PPGCOM da UFPA recebe nota 4 em avaliação da Capes e tem o desafio de implantar o doutorado

O Programa de Pós-graduação Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM-UFPA) recebeu nota 4 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por acompanhar e avaliar a  expansão e a consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no país. A nota é uma grande vitória para o Programa de Pós-graduação de Comunicação, e a coordenadora do programa, Elaide Martins, comenta sobre a representatividade, as oportunidades e os desafios que surgem com a avaliação.

A coordenadora do PPGCOM afirma que o aumento da nota é consequência de um trabalho coletivo, que começou ainda com a proposta de mestrado. “A nota é resultado de um processo que se iniciou há muito tempo, quando a Facom [Faculdade de Comunicação] começou a discutir o projeto de mestrado, com os primeiros rascunhos feitos pelos professores Manuel Dutra e Otacílio Amaral Filho. Quando foi feita, por exemplo, uma parceria com a UFBA, onde foi estabelecido um mestrado interinstitucional. Essas foram as primeiras sementes e, a partir daí, o projeto foi tomando corpo e resultou no mestrado que, em 2010, foi aprovado pela Capes e continuou de pé com o trabalho coletivo de discentes e docentes.”

O sistema de avaliação da Capes inclui notas que variam entre 2 e 7. O PPGCOM da UFPA recebeu nota três em sua criação e passou pela primeira avaliação com apenas dois anos de funcionamento. Desde então, passou por duas gestões, além da atual, e conseguiu preservar essa nota. A coordenadora comenta sobre esse feito: “Nos últimos anos focamos em democratizar mais as relações, as dinâmicas do programa e ampliamos o número de vagas de 12 para 22 vagas. Conseguimos, também, reformular as linhas de pesquisa e mudar algumas disciplinas, e isso foi fundamental para a melhoria do programa."

Meta do programa é implantar o doutorado – Elaide Martins explica, ainda, que essas mudanças foram resultado de orientações que o PPGCOM recebeu da professora doutora Maria Helena Weber (UFRGS). Por meio do programa de acompanhamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), Maria Weber pôde dar orientação durante os anos de 2015 e 2016, e com isso o PPGCOM conseguiu ver suas falhas, potencialidades e estabelecer uma meta. “Nossa meta era justamente chegar à nota 4 para que, a partir daí, pudéssemos nos tornar habilitados a dar entrada  na proposta do doutorado, que é, agora, nosso próximo desafio”, conta Elaide Martins.

Se aprovado, o doutorado representará uma conquista não só para o programa e para a UFPA, mas para toda a região. “Se conseguirmos implantar, teremos um ganho extremamente significativo para nossa região, porque será o primeiro doutorado em comunicação numa universidade pública, na região amazônica. E temos em nossa área de concentração um diferencial muito grande em relação aos outros doutorados: a Amazônia enquanto foco de pesquisa. Esse diferencial vai nos possibilitar, inclusive, ter uma inserção social muito maior. Por isso, o Programa se chama Comunicação, Cultura e Amazônia”, comenta a coordenadora.

Atualmente, o PPGCOM é o programa de Comunicação com a maior nota e melhor avaliado dentre todos os programas de pós-graduação da Região Amazônica. Para Elaide, isso é um reconhecimento do trabalho de todos os envolvidos: “Representa não apenas um valor numérico que muito nos orgulha, mas também o reconhecimento do esforço que professores, alunos e técnicos têm feito, por meio de parcerias com o ILC, Propesp, com a Facom (que tem sido uma parceira contínua nesse processo). Todo o esforço coletivo resultou nessa avaliação positiva. É mais do que uma nota, é a valorização do nosso trabalho e uma forma de devolvermos à sociedade os investimentos que têm sido feitos, de aumentarmos nossa inserção social e poder dar nossa contribuição para a melhoria da nossa região”, completa a coordenadora do PPGCOM, Elaide Martins.

Texto: Camila Leal / PPGCOM
Arte: Divulgação / PPGCOM