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Equipe Solamazon fica em 6º lugar no Desafio Solar Brasil 2017

  • Publicado: Quarta, 27 de Dezembro de 2017, 15h53
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EquipeSolamazon

A Equipe Solamazon, que desenvolveu o primeiro barco movido, exclusivamente, a energia solar do Pará, participou, dos dias 18 a 22 de dezembro, do Desafio Solar Brasil (DSB). A equipe foi a única representante do Pará e da região Norte na competição nacional de barcos solares, que aconteceu em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

O DSB abriga duas categorias de barcos na competição: Catamarã (dois cascos) e Monocasco (um casco). A Solamazon competiu na categoria Catamarã, com o barco batizado de Bernadete em homenagem à professora Bernadete Souto, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que incentivou a equipe a construir a embarcação. Nessa categoria, 12 barcos participaram. 

EquipeSolamzon 2Competição – Os primeiros dois dias de Desafio foram reservados para as inspeções elétrica e naval das embarcações. Os juízes analisaram todos os barcos e expuseram o que estava ou não de acordo com as normas do DSB. As equipes tiveram 48 horas para corrigir os erros e aperfeiçoar os projetos.

No dia 20, foram realizadas as duas primeiras provas do Desafio: média de 4.5 milhas e longa de 8.4 milhas (6º e 6º lugar, respectivamente). No segundo dia, 21, foi a prova de troca de piloto (1º lugar). No terceiro e último dia de provas, 22, foram duas provas: Sprint ou Corrida (3º lugar) e Longo Percurso de 40 minutos. As duas categorias (Catamarã e Monocasco) competiram juntas em todas as provas.

Durante a última prova, a Solamazon, que até este momento permanecia em segundo lugar, enfrentou um imprevisto com um tronco de madeira que enroscou no hélice do barco e soltou o pino de segurança (sem o pino de segurança, o hélice para de girar), impossibilitando que o barco continuasse a navegar.

EquipeSolamzon 3“Estávamos invictos, próximos de alcançar o primeiro lugar. O barco estava rápido, a 18km/h, e funcionando perfeitamente graças ao empenho de toda a equipe. Infelizmente, essas coisas acontecem quando menos esperamos. O incidente refletiu muito no nosso placar final. Apesar disso, eu não posso deixar de dizer que me sinto orgulhoso por representar o meu estado em uma importante competição”, pontuou Alef Maia, piloto da embarcação e estudante de Engenharia Naval da UFPA.

Como o resultado final é calculado de acordo com o tempo das equipes em cada uma das cinco provas, no placar geral do DSB, a Solamazon ficou em 6º lugar, totalizando cinco horas, 42 minutos e 49 segundos.

Equipe Solamazon – Há dois anos, a equipe surgiu da vontade de alunos de desenvolver uma embarcação para participar do Desafio Solar Brasil, com o objetivo de estimular o desenvolvimento de tecnologias para fontes limpas de energias alternativas, bem como divulgar o potencial dessas tecnologias aplicadas em embarcações de serviço, recreio e transporte de passageiros.

EquipeSolamzon 1A Solamazon é formada por estudantes de Engenharia Elétrica, Mecânica, Naval e Computação, Administração e Comunicação Social e conta com o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energias Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia (INCT-EREEA) e da Pró-reitora de Extensão (Proex) da UFPA, por meio do projeto de extensão sob coordenação do professor André Araújo. Ao todo, são 22 estudantes de diversas áreas do conhecimento que trabalham em prol do desenvolvimento sustentável e do reconhecimento da equipe pela comunidade geral.

Desafio Solar Brasil – O objetivo do Desafio é estimular e popularizar o desenvolvimento de aplicações de novas tecnologias de fontes de energia limpa e renovável como combustível para a mobilidade, além de estimular a otimização do gerenciamento energético dos sistemas elétricos das embarcações.

25507740 1804464072926682 150779605804814116 nO projeto coloca em prática todo o conhecimento dos estudantes adquirido nas salas de aula em uma competição que tem como foco a educação pelo trabalho. Com isso, a competição não se torna uma simples corrida de barco, mas, sim, uma prova prática de conhecimentos em física, matemática, química, administração, náutica, comunicação e empreendedorismo. Durante a competição, ao longo de cinco dias, totalizando cinco provas (regatas), a única fonte de energia para movimentar as embarcações é a solar fotovoltaica, que deve ser gerada por módulo e ser utilizada em conjunto com um banco de baterias e um motor elétrico.

Texto: Victória Ribeiro
Fotos: Victória Ribeiro e organização do Desafio Solar Brasil

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