Instituto de Ciências da Arte recebe debate sobre Economia Solidária e Moeda Social
A experiência do Banco Comunitário de Desenvolvimento Tupinambá será discutida em uma roda de conversa com o coordenador do Banco, Marivaldo Vale, a qual vai se realizar no dia 22 de novembro, quarta, às 18h30, no prédio do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizado na Praça da República, ao lado do Teatro Experimental Waldemar Henrique. A promoção do debate é do Projeto de extensão “Economia Criativa, Cultura e Território”, coordenado pelo prof. dr. Valcir Bispo Santos, da Faculdade de Economia da UFPA. Essa iniciativa conta com apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA e é aberto ao público, sobretudo a agentes culturais, estudantes de economia e interessados em temas como economia em rede, economia solidária, capital social e economia criativa.
Entre as experiências de bancos comunitários que oferecem serviços de microcrédito na Região Metropolitana de Belém (RMB), a do Banco Tupinambá, em execução na localidade da Baía do Sol, na ilha de Mosqueiro, desde 2009, tem tido grande êxito. As atividades do Banco Tupinambá estão fortalecendo a economia local e os laços de solidariedade entre os moradores, produtores e agentes econômicos dessa localidade. Em pesquisa amostral realizada em 2009, primeiro ano de funcionamento do Banco Tupinambá, constatou-se que apenas 2% das pessoas compravam no bairro. Cinco anos depois, pesquisa feita em 2014 constatou que 83% das pessoas entrevistadas consumiam no bairro. Em 2009, apenas 34% das famílias desenvolviam atividades comerciais e produtivas próprias; em 2014, 59% das famílias passaram a desenvolver atividades produtivas e/ou comerciais.
O que explica boa parte desse êxito é a utilização da moeda social, denominada de “moqueio”, em circulação apenas no território da Baía do Sol e na rede de estabelecimentos, que fazem parte dos usuários do Banco Tupinambá. A moeda social é utilizada em empréstimos de consumo, estimulando a população local a comprar e consumir dentro da sua comunidade. Isso promove a prosperidade de empreendimentos locais com a renda circulante na localidade, gerando emprego e renda na região. O nome “moqueio” alude às origens do nome da Ilha de Mosqueiro, pois era a técnica que os índios usavam para “moquear o peixe”, para conservar o peixe.
Texto: Divulgação
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