“I Antropologia em Ação” debate as relações de povos indígenas e quilombolas na Universidade
Com o tema “Povos Indígenas e Populações Tradicionais em tempos contemporâneos”, o “I Antropologia em Ação” ocorreu no período de 08 a 10 de novembro, debatendo antropologia e relações de povos indígenas e quilombolas na UFPA, com a presença de professores indígenas e de fora do estado. O I Antropologia em Ação foi organizado pelos grupos de pesquisa “Cidade, Aldeia e Patrimônio” e “Híndia”.
Abertura - A mesa de abertura foi composta pelo vice-reitor da UFPA, professor Gilmar Silva; pelos professores Marcio Couto, do Híndia, e Mauro Coelho, do Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST); pelo representante indígena Adonias Guiomê Loio, etnia Arukwayane/Palikur; pela professora Carmem Silva, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Da UFPA estiveram presentes e compuseram a mesa também os pró-reitores Nelson Souza, Edmar Costa e Rômulo Angélica. A apresentação inicial foi mediada pela organizadora do evento, professora Jane Beltrão. Confira o restante da programação aqui.
Compartilhamento de conhecimentos - Para o professor indígena Uwira Xakriabá, o debate gera um intercâmbio de conhecimentos, assim como o aumento do espaço indígena dentro da UFPA. ”A Universidade Federal do Pará está bem centrada na Amazônia, na nossa casa, por assim dizer, e, salvo poucas exceções, ela nos desconhece. Então, a importância é de pluralizar os conhecimentos, de fazer um diálogo dos nossos conhecimentos tradicionais e os conhecimentos da Universidade, de trazer, também, as nossas aldeias para dentro da Universidade, no sentido de ampliar o leque de conhecimentos que a universidade tem. Além de viabilizar que o nosso povo possa entrar na Universidade e permanecer, já que isso talvez seja um desafio maior do que entrar, explica o professor.”
Além disso, ele destaca a posição dos pesquisadores e professores indígenas na programação do evento: “É muito importante dar voz aos pesquisadores indígenas para que eles apresentem para comunidade acadêmica para os seus trabalhos e os diálogos que estão sendo feitos aqui na academia.”
Para a antropóloga e professora Carmem Lucia da Silva, assessora da Diversidade UFMT, dialogar sobre os povos indígenas e as populações tradicionais na contemporaneidade: “São temas que estão na pauta do dia, que tratam de questões fundamentais dentro da Universidade, como a questão da inclusão e, consequentemente, das ações afirmativas entre outros temas”. A professora também destaca que o evento também tem grande relevância para a sociedade como um todo.
UFPA e os povos indígenas - Ações, projetos e pesquisas voltadas para os indígenas, assim como para quilombolas e alunos estrangeiros, têm sido cada vez mais frequentes na universidade (leia mais aqui). Segundo o vice-reitor, o foco dessas ações é a inclusão e o respeito à diversidade: “Temos nos desafiado, enquanto administração superior, em parceria com os nossos colegas professores e pesquisadores, para trazer o máximo de sujeitos quilombolas, indígenas e estudantes estrangeiros. Assim podemos pensar a nossa academia numa perspectiva em que todos se sintam incluídos. Esse é o Grande desafio que nós temos enquanto universidade.”
Texto: Alice Palmeira - Assessoria de comunicação da UFPA
Arte: Divulgação
Redes Sociais