Programa interdisciplinar Trópico em Movimento promove curso de extensão sobre resíduos sólidos
O II Curso de Extensão "Meio Ambiente e Resíduos Sólidos na Região Metropolitana de Belém – Uma abordagem Interdisciplinar", realizado pelo Programa interdisciplinar Trópico em Movimento, começou nesta segunda-feira, 6, na Sala 116 do Complexo Mirante do Rio, na Universidade Federal do Pará. Por meio da seleção de inscrição e entrevistas, 51 candidatos foram aprovados para participar do curso, que ocorre de forma modular até o dia 29 de novembro. Entre os aprovados, estão servidores, técnicos e gestores públicos, além de estudantes e pesquisadores.
O curso será ministrado por professores de diversas áreas, como Engenharia Sanitária, Sociologia, Direito, Filosofia, e é uma oportunidade de "sensibilizar os cidadãos sobre os desafios que a Lei 12.305/2010 oferece para a Região Metropolitana de Belém nos próximos anos, além de debater sobre a questão dos resíduos sólidos de maneira interdisciplinar", afirmou Thomas Mitschein, coordenador do Trópico em Movimento na abertura do curso.
Para ele, a temática salta aos olhos e o número de inscritos só mostra o interesse em conhecer e se pensar estratégias de gestão em resíduos sólidos na Região Metropolitana de Belém. "No curso, vamos entender princípios básicos que precisam ser adaptados a uma realidade específica, microrregional. A intenção é que, ao término do curso, a discussão tenha avançado com vista na elaboração conjunta de um plano emergencial de Saneamento, abrangendo a questão da Gestão de Resíduos Sólidos. Na grande maioria dos 144 municípios paraenses, os gestores públicos enfrentam problemas dessa natureza para os quais não estão preparados", comenta Thomas.
Participaram, também, da abertura do curso o coordenador do Grupo Temático de Filosofia e diretor da Faculdade de Filosofia da UFPA, Sérgio Nunes, e o ex-reitor da UFPA Carlos Maneschy.
Sergio Nunes, que ministrará um dos módulos, apontou a importância de se pensar a ecologia de maneira mais sensível, envolvendo a relação dos organismos e o meio ambiente. "É preciso pensar o nosso comportamento ético diante do meio ambiente e como a sociedade (o homem) pode retomar os ensinamentos de comportamentos solidários que podem ser observados na própria natureza. Uma coisa é certa, é preciso mudar o olhar sobre a natureza, pois ela é elemento vital para a sobrevivência do homem", aponta.
Maneschy parabenizou a todos pela aprovação e também a decisão de cada um por escolher fazer um curso dessa natureza. "É preciso investir em novos horizontes que possam potencializar nossas oportunidades de crescimento. Eu tenho certeza de que, após esse curso, cada um de vocês pode ajudar a melhorar a vida de outras pessoas, porque não faz sentido a sociedade não se apropriar daquilo que é pensado e produzido na Academia", afirma o ex-reitor.
"O mais importante, a meu ver, nesse curso é esse olhar interdisciplinar, essa incorporação dos diversos saberes na tentativa de se dar soluções para um dos maiores problemas enfrentados na Região Metropolitana de Belém. Quanto mais pessoas competentes no assunto, melhor para que se consiga chegar próximo ao desejável, e isso passa pela ciência, pela informação e pela criação de tecnologia criativa", conclui Maneschy.
Texto e foto: Divulgação
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