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Seminário internacional reúne pesquisadores de países da América Latina na UFPA

  • Publicado: Segunda, 27 de Novembro de 2017, 17h45

SIALAT 3

A Universidade Federal do Pará recebe esta semana um evento internacional, cujo objetivo é debater a atual conjuntura política, econômica e social de países da América Latina, bem como promover o intercâmbio entre alunos e pesquisadores, que terão a oportunidade de compartilhar os resultados de suas pesquisas no campo das ciências sociais. A programação foi aberta nesta segunda-feira, dia 27, no auditório do Centro de Eventos Benedito Nunes, no Campus Belém. 

Esta é a segunda edição do Seminário Internacional América Latina: Políticas e Conflitos Contemporâneos (SIALAT), realizado na capital paraense. O evento é promovido pelo Grupo de Pesquisa sobre Território, Trabalho e Mercados Globalizados, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA (Gettam/Naea/UFPA), coordenado pela professora doutora Edna Maria Ramos de Castro.

Para a mesa de abertura foram convidados o reitor da UFPA, Emannuel Tourinho; o presidente da Fapespa, Eduardo Costa; o representante do Conselho Latino-americano de Sociologia (CLACSO), professor José Tavares dos Santos; o representante da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR), José Júlio; o diretor do NAEA/UFPA, professor Durbens Nascimento; e a coordenadora geral do Sialat, professora Edna Castro.

reitorEm seu pronunciamento, o reitor Emmanuel Tourinho falou do papel estratégico das universidades, o de pensar e intervir na realidade social de todas as questões que serão discutidas durante o seminário, tendo em vista o momento crítico do continente latino-americano.

“Sabemos que a ciência que precisamos fazer é uma ciência que também interaja com os movimentos sociais e que enfrente, conjuntamente com esses movimentos, os grandes desafios como a desigualdade e como a exclusão social. É fundamental que a nossa luta tenha como referência, também, a defesa dessas instituições em todas a nações do continente, porque elas terão papel importante a desempenhar nessa luta. Espero que esse seminário dê origem a iniciativas que estimulem a todos os envolvidos”, disse o reitor.

O diretor-geral do NAEA, professor Durbens Nascimento, fez duras críticas ao projeto do atual governo e ressaltou o Sialat como um espaço importante que se abre para a reflexão sobre temas e teses relevantes para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e político.

“O Sialat se realiza numa conjuntura política extremamente regressiva e crítica sobre as conquistas democráticas e sociais que obtivemos nas duas últimas décadas. Nesse projeto neoliberal, entreguista, do patrimônia nacional, destacam-se os ataques ao sistema educacional brasileiro, à universidade, à ciência e à inovação sem paralelo na nossa história”.

E completou: “O Sialat não é um movimento social, não é um partido político e nem instituição política. Mas aqui neste encontro, está parte da massa crítica que pensa e pratica uma ciência social militante, no sentido de se portar e dar visibilidade ao imenso contingente de deslocados ambientais, expatriados de guerras, migrantes da violência do narcotráfico, excluídos do mercado de trabalho, discriminados por razões religiosas ou de gênero, populações tradicionais vitimizadas, expulsas de suas terras seculares na Amazônia e todos os deserdados do planeta, vítimas da ação de um sistema capitalista”, declarou Durbens.

SIALAT 02Participação – O II Sialat é destinado a professores e pesquisadores de programas de pós-graduação, grupos de pesquisa, estudantes de graduação e de pós-graduação, técnicos, gestores púbicos, movimentos sociais, profissionais e interessados em geral nos estudos latino-americanos e nas temáticas abordadas.

A primeira mesa-redonda do Sialat reuniu os pesquisadores Adélia Maria Ribeiro (Universidade Federal do Espírito Santo - UFES), Carlos Gonçalves (Universidade Federal Fluminense - UFF), Hector Poggiese (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - FLACSO/Argentina), e Edna Castro (Núcleo de Altos Estudos da Amazônia - NAEA/UFPA). O tema “Razão Descolonial e Pensamento Crítico Latinoamericano” levatou muitas discussões com a participação do público.

Para a coordenadora geral do evento, Edna Castro, o primeiro momento de debates foi bastante positivo. “Foram quatro exposições, todas focadas no tema. Nós dicutimos a questão da pós-colonialidade para produzir outras epistemes que nos permitam perceber as formas de dominação em que a sociedade brasileira está inserida e os outros países da América Latina também. Essa mesa abriu uma série de linhas de discussão desse tema que serão retomadas ao longo da programação”, disse.

O Silat segue até a próxima quarta-feira, dia 29, com várias atividades de caráter científico, tecnológico e cultural. São conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho com apresentação de artigos e pôsteres, minicursos, mostra de filmes sociológicos e etnográficos, bem como uma diversificada programação cultural.

Serviço:

II Seminário Internacional América Latina: Políticas e Conflitos Contemporâneos (Sialat)
Data: 27 a 29 de novembro de 2017
Local: Centro de Eventos Benedito Nunes/UFPA, Campus Belém.

Texto: Ericka Pinto – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: João Tiago Dias

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