com Li Divino

Data: 26 de setembro de 2017

Local: Hall de entrada do prédio anexo da FAV

Hora: 16:30h

Texto: Elizandra Ferreira  – Assessoria de Comunicação da UFPA

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